Seleção

Dí Maria brilha e Argentina bate Alemanha na reedição da final da Copa

Há pouco mais de um mês e meio, a Argentina entrou em campo, foi superior aos alemães, mas não foi efetivo nas finalizações. Viu a partida ir para a prorrogação e o diabo-loiro Gotze marcar o gol que deu o título aos alemães, acabando com o sentimento argentino de conquistar o título mundial na casa de seu maior rival. Nesta quarta-feira, a Argentina voltou a jogar melhor. A diferença é que o duelo era uma partida amistosa, tinha Dí Maria em campo e necessariamente uma equipe alemã em ressaca. Goleou por 4×1, carimbando a taça, mas continua sem tocá-la.

A vitória deixou o sabor ainda mais amargo aos argentinos e aos fãs desta seleção. A cada gol, em algum canto do país, o sentimento que ecoava, exposto ou não, era: “Tinha que ter acontecido naquele 13 de julho”. O próprio Ezequiel Garay, cortado por lesão, chegou a soltar uma mensagem com a menção: “Como eu gostaria que fossemos para o vestiário com 2×0 no placar na final da Copa”. Agonizante, trágico e verdadeiro.

O fato é que a vitória da Argentina deu aquele sabor de que a Argentina poderia ter sido campeã do Mundo. Principalmente com Dí Maria em campo. O jogador foi responsável pelos quatro gols da Seleção na Alemanha. Os dois primeiros em assistências diretas. O terceiro em cobrança de falta e o último num golaço, mostrando o quanto ele é importante para a Seleção, seja em qualquer esquema tático.

O primeiro gol foi de Sérgio Agüero, jogador que pouco apareceu no Mundial. Em duas participações em Copas, não marcou nenhum gol. Mas conseguiu marcar o seu 22º gol pela Seleção. Depois a assistência de Di Maria foi para Erik Lamela. Um primeiro tempo com dois gols de vantagem para os argentinos, mas muito pela incompetência de Mario Gomez, que perdeu três gols cara a cara com Romero. As duas primeiras o goleiro argentino salvou. A outra quase foi parar na bandeira de escanteio.

No segundo tempo, os gols argentinos saíram logo nos primeiros cinco minutos. O primeiro após cobrança de falta de Dí Maria para cabeceio certeiro de Federico Fernandez, titular da Seleção até a partida contra a Suíça no Mundial. Fideo ainda deixou a sua marca no minuto seguinte, coroando a sua presença na partida desta quarta-feira.

Após o quarto gol argentino, os alemães ainda diminuíram em falhas defensivas coletivas, na qual Schurrlle marcou o gol na primeira oportunidade e com o Gotze, carrasco da Argentina na Copa, marcando o segundo gol alemão. A Argentina, por sua vez, ficou acuada e criando poucas chances de gol, mantendo o 4×2 no marcador.

A Argentina venceu dando moral ao início de Gerardo Martino. Mas tal vitória não apagará a derrota no Mundial. Pelo contrário, só deixa a sensação de que a taça poderia ter ido aos gaúchos e não aos alemães. Revanche mesmo só numa hipotética final em 2018.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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