Categories: EspeciaisLibertadores

Os desacreditados contra a América – Banfield

Não creio que muitas pessoas ainda acreditem que o Banfield tenha chegado tão longe. Mas certamente Falcioni já tinha fé em seus comandads já durante a montagem do time que entrou para a centenária história do clube ao ganhar o Apertura 2009. Apesar da glória recente e dos 114 anos de vida, motivos tradicionais e lógicos impedem que se chame o Taladro de grande. De maneira que isso faz do clube do sul um desacreditado contra a América.

Nos últimos anos, o Taladro ficou como ovelha negra do sul diante dos bons resultados conseguidos pelo rival Lanús. Mas em matéria de Libertadores, o Banfield comandado pelo próprio Julio César Falcioni conseguiu chegar ainda mais longe. Caíram nas quartas-de-final em 2005, contra um River Plate que tinha Gallardo jogando o fino da bola.

Em 2007 conseguiram voltar graças aos gols de Dario Cvitanich, mas com o comando de Patrício Hernandez. Contavam com um elenco suficientemente bom para, pelo menos, passar de fase, mas a queda diante do Libertad em pleno Florencio Sola derrubou o clube, que ainda pode disputar o Apertura seguinte em alto nível, mas não voltou a Copa até este ano.

Na contramão do arquirrival Granate, o Banfield investiu o dinheiro das vendas de jogadores cruciais como Bertolo e Cvitanich para fortalecer ainda mais o elenco. Desde jogadores experientes como Walter Erviti a promessas como o colombiano James Rodriguez, o Taladro construíu a base do time vencedor de hoje, tendo trazido de volta até o próprio Falcioni. Graças a ele, o time do sul criou um padrão consciente de jogo, priorizando a marcação e atacando apenas nos momentos certos. Curiosamente, numa diferença forte com o estilo de Zubeldía.

Todavia, uma das peças vitais para que este esquema obtivesse sucesso se foi. Santiago Silva se reencontrou no Taladro marcando 14 gols no Apertura, e naturalmente chamou a atenção dos donos do passe dele: o Vélez Sarsfield. Além dele, o bom zagueiro Sebástian Mendez pendurou as chuteiras, deixando uma lacuna no setor mais destacado do time.

Mas nem o esquema 4-4-2 e nem a filosofia “Falcionica” deverão mudar para a Libertadores. Substituindo Mendez, vem o campeão da competição pelo Boca em 2007, Jonathan Maidana. Ruben Ramirez preenche a lacuna do Tanque Silva sem badalação, mas Erviti, Rodriguez e Sebá Fernandez prometem mostrar ao torcedor que o time não é campeão de um artilheiro só.

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

Recent Posts

César Luis Menotti, o técnico da Copa 1978 que a seleção teve graças ao Juventus-SP

Originalmente publicado em 5 de novembro de 2018 - e com atualizações em 5 de…

2 semanas ago

As Principais Características dos Slots Online

Os slots online, também conhecidos como máquinas caça-níqueis ou simplesmente slots, são um dos jogos…

2 meses ago

7 jovens talentos argentinos para ficar de olho em 2024

Apesar do excelente desempenho nas Eliminatórias Sul-Americanas e da incerteza sobre a continuidade de Lionel…

5 meses ago

50 anos do primeiro Mundial do Independiente

Originalmente publicado no aniversário de 40 anos, revisto, atualizado e ampliado Há exatos 50 anos,…

6 meses ago

Elementos em comum entre Boca Juniors e Fluminense

Os seis duelos pela Libertadores entre 2008 e 2012 corrigiram certa lacuna do século XX,…

7 meses ago

50 anos do Huracán 1973: o time que ressoou na Copa 78 levando Menotti à seleção

Originalmente publicado no aniversário de 45 anos, em 16-09-2018 - e revisto, atualizado e ampliado…

8 meses ago

This website uses cookies.