Primeira Divisão

Proposta para o fim da reeleição contínua será colocada em pauta pela AFA

segura

 

Enquanto que na próxima segunda-feira o técnico Gerardo Martino anunciará os jogadores que atuam na Europa para os amistosos contra Croácia e Portugal, que acontecerão em Londres, na Inglaterra, a Associação de Futebol Argentino definirá o seu futuro quanto ao novo presidente da entidade. O candidato da situação, Luis Segura, deve ser aclamado como o presidente na assembleia extraordinária na semana que vem. Mas isso é o que menos importa na reunião da próxima semana. Isso porque mudanças drásticas estão por vir na entidade, o que beneficiaria comandantes ‘modernos’ à frente da entidade.

Pelo que tudo indica, haverá mudanças em alguns cargos importantes da AFA e até mesmo no estatuto da entidade. Uma das ideias é justamente acabar com as reeleições de forma contínua, como aconteceu anteriormente, permitindo Grondona de reinar por 35 anos. Outra possível mudança é a exigência de quatro anos de antiguidade como dirigente para poder se candidatar a presidente. Neste caso, o grande interessado é o Marcelo Tinelli, vice-presidente do San Lorenzo, e Juan Sebástian Verón, recentemente empossado como presidente do Estudiantes LP.

Além disso, mesmo com um superávit no último balanço, o presidente do Defensa y Justicia, José Lemme, deixará o cargo de tesoureiro da entidade. Nomes de Matías Lammens, do San Lorenzo, e Eduardo Spinoza, do Banfield, são os cotados para assumir tal posto na entidade. Quem entrar terá a responsabilidade de renegociar os contratos com o Governo Argentino para manter o Fútbol Para Todos, que segundo consta, deixou um rombo nos cofres do Governo nos últimos anos.

Tal confirmação para a presidência interina da AFA até o ano que vem já era esperada. O vice-presidente em exercício, que esteve envolvido no escândalo de venda de ingressos ilegais na Copa do Mundo, sendo, inclusive, flagrado em vídeo, Luis Segura passará a ser de forma formal a presidente da entidade. A cerimônia será na próxima segunda-feira, um ano antes das eleições da entidade que estava marcada para 2015. De acordo com o estatuto da AFA, é necessária uma nova eleição, independentemente do prazo restante para o fim do mandato.

Julio Grondona ficou sob o comando da AFA por 35 anos e só deixou a entidade por conta de sua morte súbita há alguns meses. Além disso, era o homem-forte do futebol sul-americano na FIFA, mesmo sem nunca ter falado inglês. Como ‘legado’ no futebol argentino, deixou o campeonato de 30 clubes e apenas dois rebaixamentos, que começará a partir do próximo semestre.

Contudo, com as atuais mudanças propostas por clubes mais abertos e modernos, a situação de Luis Segura pode ser curta. Muitos clubes já se viram favoráveis por uma remodelação completa, principalmente com caras novas à frente da entidade. Mesmo com tais discursos, vale lembrar que nas últimas eleições da AFA, somente em uma oportunidade houve oposição a Julio Grondona, ainda assim com o opositor recebendo apenas o seu voto.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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