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60 anos de Pedro Pasculli, o reserva talismã da Copa 1986

A Argentina encontrou seu time-base campeão em 1986 já a partir do quarto jogo. O clássico com a Inglaterra sedimentou a formação Pumpido, Brown, Cuciuffo e Ruggeri, Olarticoechea, Giusti, Batista, Enrique e Maradona, Burruchaga e Valdano. Além deles, ainda jogaram Trobbiani, Bochini, Tapia, Garré, Clausen, Borghi e Pedro Pablo Pasculli, o único que soube sobressair-se decisivamente entre os reservas. Afinal, não só pôde ser titular em dois jogos como foi o único deles a marcar gol – e já nos mata-matas, em outro clássico, contra o Uruguai. PPP, curiosamente, vinha de um nanico time italiano recém-rebaixado, mas felizmente prevaleceu na convocação quem outrora fora o artilheiro da primeira conquista do Argentinos Jrs na elite. Hoje ele faz 60 anos.

Nascido em Santa Fe, foi profissionalizado em 1978 pelo Colón, um dos dois grandes clubes locais. Demorou a ter espaço, só marcando seus primeiros gols já no Torneio Metropolitano de 1980. Foram seis, incluindo na vitória de 2-1 sobre o Independiente e os dois em outro 2-1, contra o Estudiantes. E foi isso. Pasculli viraria ídolo no Sabalero (a ponto de ser incluso na edição especial da revista El Gráfico que em 2012 elaborou a lista de maiores ídolos do Colón) mais pelo currículo posterior do que pelo efetivamente demonstrado pelos rubronegros.

Além de ser o único revelado pelo clube a vencer a Copa do Mundo, ele se cansaria de marcar gols no rival colonista, o Unión, já a serviço da nova equipe: o vice-campeão daquele Metropolitano, o Argentinos Jrs do fenômeno Maradona. Pasculli reforçou-o ainda em 1980, para a disputa do Torneio Nacional. Ser colega de clube de Maradona foi uma experiência resumida àquele segundo semestre, mas que teria seus frutos além. Pasculli anotou oito gols – como em um 4-1 sobre o antigo rival santafesino Unión e dois em um 4-3 sobre o Boca. Em outro duelo contra o Boca, deu assistência nas costas do marcador Abel Alves para Maradona anotar um dos quatro gols em triunfo de 5-2 que selou o interesse definitivo da diretoria auriazul em trazê-lo.

O Argentinos Jrs foi líder em seu grupo na primeira fase, mas, desfalcado de seu grande astro (ocupado com a seleção em amistosos preparatórios ao Mundialito no Uruguai), cairia precocemente no primeiro mata-mata, contra o futuro vice-campeão Racing de Córdoba. Em fevereiro de 1981, Diego estava emprestado ao Boca, que em troca cedeu Carlos Salinas, Carlos Randazzo, Osvaldo Santos, Eduardo Rotondi e emprestou Mario Zanabria e Miguel Bordón.

Colón, Argentinos Jrs e Newell’s, os clubes argentinos de Pasculli. Sobressaiu-se mais com a camisa toda vermelha mesmo

Salinas e Zanabria eram velhos heróis do elenco boquense campeão pela primeira vez na Libertadores e do Mundial, mas nem eles e os outros quatro valiam um Maradona. Sem ele, o Argentinos Jrs brigou seriamente para não cair no Metropolitano de 1981. Para se livrar da queda, precisou vencer na rodada final o San Lorenzo no duelo direto que marcou o primeiro rebaixamento de um gigante na Argentina. O outro rebaixado, por sinal, foi o Colón, que só voltaria em 1995… sem ainda o renome dos reforços do Argentinos, Pasculli não contribuiu tanto na luta do novo clube; foram só quatro gols.

O faro apurou-se a partir de 1982, quando saltou para 21. Dentre eles, marcou em cada duelo contra o Platense (1-1 e vitória fora de casa por 2-1), que começava a ganhar aura de clássico, mais dois no Unión (4-2) e também na dupla Boca e River – fez os dois no empate em 2-2 contra os auriazuis e um no triunfo de 3-1 sobre o Millo. Todos esses gols foram vitais para nova fuga contra a queda: o 13º lugar entre 19 times mascarou que só um ponto separou o Bicho do penúltimo posto do Metropolitano, onde PPP foi vice-artilheiro. Em 1983, a diretoria colorada então ousou: contratou a lenda Ángel Labruna, técnico supervencedor com o River na metade final dos anos 70 e de um bom trabalho no Talleres semifinalista nacional em 1982.

O velho craque germinou o elenco que levaria o clube do bairro de La Paternal às glórias inalcançadas mesmo nos tempos de Maradona. O efeito foi imediato, com o Argentinos Jrs indo às semifinais do Torneio Nacional, eliminando no caminho a dupla Boca e River. Nas semis, Pasculli inclusive deixou o dele no triunfo por 2-1 sobre o Independiente no jogo de ida – mas, em Avellaneda, o Rojo passou com um 2-0. Labruna, infelizmente, faleceu em setembro daquele ano, mas deixou a semente bem plantada. No Metropolitano, o Argentinos, reforçado com o goleirão Ubaldo Fillol, ficou numa segura 8ª colocação e o santafesino, com 11 gols, deixou o dele em 2-0 no Unión. Em 1984, 9 gols (incluindo dois em 4-0 no Unión…) bastaram para lhe dar a artilharia do Nacional mesmo com o Argentinos caindo ainda nas quartas-de-final.

Fillol rumou ao Flamengo, mas isso não impediu que o Bicho desencantasse. Se mesmo naquele vice-campeonato com Maradona em 1980 (até então a melhor colocação da história do clube) não houve uma disputa série pelo título, o ano terminou com a primeira conquista da elite. E Pasculli foi peça-chave com sua vice-artilharia: 21 gols, a três do goleador Enzo Francescoli. Contra um Independiente campeão da Libertadores e do Mundial, deixou o dele em um 2-0 em Avellaneda e dois em um 4-1 em casa.

Carregado no título de 1984, o primeiro do Argentinos Jrs na elite

PPP também anotou em um 5-1 fora de casa sobre o Boca (importante especialmente por ter vindo após derrota na rodada anterior contra o concorrente Ferro Carril Oeste), no 2-2 com o San Lorenzo, em 1-1 no “clássico” com o Platense, no 2-2 com o Unión e um 3-0 no Gigante de Arroyito sobre o Rosario Central. Emocionado, declarou após a conquista que “jamais pensei que ia chegar a tanto. Sou campeão, vão me dar a Chuteira de Ouro e [o técnico Carlos] Bilardo já me nomeou como candidato para integrar a seleção… e pensar que quando era garoto nem sonhava em chegar a conseguir algum título…”. Ele não tardou mesmo a estrear pela Albiceleste: o fez em amistoso não-oficial contra a liga de Mendoza, em 28 de fevereiro de 1985 – até abrindo o placar no triunfo de 2-0.

A estreia oficial viria em dois meses depois, em 28 de abril, em derrota amistosa de 1-0 para o Paraguai em Assunção, seguida de novo revés, agora contra o Brasil (onde foi até expulso no 2-1 sofrido em Salvador em maio). Apesar do momento ruim, mantinha-se embalado pelo ritmo daquele Argentinos Jrs histórico. O técnico campeão do Metropolitano, Roberto Saporiti, dera lugar a José Yudica, mas a fase vencedora seguiu como antes. Na disputa do Torneio Nacional de 1985, Pasculli chegou a marcar cinco gols em um só jogo, no 8-0 sobre o Central Norte de Salta.

Em paralelo, PPP era figura ativa nas eliminatórias, transcorridas inteiramente ainda naquele semestre. Nelas, destacou-se com dois gols no triunfo por 3-1 em Bogotá sobre a Colômbia já reforçada com muitos dos talentos que marcariam os anos seguintes; e, sobretudo, no dramático empate em casa com o Peru em 2-2, onde um chute diagonal seu abriu o placar – aproveitando assistência de Maradona, por sinal. Os peruanos viraram, mas no finzinho Ricardo Gareca, ironia, fez o gol do empate salvador que garantiu os hermanos no México.

Pasculli, por sua vez, terminou adquirido pelo rico futebol italiano, onde o passaporte europeu não influía no limite de dois estrangeiros por time – o que balanceava a presença de craques, incorporados mesmo por times pequenos. Ele pudera integrar o Argentinos Jrs bicampeão na campanha daquele Torneio Nacional de 1985, embora já se ausentasse das finais e também da vitoriosa Libertadores, iniciada no mês de julho. Fora contratado pelo Lecce, que faria sua temporada de estreia na Serie A, levando consigo outro argentino (Juan Barbas, da seleção e eleito duas vezes seguidas, em 1983 e em 1984, o melhor estrangeiro de La Liga mesmo a serviço do modesto Real Zaragoza).

Despedindo-se de Maradona após Diego acertar a saída do Argentinos Jrs rumo ao Boca e reencontrando-o em um Napoli x Lecce. Seriam colegas de quarto na Copa de 1986

Barbas realmente se destacaria, sendo eleito o 11º melhor estrangeiro do campeonato, à frente de gente renomada feito Hans-Peter Briegel e Preben Elkjær Larsen (dupla do Verona campeão em 1985) ou Graeme Souness (escocês da Sampdoria, com passado ultravencedor no Liverpool), com sua ausência na lista de Bilardo sendo uma das maiores polêmicas da convocação. Pasculli, por sua vez, foi o 30º nessa eleição – e também o penúltimo. A Calciopédia detalhou que ele chegou a passar um segundo semestre de 1985 zerado na Serie A. Ainda assim, figurou em novembro em dois amistosos contra o México. Um possível concorrente feito Ramón Díaz, o 7º melhor, seguia de fora da seleção por conta da inimizade com Maradona. Outro candidato, Claudio “Turco” García, foi desrespeitoso em um treino e ainda por cima enfrentaria o inédito rebaixamento do seu Huracán ao fim daquela temporada 1985-86.

O Lecce de Barbas e Pasculli também acabaria caindo, mas a relativa boa fase de PPP no primeiro semestre de 1986 (seis gols que incluíram um no clássico regional com o Bari) serviram para que em março ele reaparecesse pela Argentina, e com gol marcado – em 2-1 em amistoso não-oficial contra o Napoli, na curiosa ocasião em que Maradona enfrentou o próprio clube. Cavou seu espaço no álbum da Panini e também na convocação final, sendo o primeiro jogador usado pela Argentina a partir de um time europeu de segunda divisão.

A velha parceria com Maradona seria reeditada inclusive fora dos gramados: foi Pasculli o colega de quarto de Dieguito nas concentrações. E o atacante começou titular. Na estreia, contra a Coreia do Sul, ele até contribuiu no lance do terceiro gol, de Valdano (habilitou Maradona, que então forneceu a assistência direta). Ao todo, porém, ele foi muito mal avaliado – levou nota 4 da revista El Gráfico e terminou substituído por Carlos Tapia aos 28 minutos do segundo tempo. Assim, quem começou titular para a segunda partida para a dupla ofensiva com Valdano foi Claudio Borghi, o sucessor de Pasculli como referência de ataque naquele Argentinos Jrs.

Primeiro apontado como “novo Maradona” e já vendido ao Milan, Borghi foi tolerado naquele jogo e no terceiro da fase de grupos, mas decepcionou em ambos e nunca mais defenderia a Argentina. Assim, Pasculli recebeu uma nova chance entre os titulares para a partida seguinte, o clássico com o Uruguai pelas oitavas-de-final. Em um magro e sofrido 1-0, onde a Albiceleste mostrava-se bem superior mas sem aproveitar o maior volume, prevaleceu o oportunismo de PPP: em rebote de um corte mal feito pela zaga rival, fuzilou Fernando Álvez

O dia de glória de Pasculli com a seleção, classificando-a contra o rival Uruguai nas oitavas da Copa de 1986: foi até capa na revista Time

Incrivelmente, Bilardo não premiou Pasculli: o atacante não jogaria mais na Copa. A favor do treinador, a impressão geral de que, gol à parte, PPP não contribuíra tanto no restante da partida, a ponto de receber apenas nota 5 da revista El Gráfico. Para o jogo contra a Inglaterra, El Narigón optou por rechear o meio-campo com a entrada de Héctor Enrique – por sinal, um dos que “roubaram” a vaga de Barbas, jamais tendo sido chamado pela seleção antes da convocação. Valdano seria o único “atacante de ofício”, ainda que apoiado por Maradona e  Burruchaga.

Dos que jogaram mais de uma partida em 1986, a média de 4,5 como nota de Pasculli foi a pior do elenco campeão (ao lado do próprio Borghi, também com 4,5 após levar 5 contra a Itália e 4 contra a Bulgária; pior que eles, apenas Néstor Clausen, que jogou somente na estreia, onde levou um 4), mas El Negro Enrique assumiria, em 2014: “me calhou entrar justo no lugar de Pasculli, que havia metido o gol no Uruguai nas oitavas. Bilardo pensou que, se me colocasse para manobrar o meio, como eu corria por todos os lados, liberava Diego, que não ia ter que preocupar-se muito para recuar. Maradona meteu dois gols nesse dia, depois mais dois contra a Bélgica e assim ficou a equipe. Carlos apostou com essa troca, porque se fôssemos mal contra a Inglaterra, os primeiros xingamentos iam ser nele e os seguintes em mim: ‘como vai colocar Enrique no lugar do cara que nos deu o triunfo? Não sabe nada'”.

Embora não voltasse a campo, o gol talismã serviu para que PPP fosse um dos cinco reservas relacionados por Bilardo para estarem no banco para a grande final – eram as regras da época, que não permitiam que todos os suplentes estivessem autorizados a jogar, cabendo ao treinador escolher um punhado seleto. Ao lado do goleiro Islas, do lateral Clausen, do zagueiro Garré e do meia Trobbiani (único contemplado com minutos), pôde dar a volta olímpica devidamente uniformizado, enquanto os demais reservas trajavam macacões e tiveram de assistir das arquibancadas. O atacante valorizou aquilo, como se nota em sua euforia com Maradona na foto abaixo e ao lado do treinador na última imagem.

A idolatria que Pasculli construiria no Lecce, a ponto de sua imagem aparecer em diversos retratos a caminho do estádio do clube, viria pelo ciclo pós-Copa. Viraria o estrangeiro com mais gols pela equipe do sul, que esteve às portas do reacesso imediato na temporada 1986-87, parando em triangular de repescagem. Assim, Pasculli veio direto da Serie B para ainda foi contemplado com dois amistosos em 1987 pela Argentina, nas suas primeiras aparições a serviço dela desde a Copa; enfrentou a Roma em março (naquele amistoso não-oficial, o clube venceu o país, por 2-1…) e a própria Azzurra em junho. Mas, embora chamado à Copa América, não chegou a ser usado oficialmente outra vez no torneio. Com doze gols do argentino na temporada 1987-88 da segundona, o Lecce voltou à elite para a temporada seguinte, onde o atacante fez sete gols e o time terminou em nono – até hoje a melhor da história do clube.

Lado a lado do colega de quarto na hora da festa

Assim, após dois anos, Pasculli voltou uma última vez à seleção. Abriu o placar de um 7-2 em outro amistoso não-oficial, contra o clube italiano Ternana, mas o desempenho não serviu para que ele ganhasse novas lembranças para Carlos Bilardo. Mesmo que marcasse na temporada 1989-90 significativos 9 gols na Serie A (Careca, do campeão Napoli, por exemplo, fez 10, enquanto o queridinho Caniggia fez 8), vazando no caminho Inter, Juventus e o próprio campeão Napoli em um 1-1. O Lecce, em 13º, escapou da queda. Mas, além de Caniggia, Bilardo preferiu chamar à Copa do Mundo os rebaixados Gustavo Dezotti, de 13 gols pela Cremonese, e Abel Balbo, que somou 11 com a Udinese – além de Gabriel Calderón, de um PSG 5º colocado na Ligue 1.

Na temporada 1990-91, PPP vazou Lazio, Roma, duas vezes a Fiorentina, a campeã Sampdoria e o rival Bari (empatando em 1-1 com uma bomba a quatro minutos do fim), acumulando sete gols. Mas, em torneio com quatro rebaixados, o 15º lugar não impediu a queda. Permaneceu no Lecce por mais uma temporada e meia. O time terminaria novamente promovido da Serie B ao fim do torneio de 1992-93, mas com o ídolo já defendendo o Newell’s no primeiro semestre de 1993. A equipe rosarina ainda respirava o auge de quem vencera três títulos e chegara a duas finais de Libertadores entre 1988 e 1992, mas o veterano não triunfou, com cinco jogos e nenhum gol no Clausura. Rumou à nascente J-League e, após um ano sabático, ainda contribuiu com o acesso da Casertana da quarta para a quinta divisão italiana da temporada 1995-96, pendurando as chuteiras de vez.

O raro campeão mundial pós-rebaixamento trilhou trajetória das mais alternativas na incipiente carreira de treinador, concentrada nas divisões mais inferiores do futebol italiano (que incluiu um título de sexta divisão com o Horatiana Venosa), mas que variou entre as seleções da Itália no futebol de areia e de Uganda (sobre a qual relatou a falta de profissionalismo e uso de macumbas para justificar uma classificação desperdiçada nas eliminatórias da Copa Africana de 2004) aos campeonatos albanês e galês – onde trabalha atualmente, no Bangor. Em meio a isso, estabeleceu residência na sua Lecce, onde chegou a treinar os juvenis na temporada 2013-14 do clube onde mais se identificou no exterior. Pois na Argentina esse posto é do Argentinos Jrs, que inclusive presenteou o aniversário de 50 anos do ídolo, em 2010: na véspera, Borghi treinava o elenco campeão nacional pela terceira e última vez.

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Celebrando o título com o técnico Bilardo e a esposa
https://twitter.com/AAAJoficial/status/1262089763840053248

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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