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Osvaldo Brandão segue bem recordado na Argentina

Osvaldo

Miguel Santoro é considerado o maior goleiro da história do Independiente, e não fomos diferentes ao elegê-lo para o time dos sonhos do Rojo no início do ano (neste outro Especial). Titular em quatro das Libertadores vencidas pelo maior campeão do torneio, duas nos anos 60 e outras duas nos 70, conviveu com diferentes técnicos vencedores da competição: Manuel Giúdice, Pedro Dellacha, Humberto Maschio e Roberto Ferreiro. Já Osvaldo Brandão ganhou apenas um título nacional no clube. O que não impediu que o brasileiro fosse o treinador escolhido para o time dos sonhos de Santoro.

Apareceu na El Gráfico (a mais importante revista esportiva argentina, existente desde 1919) desse mês. Santoro, que também foi à Copa do Mundo de 1974, foi convidado para eleger o seu Independiente dos sonhos e alinhou com Julio Cozzi, Roberto Ferreiro, Rubén Navarro, Enzo Trossero e Tomás Rolán, Rubén Galván, Claudio Marangoni, Ricardo Bochini e Ernesto Grillo, Raúl Bernao e Héctor Yazalde – em negrito, aqueles escolhidos também pelo Futebol Portenho naquele especial. Para técnico, Brandão, sob essa breve justificativa: “El Colorado Giúdice poderia ser, mas escolho o brasileiro. Levou muito bem o time em 1962 e em 1967 e nos deixou ensinamentos”.

Brandão teve essas duas etapas no clube de Avellaneda. A segunda foi histórica, conseguindo um título com aproveitamento de 87% dos pontos, um recorde ainda não igualado no profissionalismo argentino que, para completar, foi concluído com um 4-0 no arquirrival Racing – que havia acabado de ser campeão mundial.

Sobre aquela conquista, falamos neste outro Especial. Modesto, Brandão, querido por corintianos e palmeirenses, chegou a louvar um antigo craque do Independiente, Antonio Sastre, multi-jogador que ajudou o nascente São Paulo a ser grande a partir dos anos 40: “não sei porque elogiam nosso futebol brasileiro se Antonio Sastre nos ensinou”, afirmou – Sastre, por sinal, foi bem retratado pela mesma edição da El Gráfico; ela pode ser lida virtualmente por 4 dólares, neste link. Assim como ele, Brandão, que faleceu em 1989, conseguiu o feito de ser querido por brasileiros e argentinos.

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Carregado na volta olímpica de 1967

 

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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