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Quando o Vélez formou um Leão em Wembley: os cem anos de Miguel Rugilo, também ex-Palmeiras

Oscar Huss, Miguel Rugilo e Ángel Allegri, que também esteve em Wembley

O River teve Amadeo Carrizo e Ubaldo Fillol, os nomes mais célebres entre os goleiros argentinos. Mas não seria exagero supor que o time local melhor servido de goleiros em sua história tenha sido o Vélez. Em 1996, por exemplo, o Fortín teve simultaneamente o melhor goleiro do mundo, com seu reserva servindo a seleção argentina e a terceira opção sendo um recente ídolo dela (respectivamente, Chilavert, Cavallero e Goycochea), provavelmente algo sem igual no mundo. O time já teve o próprio Fillol, além do outro titular campeão mundial, Nery Pumpido, bem como também Navarro Montoya, Julio César Falcioni, José Miguel Marín e Roque Marrapodi. E, antes de todos eles, alguém que, com apenas quatro jogos, pôde virar ídolo eterno na seleção: Miguel Armando Rugilo, um Dida da época, embora tenha defendido o Palmeiras. Ele completaria cem anos no último sábado.

O primeiro time do filho de Donato Rugilo e Carmen Proni foi uma equipe de bairro chamado Sportivo La Norma. Alto e nada malabarista com os pés, foi mandado ao gol e acabou gostando, desenvolvendo grande agilidade e reflexos apesar do físico alto e robusto. Mas seguia como aprendiz de torneiro mecânico no bairro de La Chacarita quando foi descoberto por um dirigente velezano chamado Francisco Rossi, ingressando nos juvenis fortineros em 1933. A estreia no time adulto veio em 27 de novembro de 1938, em 6-0 sobre o Almagro. Apesar de auspiciosa, não serviu para que ele se firmasse de imediato: o titular seguiu sendo Jaime Rotman. Rugilo só atuou seis vezes no trágico ano de 1940, em que o time foi pela única vez rebaixado; até hoje, o Vélez é o time que segue há mais tempo na elite argentina, abaixo somente do único time jamais rebaixado, o Boca. Não foi fácil voltar, porém.

Conforme relembramos aqui, o clube esteve precisou desfazer-se de seu estádio, então no bairro de Villa Luro, e enfrentar a descrença de construir um novo na zona pantanosa de Liniers; e esteve muito perto de fechar as portas. Rugilo firmou-se na titularidade em 1942 e o clube enfim voltou à elite na campanha de 1943, a render já na segunda rodada uma façanha inédita no profissionalismo argentino: no triunfo de 6-3 sobre o Talleres de Escalada como visitante, o goleiro velezano tornou-se o primeiro arqueiro a defender dois pênaltis em uma mesma partida. Na volta à elite, Rugilo seguia titular em meio às treze rodadas iniciais, mas aceitou uma oferta financeiramente tentadora do futebol mexicano para integrar a temporada de estreia do León, clube recém-fundado que investiu nele e em outros dois fortineros – Ángel Fernández e Marcos Aurellio (com dois L mesmo; ele posteriormente faria o gol mil do Barcelona em La Liga). Rugilo saiu sem autorização e a AFA chegou até a anunciar um banimento perpétuo.

Em 1946, autorizado pelo León, veio de férias à Argentina. Mas, ante à carência do Vélez na posição e anistiado pela AFA, resolveu voltar ao ex-clube, passando a integrar um dos trios defensivos mais famosos do futebol argentino, com Oscar Huss e Ángel Allegri. Em 1947, por exemplo, o time, embora em oitavo, só sofreu um gol a mais do que o vice-campeão (o Boca). Em 1948, embora em sétimo, teve a mesma pontuação do quarto (Racing) e só dois gols sofridos a mais em relação ao campeão, o Independiente. La V Azulada inclusive lutava pelo título antes do estouro da famosa greve que paralisou o campeonato – que depois seguiu com juvenis. Mas foi em 1949 que Rugilo chamou atenção como nunca até então. Se o comparamos a um Dida da época, foi pelo feito de defender seis pênaltis seguidos: impediu conversões de Higinio García (do campeão Racing), Isaac Scliar (Boca), Santiago Ardanaz (no clássico com o Ferro Carril Oeste), Santiago Vernazza (Platense), Luis Bravo (Rosario Central) e Juan José Pizzuti (que seria o artilheiro do campeonato, ainda pelo Banfield) até o citado Higinio García, já no returno, encerrar a série.

Vélez campeão da segunda divisão, em 1943. Rugilo é o goleiro em pé, ao meio. O massagista Chichilo Sosa é o último em pé, com o agasalho em “K”

Assim, em 25 de março de 1950 o goleiro fez sua estreia pela seleção argentina, que pela primeira vez convocava um arqueiro velezano. Naquele dia e no dia 29, a Albiceleste enfrentou o Paraguai pela Copa Chevallier Boutell, espécie de Copa Roca entre os dois países. Empatou em 2-2 no estádio do River e depois ganhou de 4-0 no do San Lorenzo. Porém, desprovida de muitas estrelas grevistas em 1948 que preferiram se mandar para o lucrativo Eldorado Colombiano após o insucesso do movimento, a federação argentina optou por não se fazer representar na Copa do Mundo de 1950; a estreia de Rugilo foi justamente o primeiro jogo que a seleção fazia em dois anos. O goleiro já tinha 32 de idade, a mais elevada de um estreante na Albiceleste até então – seria depois superado pelos 33 anos de José Nazionale em 1960 e pelos de Miguel Ángel Ludueña em 1991, e pelos 36 de Esteban Fuertes e Rolando Schiavi, ambos em 2009. O ano de 1950 rendeu outro ineditismo protagonizado por Rugilo. Sete anos após defender dois pênaltis em uma mesma partida da segunda divisão, tornou-se o primeiro goleiro a alcançar o feito na elite – dessa vez, em visita ao River, garantindo um 0-0 no Monumental.

O Vélez terminou em décimo, mas com só três gols sofridos a mais em relação ao terceiro, o Independiente. Em paralelo, no ano de 1950 a Inglaterra disputou pela primeira vez a Copa do Mundo, passando um vexame que não recuou seu nariz empinado. Os ingleses, vendo aquilo como ponto fora de curva, seguiam crentes de que possuíam a melhor seleção do mundo. Era inclusive uma política local convidar para uma visita a Londres as seleções da Europa continental que se destacassem. Como elas terminavam surradas, o bairrismo prosseguia. Apenas em 1953 é que a Inglaterra seria pela primeira vez derrotada por uma seleção de fora das Ilhas Britânicas, para os “mágicos magiares” da Hungria de Puskás. Até lá, nem a lenda Ricardo Zamora livrou-se de um 7-1 com a sua Espanha em 1931; o Wunderteam da Áustria caiu por 3-2 em 1932; em 1934, meses após vencer a Copa, a Itália perdeu pelo mesmo placar. Mesmo em seu território, a Azzurra não superava o English Team: após ser bicampeã mundial em 1938, não superou um 2-2 em Milão em maio de 1939, e, sobretudo, levou de 4-0 em Turim em 1948, quando usou como base o ainda vivo Grande Torino.

O ponta Mario Boyé, um dos seletos cinco jogadores presentes em todo o recordista tri seguido na Copa América, chegaria a contar que o próprio presidente Juan Domingo Perón tomou conhecimento dessa invencibilidade britânica caseira e buscou promover um primeiro amistoso entre as duas nações. Os ingleses, tendo pela frente a seleção quatro vezes campeã continental nos anos 40, aceitaram como uma chance de varrer a má impressão no Brasil. O tira-teima repercutiu no Brasil, com o Jornal dos Sports reproduzindo o comentário do Daily Telegraph que reconhecia: “se os atacantes britânicos conseguirem bombardear incessantemente o guardião argentino, nosso prestígio, diminuído há um ano no Brasil, aumentará. A ordem do dia deve ser chutar duro e muitas vezes”. A ocasião foi mesmo especial: para se ter uma ideia, embora o templo de Wembley houvesse sido inaugurado em 1923, só era empregado pela seleção inglesa para a partida mais aguardada de seu calendário, que era contra a Escócia, ainda uma seleção de prestígio mundial – os escoceses, por exemplo, mantiveram até os anos 80 a vantagem de mais vitórias no clássico e foram ausência sentida na Copa de 1950, também se recusando a participar embora classificados.

Quando atuava em sua capital, a Inglaterra, contra outras seleções, preferia usar o velho Highbury do Arsenal, como nos citados embates contra Espanha e Itália (e um 6-2 na Hungria em 1936, um 3-0 sobre o Resto da Europa em 1938, um 3-0 na França em 1947, um 4-2 na Suécia no mesmo ano, um 6-0 na Suíça em 1948 e um 2-2 com a Iugoslávia em 1950). Em Londres, o English Team, mesmo após a inauguração de Wembley, também usava ocasionalmente o White Hart Lane, que recebeu um 3-0 em 1935 sobre a Alemanha, um 6-5 sobre a Tchecoslováquia em 1937 e um 2-0 sobre a Itália em 1949; o Stamford Bridge, palco de jogos contra Gales em 1929 e aquela vitória sobre a Áustria em 1932; ou mesmo o Selhurst Park do Crystal Palace, em duelo com Gales em 1926. Foi nesse contexto que, em 9 de maio de 1951, ocorreu em Wembley o primeiro duelo entre Inglaterra e uma seleção não-europeia – que, no destaque dos jornais britânicos, era formada por jogadores baixos, corpulentos, bigodudos, calorosos e de olhos negros.

Duas imagens em Wembley: em um de seus voos e no lance do empate inglês

O jogo histórico, segundo o Jornal dos Sports, teve como testemunhas Vittorio Pozzo (técnico da Itália bi de 1934-38); Walter Nausch, que assumira a Áustria; Cândido de Oliveira, dirigente que dá nome à Supertaça de Portugal; o cartola flamenguista Francisco de Abreu e também Jean Rimet, filho do presidente da FIFA. Para um evento desses, o técnico Guillermo Stábile tinha a intenção original de usar Gabriel Ogando, do Estudiantes. Ante a não-liberação deste, ao invés de usar um Amadeo Carrizo já firmado no arco do River, optou pelo goleiro que fazia milagre no Vélez. Embora o desfalque inglês sentido fosse Stanley Matthews, lesionado no joelho, Rugilo foi posto para trabalhar desde o início, destacando-se por voar no ângulo para impedir um arremate inglês. Mas segundo ele próprio isso serviu para lhe dar cada vez mais confiança – ao passo que seus colegas não disfarçavam o nervosismo, na avaliação do Jornal dos Sports, que teceu que a seleção argentina foi uma “caricatura” de jogadores fora de forma; o campeonato argentino de 1951 começara havia apenas três semanas.

Ainda assim, os argentinos puderam abrir o placar aos 17 minutos. Ángel Labruna e Boyé estiveram entre os jogadores “gordos” e ineficazes segundo a imprensa brasileira, mas conseguiram produzir o gol, em que Labruna, pela esquerda, deu um toque sutil que encobriu o goleiro Bert Williams e sobrou para El Atómico Boyé escorar de cabeça para o gol vazio. O gol de Boyé, porém, foi o único lance perigoso da Albiceleste no jogo inteiro. E “a reação dos ingleses foi fulminante, surgindo então o arqueiro Rugilo como a principal figura do encontro, com uma série de defesas sensacionais, embora fazendo um pouco de teatro em muitos lances. Estabeleceu-se, então, um duelo tremendo entre o guardião Rugilo contra o ataque e a linha média dos ingleses, que se estendeu até o final do primeiro tempo”, resumiu o Jornal dos Sports sobre a primeira etapa. A partida era transmitida ao vivo via rádio à Argentina, com o relator Luis Eliás Sojit consagrando o goleiro da casa: “defendeu Rugilo”, “uma vez mais Rugilo”, “outra vez Rugilo”, “outra vez Rugilo”, “heroico o goleiro. A Argentina mantém a diferença e o cavaleiro Rugilo é um leão em Wembley”.

Cada nova defesa era tratada em contornos épicos que alimentariam a mitologia da atuação do arqueiro, que a partir dali viraria El León de Wembley. Infelizmente, o Jornal dos Sports não descreveu com mais detalhes cada lance, tampouco a revista El Gráfico. O Mundo Deportivo, de Barcelona, registrou alguns, como uma antecipação nos pés de Jackie Milburn dois minutos após o 1-0; uma espalmada “brilhantíssima” para escanteio em bomba de Harry Hassall, aos 26; de Hassall salvou outra “com brilhantez” aos 30, para em seguida enviar a bola para longe antes que Milburn a cabeceasse; no fim do primeiro tempo, o arqueiro ainda mandou para escanteio um rebote da trave em cabeceio de Hassall. No segundo tempo, Rugilo chegou a lesionar o abdômen em uma de suas intervenções, segundo o jornal espanhol, que registrou ainda que retornou ao arco já sob aplausos da plateia. Posteriormente, assinalou que, após três escanteios ingleses em três minutos (o Jornal dos Sports contou nove escanteios britânicos contra nenhum argentino), eles estiveram “a ponto de empatar” em cabeceio de Milburn que Rugilo roçou. Em outro momento, o goleiro voltou a antecipar-se aos pés de Miburn, impedindo “uma situação comprometedora” nas palavras catalães.

O goleiro diria que realizou 52 defesas naquela partida, embora o Jornal dos Sports tenha registrado um número mais modesto, quinze – ainda assim, algo tremendo: por exemplo, o recorde de defesas de um goleiro em Copas do Mundo é de apenas uma a mais, com as dezesseis do ianque Tim Howard contra a Bélgica em 2014. Em 2000, o jornal londrino The Guardian relembrou a atuação de Rugilo como “excêntrica” em uma matéria e de defesas “heroicas” em outra. No segundo tempo, a pressão caseira se intensificou ante o cansaço dos argentinos. Mas foi só nos dez minutos finais que o placar foi revertido. O brasileiro Jornal dos Sports e a argentina El Gráfico concordaram que os ingleses, já tendo acertado duas vezes a trave, faziam por merecer a vitória e que um resultado justo teria sido um triunfo britânico elástico. Mesma avaliação teve o Mundo Deportivo, que além da descrição do jogo publicou uma nota à parte apenas para elogiar o protagonista daquela tarde chuvosa: “Rugilo parou quase tudo…”. Os gols foram marcados por Stan Mortensen (o capitão inglês retratado de modo arrogante no filme Duelo de Campeões), aos 34 minutos, e Milburn, aos 41. O relato em primeira pessoa do próprio Rugilo foi este:

A virada inglesa, em impedimento denunciado até pela imprensa brasileira; e os elogios do jornal espanhol “Mundo Deportivo” ao goleiro argentino

“Sem jactância, acredito que naquela tarde tive uma boa atuação, mas nunca imaginei que serviria para me promover como se fez. Apesar do assédio, nunca duvidei de que ganharíamos o jogo. Porém, faltando oito minutos tudo caiu. De repente, nos converteram dois gols seguidos. No primeiro, foi um cruzamento da direita que cabeceou o insider esquerdo inglês. [Ubaldo] Faina, nosso centro half, me tapou, a bola passou por atrás dele, pegou na trave e se meteu. O segundo gol foi um offside escancarado, até os ingleses disseram. Também veio um cruzamento da direita, voltou a cabecear o insider esquerdo, a bola foi até o centro da pequena área. Ali estava parado o centro forward sozinho, que converteu o tento”. A “situação ilegal” do gol da virada também foi denunciada pelo Jornal dos Sports, que criticou a arbitragem “severa com os argentinos”, inclusive por não ter oferecido acréscimos ao segundo tempo – embora ressalvasse que “a vitória dos ingleses foi merecida, já que o quadro argentino estava irreconhecível. O score poderia ter sido mais amplo se não fosse a atuação magnífica do goleiro Rugilo. Desde a conquista do segundo goal inglês até o término do match, foi um entusiasmo incomum do público no Estádio de Wembley”.

A El Gráfico se resignou: “não temos porque ficar contentes, mas tampouco há motivo para que fiquemos tristes. Serenos, não mais. O quadro argentino caiu com todas as honras”. A íntegra da matéria original pode ser vista aqui. Em 2009, quando a revista completou 90 anos, elegeu suas 90 maiores reportagens entre todos os esportes e incluiu aquela cobertura em Wembley. Ainda segundo Rugilo, “durante todo o encontro me haviam ovacionado depois de cada defesa, mas a do final foi tremenda. Já íamos embora e as pessoas gritavam enlouquecidamente. Como não sei inglês, não entendia nada. Quem me avisou foi Chichilo Sola, massagista do Vélez e da seleção que me parou dizendo-me: ‘acene, acene, que essa ovação é para você’. Depois, quando cheguei ao vestiário, chorei. Apesar de tudo, me dóia ter perdido quando tínhamos quase tudo cozinhado. Lembro que Tucho Méndez queria me consolar dizendo ‘não chores, gil. Como vais se amargar justo você, que hoje foi um fenômeno?’. Até voltarmos, os ingleses seguiram falando de mim, fazendo-me uma infinidade de reportagens. Muita gente foi ao jogo contra a Irlanda para me ver”.

O jogo contra os irlandeses ocorreu quatro dias depois e os argentinos venceram em Dublin, em solitário gol de Labruna. A quarta partida de Rugilo pela Argentina também foi a sua última, o que não impediu que a El Gráfico, em 2011, o incluísse entre os cem maiores ídolos da seleção – o perfil está disponível também no site da revista, aqui. Não durou mais pelos mesmos motivos que encerraram sua trajetória no Vélez: dois meses depois daquela consagração, fraturou o perônio contra o River, só voltando na reta final. Retomou a posição no início do torneio de 1952, mas perdeu a continuidade depois para Nicolás Adamo. Como ainda assim o time teve uma defesa menos vazada até que a do campeão River, Rugilo foi visto como dispensável em 1953, justamente o ano em que os hermanos tiveram sua revanche contra os ingleses. El León então acertou com o Palmeiras. No Verdão ele vinha tendo atuações consideradas promissoras, a ponto de gerar surpresa quando pediu a rescisão ainda antes do Estadual (que na época ocorria no segundo semestre). Preferiu voltar à Argentina, embora tivesse de encarar uma realidade mais modesta: acertou com o Tigre, recém-campeão da segunda divisão. Nos rubroazuis, Rugilo foi talvez ainda mais idolatrado do que no bairro de Liniers.

Em 1954, o Tigre segurou-se na elite com oito pontos acima do rebaixado Banfield e em 1955 alcançou um sexto lugar – algo extremamente simbólico quando não havia questionamento aos grandes clubes argentinos serem cinco (Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo). Nem com o Vélez o goleiro conseguira posição melhor, a mais alta colocação tigrense no século XX. Rugilo saiu em 1956 e ali o Matador só escapou nos critérios de desempate da queda. O goleirão foi jogar no Chile, no O’Higgins, onde inicialmente pendurou as luvas (ou melhor, as joelheiras, único item de proteção que usava) no ano seguinte. Posteriormente, ainda serviria na terceira divisão argentina o Leandro N. Alem como jogador-treinador; sua outra experiência como técnico foi um breve retorno ao México, pelo Celaya. Salvo uma experiência como treinador de goleiros no Vélez em 1970, passou a dedicar-se mais ao armazém familiar em Ramos Mejía, falecendo em 16 de setembro de 1993, a tempo de ver em junho o Vélez conseguir o primeiro título da sua época dourada.

Rugilo por Palmeiras e Tigre, outro clube onde brilhou na Argentina

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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