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Racing domina San lorenzo, mas fica no empate, em Avellaneda

O Racing mandou na partida, mas foi incapaz de chegar ao gol da vitória

Em uma boa partida de futebol, em Avellaneda, o Racing não foi capaz de transformar sua melhor categoria em gols e ficou no empate com um somente esforçado San Lorenzo. O Ciclón tentou sair para o jogo nos primeiros minutos, mas foi logo dominado pela Academia. Domínio que durou até o final da partida. Por ele, o Racing chegou ao gol ainda no primeiro tempo; por não saber utiliza-lo, não ampliou o placar e ainda levou o empate nos acréscimos. E porque esse domínio se mostrou manco e ineficiente, ficou todo o segundo tempo a jogar no campo de Migliore, mas sem chegar mais uma vez ao gol. No fim, o resultado foi injusto para a Academia, mas nada de absurdo, afinal quem não chega ao gol no contexto de jogos como esse não pode chegar longe em nenhuma competição. San Lorenzo segue na promo; o Racing, no sonho de limpar sua barra, conseguir alguma coisa do Clausura e, se possível, manter o seur treinador, talvez o único caminho para que tudo isso fique mais fácil.

O duelo em si

O San Lorenzo tentou tomar conta do jogo em seu início, mas logo o Racing assumiu o controlo e foi quem criou mais situações de gol nos primeiros trinta minutos de jogo. O Ciclón tentava sair pelo flanco direito com Buffarini, bem aberto pelo setor. Mas o Racing bloqueava bem essa jogada porque dominava o meio-de-campo e conseguia não somente levar perigo ao gol de Migliore como criar mais jogadas no campo ofensivo do que o visitante de Boedo.

Após algumas boas tentativas no ataque, o Racing finalmente chegou ao gol que abriu o placar no Cilindro. Aos 32, Matias Martínez colocou a cabeça na bola para abrir o placar, após boa jogada e cruzamento de Pillud pela direita. Aos 36 minutos foi a vez de Téo Gutiérrez ter a chance de fazer o gol. Foi impedido por Migliore, que apareceu bem na jogada. O Racing era bem melhor e poderia ter ampliado sua vantagem na primeira etapa. Não fez isso e foi surpreendido já nos acréscimos com um gol de Gigliotti. 1×1 e fim da primeira etapa.

Na segunda, só deu Racing de Avellaneda. Dominando todos os setores do campo, a equpe de “el Coco” Basile mostrou grande personalidade dentro da cancha e,, se não fosse por problemas nas conclusões, poderia ter feito mais dois ou três gols no Cilindro. Prova disso é que o San Lorenzo só chegou no campo de ataque quando já se contava 20 minutos de jogo.

Aos 27 minutos, Castro arrematou de longa distância e a pelota acertou a trave de Migliore. A jogada foi o resumo da sorte que pareceu acompanhar o Ciclón durante todo o jogo. Fez um gol nos acréscimos da primeira etapa, sofreu pressão, teve bola na trava de Migliore e, no fim das contas, saiu do Cilindro com um empate.

Mas, vale dizer, que a sorte do time de Boedo foi de encontro à dificuldade da Academia em transformar a pressão naquilo que mais gosta o futebol: o gol. Foram inúmeras jogadas na segunda etapa. Mais que isso, foi o jogo de ataque contra defesa, sobretudo na etapa complementar. Mas não houve nenhum jogador que colocasse a pelota no arco.

No fim, o empate foi importante para Caruso Lombardi; péssimo para o San Lorenzo e ruim para a Academia, já que a arte de chegar ao gol é o caminho oposto para as crises. Por falta deles é que a velha Academia de Avellaneda não consegue tirar os pés de uma delas.

Formações

Racing: Sebastián Saja; Iván Pillud, Lucas Aveldaño, Matías Martínez, Lucas Licht; Bruno Zuculini, Agustín Pelletieri, Lucas Castro; Giovanni Moreno; Gabriel Hauche eTeófilo Gutiérrez. Técnico: Alfio Basile.

San Lorenzo: Pablo Migliore; Fernando Meza, Pablo Alvarado, Nicolás Bianchi Arce, José Luis Palomino; Juan Manuel Salgueiro, Enzo Kalinski, Néstor Ortigoza, Julio Buffarini; Cristian Chávez e Emmanuel Gigliotti. Técnico: Caruso Lombardi.

httpv://youtu.be/HmsjNu0jOOc

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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