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B Nacional poderá sofrer mudanças por conta do River Plate

Julio Grondona, presidente da AFA, anunciou na tarde de ontem que está conversando com as autoridades governamentais para que os jogos da B Nacional possam ter um número limitado de torcedores visitantes.

A medida será providencial, uma vez que o River Plate disputará a competição na próxima temporada e por isso há a necessidade da presença de um número mínimo de torcedores. Um dos fatores seriam as condições de alguns estádios que receberão a B Nacional, que não comportam a presença de emissoras para a transmissão das partidas.

“Esperamos que (as partidas) possam ter público visitante de maneira limitada. Argumentamos que, assim como existem público visitante limitado para a A, possa haver da mesma forma para B Nacional. Com a chegada do River à B Nacional planejamos que se possa ter público para esta categoria”, falou o presidente em uma entrevista a rádio La Red.

O que se discute é que as equipes que disputarão a B Nacional movimentarão um público muito grande na categoria. Além do River Plate, Gimnasia La Plata, Huracán, Quilmes e Rosario Central vão disputar a competição. Devido às distâncias entre as províncias do interior argentino, a AFA usa também como argumento os benefícios que a presença de público poderia ocasionar junto ao turismo.

Com o descenso para a B Nacional o River Plate terá uma queda considerável em sua arrecadação com a televisão. Como já foi explicado, a renda pelos direitos de transmissão cairia drasticamente de cerca de 30 milhões de pesos (pagos pelo programa governamental “Fútbol Para Todos”) para 3,5 milhões, que são destinados a todas as equipes da B Nacional.

Sem querer criar mais polêmicas, Grondona falou sobre a punição que o clube de Núñez deveria sofrer pelos incidentes causados na sua última partida contra o Belgrano. Caso semelhante ao do “Millo” ocorreu em 2007, após uma partida que também foi paralisada entre Nueva Chicago e Tigre. Os torcedores do clube de Mataderos invadiram o campo de jogo e no incidente um torcedor foi morto a pedradas. Na ocasião, o Nueva Chicago sofreu uma punição de 20 pontos e a perda de 20 partidas como mandante.

“São duas coisas distintas, o senhor Castrilli (Javier Castrilli, ex-titular da Subsecretaría de Seguridad en Espectáculos Futbolísticos – Subsef) tinha um sistema de punição por pontos. Faz cinco anos que a AFA não pune com pontos”, explicou Grondona dando a entender que não haverá punição por pontos ao River.

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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