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Em ritmo de festa, Boca Juniors vence o Banfield e se sagra campeão

Sem sofrimento. Nada de gol no final, ou defesa até os últimos minutos para segurar um resultado, e muito menos dependencia de jogos dos rivais. A 24ª volta olímpica nacional da história profissional do Boca Juniors veio com tranquilidade e festa em plena Bombonera. Um clube que já entrou campeão em campo, e só precisou sacramentar tal condição ao superar o Banfield por 3 x 0, com direito a Riquelme em campo.

O título do Apertura 2011 vem com duas rodadas de antecedência, pois o Tigre (único clube com condições de alcançar o Boca antes do início da rodada) já não tem condições de tirar os Xeneizes da ponta. O único desafio restante para Falcioni e seus comandados é manter a invencibilidade até o fim para engrandecer a conquista.

O cerimonial antes do troféu teve um protocolo bem encaminhado, sem surpresas, ainda que o primeiro gol tenha sido tão chorado. Não bastava todo o envolvimento entre Julio César Falcioni e o Banfield, com quem foi campeão na própria Bombonera, outro ex-Taladro balançou as redes depois de vários rebotes: Dario Cvitanich, 1 x 0 aos 9 minutos. Ele não comemorou, mas todo o resto do estádio sim, no que seria apenas o começo.

Quanto aos visitantes? Se comportaram com timidez, ou talvez mera gratidão pela felicidade de dois anos atrás. A equipe de La Volpe, técnico de passagem fracassada também num Torneo Apertura pelo clube da Ribera, não criava perigo contra os visitantes. Apenas depois da primeira meia hora de jogo, acharam forças para adiantar a marcação. Mas foi só.

Já proximo aos acréscimos da etapa inicial, uma obra de arte para coroar a noite de festa. Após cruzamento num tiro livre, Cvitanich emenda um voleio magistral de primeira, que ainda desviou em Eluchans antes de deixar Lucchetti sem reações: 2 x 0, aos 44 minutos. Mal acabava o primeiro tempo e todo o resto do jogo já soava desnecessário, mero tempo de espera antes da celebração.

Eis que, após a volta dos vestiários, Diego Rivero deu um motivo para todo mundo ter nova vontade de assistir o jogo da 17ª rodada. À 30 metros do arco, ninguém esperava um chute do meia Xeneize rumo ao gol. Nem mesmo Lucchetti. Mas ele resolveu arriscar, apesar da marcação forte de quatro jogadores do Banfield para outro golaço na Bombonera: 3 x 0, no 1º minuto do segundo tempo.

Depois disso, e assim como no resto da campanha, a equipe de Falcioni diminuiu o ritmo ofensivo e administrou o resultado assim que sentiu que valia a pena. Para manter o estímulo da torcida, faltava só a entrada do capitão e ídolo. E aos 19 minutos, Riquelme voltou, um mês e meio depois de sair machucado do jogo contra o Belgrano. Saiu Rivero, com aplausos depois do belo gol. Román não marcou, mas sequer precisava, pois pouco tempo em seguida teve a honra de levantar a taça diante dos fãs. E agora? Como encaixar a 51ª estrela no brasão do Boca Juniors?

BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi (Caruzzo), Insaurralde e Clemente Rodriguez; Rivero (Riquelme), Somoza e Erviti; Chávez (Colazo); Cvitanich e Mouche. DT: Julio Cesar Falcioni

BANFIELD: Lucchetti; Ladino (Toledo), Delfino (Pepe), Victor López e Eluchans; Tagliafico (Guillermo), Quinteros, Carboni e Gomez; Hernan Lopez e Ferreyra. DT: Ricardo La Volpe

Próximos confrontos: Arsenal x Boca; Banfield x Belgrano

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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