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Cruzeiro, 1º a vencer Boca na Bombonera e River no Monumental pela Libertadores

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A Raposa já está de parabéns. Contou, é verdade, com afobação e pé murcho do River quando os donos da casa pressionavam, mas o lado copeiro e as estatísticas falaram mais alto. Conseguiu uma terceira vitória seguida ao visitar o Millo no Monumental de Núñez, mas ontem foi a primeira vez pela Libertadores. Até então nenhum outro clube sequer havia conseguido bater fora de casa pelo principal torneio continental a principal dupla argentina. Nem mesmo clubes dos mais assíduos e copeiros do torneio, como Peñarol, Independiente, Nacional ou Olimpia.

Na competição, o Boca perdeu somente quatro vezes em La Bombonera para brasileiros: a final para o Santos de Pelé em 1963, com Coutinho e Pelé virando o placar aberto por José Sanfilippo; para o Cruzeiro do jovem Ronaldo Fenômeno na primeira fase de 1994, com Alberto Acosta só descontando vantagem obtida por Paulo Roberto e Roberto Gaúcho – em péssima fase, os auriazuis perderam em casa também para o Vélez e levaram de 6-1 do Palmeiras (em São Paulo); em 2003, nas oitavas, Iarley fez o único do jogo para o surpreendente Paysandu; e na primeira fase de 2012, Fred, Leandro Somoza e Deco marcaram nos 2-1 para o Fluminense.

(Em 2012, listamos todas as vitórias brasileiras sobre o Boca na Bombonera, incluindo amistosos e por outros torneios: clique aqui)

O River,depois de ontem, também reúne quatro derrotas no Monumental de Núñez para os vizinhos. O primeiro foi o Flamengo de Zico, em exibição primorosa com um 3-0 em 1982; o Grêmio, semifinalista em 2002, conseguiu uma virada nas oitavas com Gilberto marcando o gol da vitória aos 45 do segundo tempo; e o campeão São Paulo, em 2005, anotou o 3-2 a dez minutos do fim, com o zagueiro Fabão. O Millo descontou com o futuro cruzeirense Ernesto Farías e o chileno Marcelo Salas.

Segue abaixo a relação das derrotas em casa da dupla. Destacamos as de clubes estrangeiros, pela natural maior dificuldade:

1963, final: Boca (Sanfilippo) 1-2 Santos-BRA (Coutinho e Pelé)

1966, 1ª fase: Boca 0-1 Alianza Lima-PER (Zegarra)

1966, quadrangular-semifinal: Boca 0-2 Independiente (o brasileiro João Cardoso e Tarabini)

1967, 1ª fase: River 0-1 Universitario-PER (Rodríguez)

1970, 1ª fase: River (Gennoni) 1-3 Boca (Villagra e dois de Coch)

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Pelé e Rattín, Adílio contra Saporiti e Tarantini

 

1970, semifinal: River 0-1 Estudiantes (Flores)

1973, 1ª fase: River 0-4 San Lorenzo (Heredia e três de Figueroa)

1978, triangular-semifinal: River 0-2 Boca (Mastrángelo e Salinas, ambos ex-River)

1981, 1ª fase: River (Kempes) 1-2 Deportivo Cali-COL (Romero e Ortiz)

1982, triangular-semifinal: River 0-3 Flamengo-BRA (Lico, Zico e Nunes)

1982, triangular-semifinal: River (Chaparro e Nieto) 2-4 Peñarol-URU (Olivera, Vargas e dois de Morena)

1986, triangulr-semifinal: River 0-2 Argentinos Jrs (Ereros e Videla)

1992, 1ª fase: River 0-2 Boca (dois de Batistuta, ex-River)

1993, 1ª fase: River 0-1 Newell’s (Zamora)

1994, 1ª fase: Boca (Acosta) 1-2 Cruzeiro-BRA (Paulo Roberto e Roberto Gaúcho)

1994, 1ª fase: Boca (Saldaña) 1-2 Vélez (Asad e Basualdo)

2000, 1ª fase: River (Saviola e Zapata) 2-3 Atlético Nacional-COL (Calle, Morantes e Agudelo)

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D’Alessandro e seu desgosto com o Grêmio ainda em 2002; Iarley celebra gol na histórica vitória do Paysandu

 

2001, final: Boca 0-1 Cruz Azul-MEX (Palencia – o Boca venceria nos pênaltis)

2002, 1ª fase: River 0-1 América-MEX (Oviedo)

2002, oitavas: River (Coudet) 1-2 Grêmio-BRA (Tinga e Gilberto)

2003, oitavas: Boca 0-1 Paysandu-BRA (Iarley)

2004, oitavas: River (Salas) 1-2 Santos Laguna-MEX (Altamirano e Vuoso – o River avançou nos pênaltis)

2005, semifinal: River (Farías e Salas) 2-3 São Paulo-BRA (Danilo, Amoroso e Fabão)

2007, 1ª fase: River 0-1 Caracas-VEN (Velásquez)

2009, oitavas: Boca 0-1 Defensor-URU (De Souza)

2012, 1ª fase: Boca (Somoza) 1-2 Fluminense-BRA (Fred e Deco)

2013, 1ª fase: Boca (Silva) 1-2 Toluca-MEX (Esquivel e Benítez)

2013, 1ª fase: Boca 0-1 Nacional-URU (Scotti)

2015, quartas: River 0-1 Cruzeiro-BRA (Marquinhos)

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Amoroso contra Mascherano, Deco contra Clemente Rodríguez

 

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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