Copa do Mundo

EUA mostram força contra a Inglaterra

Erraria feio quem acreditasse que a Inglaterra teria vida fácil hoje simplesmente pelo fato de os Estados Unidos não ostentarem muita tradição neste esporte bretão. O US Soccer deixou de surpreender desde o vice-campeonato na Copa das Confederações. Ainda assim, não deu para disfarçar o gostinho de decepção de jogadores e torcedores ingleses. Nem tanto pelo gol que decretou o 1 x 1 surgir de uma falha imperdoável de Robert Green. Muito mais pelo futebol abaixo do esperado por parte do English Team.

É bem verdade que a imagem mental que veio a mente de todos em Rustemburgo quando saiu tão repentinamente o gol de Steven Gerrard, graças ao belo trabalho de pivô do veterano Emile Heskey. Até se imaginou que, enfim, o astro do Liverpool faria um bom jogo ao lado do ‘Blue’ Frank Lampard.

Não foi o que se viu, até porque a bola esteve muito mais nos pes dos norte-americanos no primeiro tempo. Começaram insistindo demais pelo lado direito, por onde lançavam a bola para Altidore, que sempre ‘aparecia’ na área. Só que o gol saiu mesmo num chute despretensioso de Clint Dempsey, graças ao galináceo incrível de Robert Green. Goleiros, um problema crônico para Fábio Capello…

No segundo tempo, os comandados do italiano até conseguiram tomar o domínio no volume de jogo. Glen Johnson se aproximou constantemente do ataque, e Rooney pode receber mais bolas próximas à área, de modo que incomodou Tim Howard bem mais. Uma faca de dois gumes, pois dali sairam os contragolpes quase fatais dos subordinados de Bob Bradley. Num deles, Green pode se redimir diante de Altidore. Impediu a virada, mas não apagou a má impressão de uma estreia sem brilho dos ingleses.

Alias, vendo os estadunidenses triunfarem, ainda que sem vitória, seguramente os olheiros argentinos se animaram ao perceber uma maneira de parar um dos favoritos ao título.

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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