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Quando a irreverência chegou ao gol do Boca: Néstor Errea, também ex-Vasco

Contra Coutinho e Pelé na final da Libertadores de 1963

Dois longevos, vencedores e espalhafatosos goleiros marcaram o Boca de meados dos anos 70 a meados dos anos 80: Hugo Gatti, presente nos dois primeiros títulos da Libertadores e do primeiro Mundial; e seu sucessor direto Carlos Navarro Montoya, vencedor de todos os outros tipos de copas internacionais do clube (Supercopa, Recopa, Copa Master e Copa Ouro). Néstor Martín Errea não tinha o lado colorido e cabeludo dos dois, mas foi o antecessor da dupla no estilo de jogo longe das traves. E quase foi também na tarimba internacional, ao ser titular do elenco vice da Libertadores de 1963, na primeira final com presença de um clube argentino. Campeão do torneio, mas pelo Estudiantes em 1970, Errea foi ainda semifinalista com o Peñarol e passou pelo Vasco. El Flaco (apelido na Argentina comum a altos e esguios) faria hoje 80 anos.

Polido ainda adolescente na terceira divisão com o Sacachispas, Errea terminou de projetar-se no Atlanta, que o adquiriu em 1958. Embora sumido da elite desde 1984, este clube semeou em seu período áureo entre 1958-64 (quando intrometeu-se por cinco vezes entre os cinco primeiros da liga e venceu o principal troféu de sua história) diversos nomes seminais da tática e da preparação física do que se viu no futebol argentino dos anos 60 aos 80 – graças ao convívio de gente como o preparador Adolfo Mogilevsky, a raposa Carlos Griguol (técnico do futebol pragmático que levou o também pequeno Ferro Carril Oeste às suas únicas conquistas na elite, em 1982 e 1984) e, sobretudo, ao veterano Osvaldo Zubeldía; e aos treinadores Manuel Giúdice, comandante do Independiente campeão das primeiras Libertadores do futebol argentino (no bi de 1964-65), e Victorio Spinetto.

Zubeldía já se nutria com Spinetto desde que ambos trabalharam mais cedo no Vélez, levando para o Estudiantes tri da Libertadores de 1968-70 os ensinamentos deixados pelo mestre em jogadas ensaiadas e em aproveitar brechas regulamentares para fazer frente aos cinco grandes. Ingredientes que por sua vez seriam repassados ao pupilo Carlos Bilardo, volante daquele elenco de La Plata e técnico da Argentina campeã de 1986. Mas aquele Atlanta não se limitava a ser um reloginho de jogadores limitados fortalecidos por um ordenado coletivo, revelando muitos jogadores de qualidade. O próprio Hugo Gatti foi um deles, absorvendo as manhas de Errea. Outro campeão de Libertadores foi o supergoleador Luis Artime, que carregou o Nacional na primeira conquista do tricolor uruguaio, em 1971.

Atlanta em 1959: Norberto De Sanzo, Carlos Griguol, Errea, Oscar Clariá, Rodolfo Betinotti e Marcelo Echegaray; Mario Griguol, Luis Artime, Salvador Calvanese, Osvaldo Zubeldía e Walter Roque

Gatti foi inicialmente comprado pelo River, tal como Artime. Ambos iriam à Copa do Mundo de 1966, tal como o ponta Alberto González, por sua vez convertido em ídolo do Boca. O Millo levou ainda Mario Bonczuk, Mario Griguol e Marcelo Echegaray. Todos esses jogadores, exceto Gatti, estrearam pela seleção ainda como jogadores do Atlanta. Errea foi o primeiro dessa turma a figurar na Albiceleste. Após ser relegado ao time B ao longo de 1958, embora se destacasse com a seleção juvenil vice no Sul-Americano da categoria, Errea teve tanto impacto imediato ao ganhar em 1959 suas primeiras oportunidades na equipe principal. Embora sexto, o clube ficou a apenas um ponto do bronze, colocação nunca alcançada, com o arqueiro aproveitando uma lesão de Rocha na 10ª rodada, que acabou convocado à Copa América realizada em dezembro de 1959 no Equador – embora só atuasse na estreia, uma vitória de 4-2 sobre o Paraguai. Para os jogos seguintes, a lenda José Manuel Moreno preferiu escalar o sóbrio racinguista Osvaldo Negri, mencionado em O Segredo dos Seus Olhos.

A Argentina terminou vice-campeã no Equador. Àquela altura, além de lutar pelas cabeças do campeonato argentino, o Atlanta também estava na final da Copa Suecia. Após boicotar politicamente as Copas do Mundo de 1938, 1950 e 1954, a Argentina voltou ao torneio para a edição de 1958, trazendo ares de ineditismo para o futebol doméstico: para os clubes desfalcados para a seleção desde a série de amistosos não serem prejudicados na liga argentina, ela foi paralisada após a terceira rodada, no início de abril. Mas, para mantê-los financeira e fisicamente ativos, a AFA bolou essa Copa, desenrolada basicamente de abril a junho. Os times foram divididos em dois grupos e os finalistas fariam a decisão. Com a eliminação precoce da seleção no Mundial, a liga foi retomada e a tal Copa Suecia foi complementada em 1958 com jogos esparsos nas folgas da liga.

O Racing liderou uma chave e manteve o embalo para terminar o ano de 1958 como campeão argentino após sete anos. Mas Atlanta e Rosario Central dividiram a liderança da outra. Apenas em julho de 1959 é que eles dois travaram um jogo-desempate, favorável ao Bohemio. Até lá, Ángel Rocha era o goleiro titular absoluto dos azarões, presente em todos os jogos da campanha. Mas terminou relegado com a aparição de Errea a partir de 1959. Quando a final com o Racing enfim foi programada, já em 1960, quem terminou eternizado na escalação do maior título do Atlanta foi a revelação. Em 29 de abril de 1960, a dois dias de completar 20 anos, Errea e colegas ganharam por 3-1 o jogo único travado no estádio do San Lorenzo contra o poderoso Racing do “concorrente” Negri. É esse troféu que, como torneio oficial da AFA, borda a estrela sobre o distintivo do time do bairro de Villa Crespo até hoje.

Atlanta de 1960: Mario Griguol, Osvaldo Biaggio, Luis Artime, Alberto González e Walter Roque; Julio Nuín, Oscar Clariá, Carlos Griguol, Rodolfo Betinotti, Errea e Miguel Vignale

De ressaca, os campeões despencaram para um 11º lugar na liga em 1960, mas Errea pôde em junho de 1961 ser contemplado com uma segunda aparição oficial pela seleção. Mas também foi a última. Spinetto, técnico do Atlanta na maior parte da trajetória da Copa Suecia (embora a procrastinação do torneio permitisse que Manuel Giúdice fosse o treinador na glória em 1960), fora alçado à seleção e levou o pupilo a uma excursão pela Europa, embora inicialmente para a reserva de Antonio Roma, o sóbrio goleiro do Boca. Com Roma, a turnê começou com triunfo de 2-0 sobre Portugal em Lisboa, seguida de derrota pelo mesmo placar para a Espanha. Para o jogo seguinte, contra a Itália, Errea teve então a sua chance. Foi fatal. O incomum estilo “saidor” e de jogos com pés de Errea, similar ao de Amadeo Carrizo (que também teria vida curta na seleção em comparação ao que poderia ter sido), podia ser eficaz para matar ataques adversários pela raiz, mas vez ou outra custava-lhe gols bobos. Críticos também criticavam suposta falta de fibra no Flaco, a despeito do seu reconhecido afinco nos treinos.

Ao fim do primeiro tempo em Florença, a Azzurra lhe havia marcado impiedosamente três. Com crise nervosa no intervalo, o jovem de 21 anos vinha sendo amparado por Spinetto nos vestiários. O treinador procurava restaurar-lhe confiança quando irrompeu o presidente da AFA, Raúl Colombo, que aos gritos exigiu a substituição. El Tano Roma só sofreu um gol no segundo tempo e o placar ficou no 4-1. Mas também deixou passar três gols em 3-3 com a Tchecoslováquia no jogo seguinte. A viagem infeliz terminou com um 0-0 em Moscou com a URSS e na volta o nada inibido Errea soltou a voz à El Gráfico, tecendo severas críticas não só à capacidade que questionava no concorrente como a vários outros colegas. As palavras sem autocrítica tiraram-no de vez da seleção. Mas El Flaco recuperou-se no decorrer do ano. Seu Atlanta, já treinado pelo recém-aposentado Zubeldía, ficou em quarto lugar, mais alta colocação de sua história. E que poderia ter sido ainda melhor, pois o time não foi vice-campeão por apenas dois pontos – e ficando cinco abaixo do vencedor Racing.

Se não houve como voltar à seleção, o desempenho final rendeu uma transferência justamente para o Boca de Antonio Roma, abrindo no Atlanta a lacuna que seria preenchida por Hugo Gatti, profissionalizado em 1962. Gatti, já em 1967, chegou a minimizar qualquer influência do antecessor no seu estilo (“muitos falaram que eu imitava Errea. E nem o conhecia nem sequer o via jogar. Eu jogava nos sábados nos aspirantes e depois ia à casa de uma irmã em Castelar e ali ficava, sem me importar com o time principal. Isso de jogar adiantado já era velho”), mas com o tempo admitiu uma influência no mínimo inconsciente: em 2001, em roda de conversa com Navarro Montoya e outro ídolo do gol xeneize, Oscar Córdoba, enumerou duas exceções além de si próprio no estilo de ser goleiro nos anos 60: “uma foi o russo Yashin. O vi em uma partida na Argentina e arrebentou. Se antecipava, adivinhava, baixava com uma mão. Era distinto. Sabia. Outra exceção foi Errea. El Flaco era refinado. Fino, técnico, inteligente. Uma barbaridade”.

A seleção antes do fatídico 4-1 contra a Itália, em 1961: José Sanfilippo, Carmelo Simeone, Oscar Rossi, Alberto González, Ermindo Onega, Mario Griguol, Errea, Rubén Navarro, Silvio Marzolini, Federico Sacchi e Héctor Guidi

Em 2005, Gatti reforçou a admiração de quem punha Errea no pedestal dos maiores: “eu inconscientemente assimilei coisas dos grandes, como Amadeo [Carrizo], Errea ou Yashin, que foram os caras que mais me impactaram, mas isso não é imitar. Néstor foi um adiantado no tempo, o goleiro mais fino que eu vi em toda minha vida”. O armador boquense Norberto Menéndez, por sua vez, elogiou com menos gentileza em 1973: “Errea era melhor goleiro, mas com ele [o Boca] perdeu sempre. Claro que El Tano preferia empatar em 0-0 e não ganhar de 5-4″. Menéndez, Errea e o citado Alberto González foram alguns dos reforços de um Boca que em 1962 chegava ao oitavo ano de jejum na liga argentina, temendo que a maior seca que já registrou, os dez anos entre 1944-54, fosse ultrapassada. Inicialmente, El Flaco desbancou El Tano, tomando a posição nos amistosos de pré-temporada, que incluíram um 3-2 no Milan, e seguiu firme na titularidade ao longo do primeiro turno, até setembro.

Após levar três gols em três minutos numa derrota de virada no Superclásico, Errea só foi tolerado em mais dois jogos pelo campeonato de 1962. Embora a derrota para o rival fosse sua única sofrida, perdeu o posto na ocasião do duelo contra outro gigante, o Independiente. E Roma se eternizou como o redentor do desjejum justamente na revanche contra o River, na penúltima rodada. Os dois rivais, igualados na liderança, lutavam diretamente pela taça, algo raro, e Roma terminou como salvador ao defender nos minutos finais um pênalti do brasileiro Delém, assegurando o triunfo de 1-0 que pôs os auriazuis na dianteira isolada. A partir dali, Errea precisou resignar-se em só ter maior sequência de jogos quando El Tano Roma não estava disponível por lesões, suspensões ou com a seleção (Roma é até hoje o jogador do Boca mais vezes empregado pela Argentina, inclusive). Após ser usado pontualmente em amistoso contra a própria seleção argentina em dezembro de 1962 e em outro, com o combinado de Bahía Blanca, em abril de 1963, Errea pôde retomar sequência entre julho e setembro.

Calhou que naquele período o Boca fez seu último jogo na fase de grupos da Libertadores e avançou até a decisão, com Errea destacando-se especialmente no triunfo dentro do Centenário sobre o Peñarol na semifinal. Sem evitar o vice para o Santos, ficou por mais três jogos posteriores pelo campeonato argentino até Roma retomar o posto em outubro e praticamente não sair mais em jogos oficiais; Errea só voltou em 1965 a ser usado fora dos amistosos, participando de dois duelos (Platense 3-1 e Boca 2-1 Newell’s) da campanha campeã argentina daquele ano, embora ainda fosse usado em inúmeros amistosos que ao longo de 1964 incluíram vitórias de 3-0 sobre o Saint-Étienne dominante na França, 2-1 no Real Madrid. Nada que impedisse que em 1966 fosse emprestado ao Colón, que estrearia na elite argentina naquele ano – a ponto do goleiro sabalero titular da campanha vencedora da segundona de 1965, Luis Tremonti, seguir na cidade de Santa Fe em 1966 a serviço do rival Unión.

Peñarol campeão uruguaio invicto em 1967: Luis Varela, Néstor Gonçalves, Errea, Omar Caetano, Elías Figueroa, Pablo Forlán e o técnico Roque Máspoli; Julio Abbadie, Pedro Rocha, Héctor Silva, Alberto Spencer e Juan Joya

O Colón foi só 16º de 20 times na elite em 1966, mas Errea, que ainda disputou o início do Torneio Metropolitano de 1967 pelos santafesinos, destacou-se a ponto de rumar em meados de 1967 ao Peñarol – como um reforço de emergência ante uma lesão de Ladislao Mazurkiewicz. Como campeão, o time adentrou na edição de 1967 diretamente no triangular-semifinal, onde a titularidade foi toda do argentino. Calhou de ser um grupo da morte com o rival Nacional e o Cruzeiro. A dupla uruguaia decidiu a vaga na decisão em Superclásico na rodada final e o empate arrancado pelo rival no último minuto favoreceu o Tricolor. Errea ainda revezou-se com Mazurkiewicz na campanha campeã uruguaia de modo invicto, retornando ao Boca. Em janeiro de 1968, aplicou inclusive a “lei do ex” em vitória sobre o Peñarol na primeira edição dos amistosos Torneios de Verão, batendo também por 2-0 o Flamengo em outro amistoso de pré-temporada.

Começou titular nas três primeiras rodadas do Metropolitano, mas duas derrotas o tiraram de vez. El Flaco nunca mais defendeu os xeneizes. Assim, ele teve uma breve passagem sob empréstimo ao Vasco em 1968. Mas tampouco na Colina seu estilo foi tolerado, em passagem obscura tapada pela preferência cruzmaltina por Pedro Paulo. Com renome na terra natal, porém, ele terminou contratado em 1969 por um Estudiantes que dominava a América e o mundo. Errea chegou a tempo de integrar já em 1969 a curta campanha bicampeã seguida na Libertadores, embora só fosse usado no primeiro compromisso – já válido pelas semifinais, em 3-1 sobre a Universidad Católica dentro de Santiago. Embora individualmente tenha sido bem avaliado, a própria imprensa argentina cornetou que o resultado foi enganoso (os chilenos, embora sem razão, lamentaram um gol anulado por impedimento e um pênalti não marcado) e que Errea, inclusive, foi enfim premiado com boa sorte nos lances em que esteve vencido.

Mas ele só tomou a titularidade de Alberto Poletti quando este protagonizou a vergonhosa briga campal contra o Milan no Mundial Interclubes e terminou punido com uma longa suspensão. Assim, El Flaco foi o dono absoluto da posição no tricampeonato continental, em 1970 – inclusive novamente empregando a “lei do ex” na decisão contra um Peñarol que tinha Elías Figueroa na zaga e Osvaldo Brandão como técnico. A imprensa, que costumava ter má vontade com o Estudiantes mesmo antes daquele papelão sangrento contra os italianos, dessa vez o exaltou, ressaltando um título limpo e com mais fútbol do que antifútbol, e conquistado com sete alterações em relação ao time-base dos anos anteriores. Pudera: foi a primeira volta olímpica que qualquer time argentino, incluindo aí a seleção, pôde dar dentro do Centenário.

Pelo Boca já em 1968, antes do amistoso contra o Peñarol: Raúl Cardozo Crespo, Errea, Roberto Rogel, Armando Ovide, Antonio Rattín e Mateo Nicolau; Milton Viera, Mario Pardo, Alfredo Rojas, Alberto González e Oscar Pianetti

Quanto a Errea, a El Gráfico avaliou que ele saiu-se bem nas três ocasiões em que foi verdadeiramente exigido, mesmo sofrendo com um congestionamento frequente na sua área – além de novamente contar com sorte, quando a trave salvou um tiro inalcançável de Milton Viera (ex-colega no Boca, por sinal, vide imagem acima) ainda nos 20 minutos iniciais. “Desde a presença firme de Errea à canhota incontida de Verón, um Verón que não se apequenou ante os golpes e as provocações, o Estudiantes foi soma total de acertos”, comemorou a El Gráfico pós-título. Na mesma revista, o goleiro assim depôs:

“Se essa bola de Milton Viera que pegou no poste entrasse, teria que me matar. Quando entramos em campo, havíamos combinado que esse jogo precisava ser vencido, mas que se o perdêssemos não haveria nenhum problema. A única coisa que não queria era falhar. Era tratar de jogar bem esse jogo, como um compromisso comigo mesmo. Não podia fracassar. Tinha que ser útil à equipe, não deixar que entrasse nenhuma bola. E essa foi a única que não pude parar. Mas no minuto seguinte, quando mandei a escanteio esse canhotaço de [Alberto] Martínez, veio El Indio [Jorge] Solari, me abraçou e me disse: ‘não perdemos mais’. Aí meu compromisso foi muito maior. Tive mais segurança do que nunca de que saíamos com a taça e que não iríamos ao Chile”, referindo-se ao fim à sede neutra de eventual jogo desempate. E ressaltou que aquela sua exibição pelo Boca em 1963 contra o mesmo adversário no Centenário fora ainda melhor. Mas a boa maré não durou muito nos pincharratas.

Ironicamente, os tricampeões continentais correram ligeiro risco de rebaixamento no campeonato argentino de 1970, onde o time de La Plata que encantava era… o Gimnasia de Hugo Gatti, semifinalista do Torneio Nacional com direito a um 4-1 no Clásico Platense. No Mundial Interclubes contra o Feyenoord, Errea atuou somente no jogo de ida, na Argentina, onde os holandeses arrancaram um 2-2 antes de confirmar em Roterdã o título. Para 1971, El Flaco seguiu carreira no Banfield, último colocado dentre os não rebaixados, transmitindo conhecimentos ao jovem Ricardo La Volpe, seu reserva. Ainda assim, a vitrine proporcionada pelo Estudiantes propiciou que ele e o astro Juan Ramón Verón rumassem ao futebol grego – o ponta, ao Panathinaikos, enquanto o goleiro acertou com o AEK por três temporadas. Vice em 1975, teve êxito ainda nas fugas de rebaixamento do Apollon, onde esteve por dois anos antes de pendurar em 1978, com o Chalkida na segundona. Terminou por radicar-se como comerciante na Grécia, falecendo no subúrbio ateniense de Larissa em 3 de junho de 2005.

Em 2014, nos 110 anos do Atlanta, preferimos ele ao invés de Gatti para o posto de goleiro do time dos sonhos da equipe do bairro de Villa Crespo. Recomendamos ainda esse perfil bem mais extenso do La Refundación.

O Estudiantes campeão da Libertadores de 1970: Carlos Pachamé, Errea, Rubén Pagnanini, Néstor Togneri, José Medina, Oscar Pezzano (goleiro reserva) e Jorge Solari; Marcos Conigliaro, Carlos Bilardo, Eduardo Flores, Juan Ramón Verón e Hugo Spadaro

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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