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Substitutos fazem a festa e Boca derrota Colón em Santa Fé

Nada como resultados positivos e uma atuação elogiada pela crítica para afastar a desconfiança. Nesta máxima se basearam Nicolas Blandi, Cristian Chávez e Pablo Mouche. Eles substituiram a altura o trio responsável pelo bom rendimento do ataque Xeneize neste Apertura (Riquelme, Viatri e Cvitanich). Verdade que o Colón esta em má fase na cidade de Santa Fé (apenas uma vitória em casa no semestre), mas vencer os Sabaleros por 2 x 0 no Cementerio dos Elefantes trouxe a alegria da distância ao Boca Juniors na ponta do Apertura 2011.

Com 28 pontos, a equipe de Julio Cesar Falcioni tem seis unidades de vantagem sobre o Atlético Rafaela, curiosamente o próximo adversário no torneio, em La Bombonera. Quanto aos santafesinos, estes estacionaram nos 18 pontos, e perderão folego na briga pelo título. A consolação em almejar uma vaga na Libertadores já se aproxima a cada dia.

Só que antes dos gols, ainda reinava a bronca da torcida visitante, principalmente com o substituto de Viatri. Já tinha desperdiçado chances de ouro contra o Belgrano, e logo de cara, no primeiro minuto, cara a cara com o gol, acaba abafado pelo goleiro rubronegro Diego Pozo. Num lance seguinte, não chega a tempo na área para cabecear o cruzamento de Rivero.

No fim das contas, o ex-Bicho parecia apenas estar se calibrando para a hora da verdade. Chavez tratou de criar outra oportunidade que o novo “camisa 9” não desperdiçou. Cabeçada de Blandi sem chance para Pozo: 1 x 0, aos 14 minutos. Um lance que também já ilustrava o bom momento do Pochi, enganche suplente, que também teve várias finalizações e jogadas criadas ao longo da etapa inicial. Pablo Mouche, reserva de Cvitanich, igualmente cresceu de rendimento com a titularidade.

Quanto ao Colón, tinha como única figura de resistência efetiva o volante Moreno y Fabianesi. Apenas alguns chutes que fizeram Orión trabalhar para evitar o empate. Mesmo em casa, os Sabaleros acabaram atordoados pela marcação e pela velocidade no ataque dos Xeneizes. Este último, uma diferença da equipe para se virar sem Román.

Ao voltar dos vestiários, diante da falta de criatividade dos santafesinos, os visitantes trataram apenas de aproveitar melhor as chances criadas na liderança do Pochi Chávez. Mas, justiça seja feita, méritos da assistência no segundo gol vão todos à Pablo Mouche. Em grande jogada individual, se livrou dos defensores adversários e cruzou na cabeça de Blandi. Outra vez, sem apelo ao arqueiro: 2 x 0, aos 18 do segundo tempo.

Para não dizer que o restante do jogo tratou apenas da administração de um resultado garantido, Leandro González perdeu a melhor chance da noite do Colón contra o Boca. Após rebote do lance com Bichi Fuertes, ele ficou quase como Blandi no primeiro minuto. Mas Orión nem precisou abafá-lo, pois o chute do atacante Sabalero subiu para o alto e longe do arco.

COLÓN: Pozo; Candia, Pellegrino, Raldes e Lima; Moreno y Fabianesi, Prediger e Urribarri (Mugni); González, Fuertes e Bastía (Lessman). DT: Mario Sciaqua

BOCA JUNIORS: Orión; Roncáglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero, Somoza e Erviti (Colazo); Chávez; Mouche (Gaona Lugo) e Blandi (Caruzzo). DT: Julio César Falcioni

Próximos confrontos: Belgrano x Colón; Boca x Rafaela

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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