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Polícia Federal confisca documentos do River Plate

Hoje pela manhã agentes da Polícia Federal argentina visitaram o Monumental de Nuñez, bem como as residências e escritórios de Daniel Passarella e José Maria Aguilar. A finalidade, confiscar documentos que possam ajudar na investigação de denúncias de lavagem de dinheiro, falsificação de balanços contábeis e administração fraudulenta.

Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Claudio Bonadio, a partir da denúncia oferecida pelo advogado Alejandro Sanchez Kallbermatten. Também foi autorizado o confisco de todos os despachos do atual e do ex-presidente do River Plate que se encontrem na sede da AFA, medida que possivelmente seja cumprida ainda hoje.

Segundo o advogado denunciante, “minha denúncia foi feita contra José María Aguilar, Daniel Passarella e todos os integrandes da diretoria que tiveram a responsabilidade de administrar o clube nos últimos anos, e que geraram, entre outras coisas, o descenso do River”. Segundo ele, “a gestão de Aguilar foi a que teve mais responsabilidade por isso, mas a gestão de Passarella encobre muitas coisas, certamente porque muitos membros da diretoria de Aguilar hoje estão com Passarella”.

Kallbermatten lembrou ainda da auditoria que Passarella prometeu realizar sobre a gestão anterior, mas cujos resultados jamais foram divulgados: “Há uma auditoria escondida ou inexistente, que ninguém sabe onde está. Todos dizem que está com a KPMG, mas ninguém a conhece. Os sócios querem saber o que há nela, e tudo indica que há um motivo para não publicá-la”

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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