Seleção

Inimigos da Albiceleste – Uruguai

Uma equipe que deve deixar os adversários preocupados é a do Uruguai. Afinal, a equipe comandada por Oscar Tabares é a mesma que chegou às semifinais na África do Sul. Mas também é melhor do que aquela seleção.

A seleção uruguaia que vai à Copa América é a mesma da África do Sul, já que 19 dos 23 jogadores que lá estiveram estão na lista de jogadores que disputarão a Copa América (as exceções são Álvaro “Flaco” Fernandez, Ignacio “Nacho” Gonzalez, Sebastian “Papelito” Fernandez e Jorge Fucile, substituídos por Sebastian Coates, Cristian “Cebolla” Rodriguez, Alvaro “Tata” Gonzalez e Abel “La Joya” Hernandez). Dos titulares, apenas o lesionado Fucile não está na lista.  O que indica a manutenção de uma base vencedora.

Mais que isso: os novos jogadores que integram o grupo são atletas que tiveram ótimo desempenho no último ano, como o zagueiro Coates (Nacional) e o atacante La Joya Hernandez (Palermo), duas grandes revelações do futebol charrua. As outras novidades são os meiocampista Cebolla Rodriguez, do Porto, titular nas conquistas do Dragão nesta temporada, e Tata Gonzalez, da Lazio.

Outra diferença da celeste em 2011 é o fato de Edinson Cavani e Luis Suarez terem tido uma temporada 2010/2011 muito melhor que a anterior, o que aumenta muito o poder de fogo da Celeste.

Além do fortalecimento do elenco, a seleção de Tabares pode apresentar outras surpresas. Nas partidas contra Alemanha e Holanda a Celeste mostrou uma característica diferenciada. Nas duas partidas a equipe entrou com uma formação parecida com a do mundial da África do Sul. Muslera no gol, Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres na defesa, Diego “Ruso” Pérez, Egídio “Cacha” Arevalo Rios, Álvaro “Palito” Pereira no meio, e Forlan, Cavani e Suarez no ataque.

Mas não é a mesma coisa. Aquela equipe tinha um 4-3-1-2, com Forlán como enganche, uma equipe que gostava de se defender para buscar o contra-ataque. A versão 2011 da Celeste é um 4-3-3, com marcação muito avançada, e os laterais na linha dos volantes, enquanto os atacantes se movimentam. Na prática a Celeste 2011 frequentemente se configura em um 2-5-3, com o jogo organizado em torno da marcação por pressão. Nesse sistema, Lugano e Godin são responsáveis pela marcação ao atacante adversário, Maxi Pereira e Cáceres, os laterais, se juntam aos 3 volantes, e o trio ofensivo marca a saída de bola do adversário.

O sistema de Tabares é arriscado, mas certamente fará com que os adversários na Copa América tenham dificuldade em respirar. O carrossel charrua vem aí.

Títulos: 14 (1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995)
Posição no Ranking da Fifa: 7º
Time-base: Muslera, Maxi Pereira, Lugano, Godin, Caceres, Perez, Arevalo Rios, Alvaro Pereira, Forlán, Cavani, Suarez.
Demais convocados: Castillo, Silva, Scotti, Victorino, Coates, Gargano, Eguren, Lodeiro, Gonzalez, Rodriguez, Abreu, Hernandez
Técnico: Oscar Tabares
Craque do time: Diego Forlán
Cotação FP: candidato ao título

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

3 thoughts on “Inimigos da Albiceleste – Uruguai

  • Willian Alves de Almeida

    Porque o Gastón Ramírez foi cortado?

  • Tiago Melo

    Eu não entendi nada, e discordei completamente. Os amigos uruguaios dizem que Tabares quis dar uma espécie de prêmio a Lodeiro (que quase não jogou no mundial por suspensão e lesão) e Cebolla Rodriguez, cortado da seleção da África do Sul por conta de uma suspensao. Mas e o Tata Gonzalez? Gastón poderia perfeitamente ter ido no lugar dele. Discordei completamente

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