Seleção

Argentina cai diante do Japão e volta a ligar sinal de alerta

Sérgio Batista mostrou suas primeiras falhas a frente da Seleção Argentina. Para o amistoso contra o Japão, em Saitama, o treinador escalou mal a equipe, demorou em colocar Dí Maria, escalou jogadores que não estavam 100% e viu a Albiceleste ser derrotada pela primeira vez a história para os nipônicos, após as conhecidas falhas da defesa. Um 1×0 que coloca um ponto de interrogação na situação do atual interino que terá um teste de fogo em novembro: Brasil, em Doha.

Pelo início de jogo, tudo indicava que a Argentina teria certa facilidade em campo. Uma jogada individual de Lionel Messi nos primeiros minutos por pouco não gerou o primeiro gol da partida, o que daria uma tranquilidade para os argentinos. Mas, caprichosamente a bola saiu pela linha de fundo.

Mas, aquela a insegurança da defesa argentina demonstrada durante toda a Copa do Mundo voltou a tona após dois amistosos. Os japoneses, grandes surpresas na África do Sul – eliminou Camarões e Dinamarca e só caiu nos pênaltis antes o Paraguai – voltaram a demonstrar o seu bom nível e surpreenderam o time de Messi e companhia.

Desde os primeiros minutos, os japoneses criaram com facilidade em meio a pífia marcação argentina. O nível de Mascherano desde que chegou ao Barcelona não é o mesmo. Para piorar, Cambiasso ainda saiu lesionado. Antes disso, o Japão já havia chegado ao gol. Graças a uma falha na marcação, Endo arriscou de longe, Romero, mal posicionado, espalmou pra frente, nos pés de Okazaki que mandou pras redes.

Os erros da Seleção continuaram durante o decorrer da primeira etapa. Para piorar, o Japão armou um ferrolho, impedindo um avanço dos atacantes. D’Alessandro pouco produzia, Messi só arriscava em chutes colocados na entrada da área e Tévez não conseguia entrar na área. Diego Milito acabou substituído ainda na primeira etapa, reflexo de que não poderia ser titular, principalmente com um jogador do nível de Higuaín no banco.

Na segunda etapa, Batista mostrou algumas falhas. Substituiu mal, demorou em colocar Javier Pastore e Angel Dí Maria, dois jogadores que estão arrebentando em solo europeu. Somente aos 40 minutos da segunda etapa, os dois jogadores estavam juntos em campo. Uma lastima. Antes disso, a Argentina não conseguia encontrar espaços em meio a boa defesa nipônica e só arrematava em cobranças de falta, bolas aéreas e chutes do longa distância. Já o Japão sempre chegava com perigo nos contra-ataques, e só não marcou por azar.

Por fim, a Seleção Argentina voltou a demonstrar as falhas de Diego Maradona. Sérgio Batista começa a balançar no seu cargo de interino. Uma nova derrota contra o Brasil, no dia 17 de novembro, em Doha, sacramenta a saída do treinador do cargo técnico. Quem também lamenta são os clubes. Diego Milito, Cambiasso e Bolati deixaram o gramado lesionados. Isso sem contar que Samuel, Aguero, Gago, Zanetti e Zabeleta foram cortados as vésperas do amistoso. Hora de abrir os olhos.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

3 thoughts on “Argentina cai diante do Japão e volta a ligar sinal de alerta

  • joao

    batista e um pouquinho melhor que maradona, e melhor convocar laterais medios do que jogar com 04 zaquieros pesados atras, nao da mais para convocar demicheles, heinze, burdisso,zanetti e os irmaos militos===, pastore e di maria tem que ser titulares,== diego milito so tem nivel para clubes italianos e gabriel e muito baixo e se machuca com facilidade, zanetti pela idade, e os outros tres ja nao tem mais nivel para uma selecao.== jovens como garay fazio insua zarate tem que ser testados, pessoalmente nao gosto do sabella , prefiro o ramon diaz, mas qualquer um dos 02 sera melhor para selecao.

  • Júnior

    A grande questão que Batista, (nome certo e único disponível atualmente para o cargo de TÉCNICO), tem que tomar para seguir em frente com vitórias pela Argentina é renovar o sistema defensivo. Nomes como Demichellis, Heinze, Gabi Milito estão se tornando um esculacho aos olhos dos torcedores. Batista havia dito sobre oportunidades a Fazio, Garay, Emiliano Insúa e compania para esse jogo, porém não sabemos porque tal ação não se cumpriu.

    Vemos uma Argentina com um toque refinado, rápido a partir do Meio-Campo, com os jogadores se aproximando, e com uma dependência impressionante de Lionel Messi, criticado por anos, mas “salvador da pátria” atual.

    Duas decepções ficaram por conta de D’Alessandro e Tévez, que simplesmente não renderam 30% do esperado.

    Contra o Brasil esperamos realmente ares de renovação! A partir do meio camponão tenho críticas, a não ser a ausência de Lucho González e a presença de Mario Bolatti (longe de ser um homem de seleção). No mais, Batista vem obtendo sucesso, apesar da bola não ter entrado ontem.

    É válido lembrar que não contamos ontem com: Zanetti, Zabaleta, Gago, Banega e Aguero, nomes que deverão sim compor nosso elenco nos próximos anos.

    Confio no trabalho de Batista, e acredito que a Argentina até 2014 será a maior do mundo.

  • Leandro Wolney

    Que Batista é mais técnico que o Maradona isso ninguem duvida, mas a defesa precisa de renovação pq não dá mais pra aguentar Demichelis,Heinze,Burdisso e etc. Nomes como Garay,Fazio e Emiliano Insua devem ser convocados. O ataque deve ser mantido, mas Higuain no banco não dá, ele é muito mais jogador que o Diego Milito que realmente só tem nivel para clubes italianos.
    Já no gol, Romero realmente não dá,ele é muito inseguro e provou isso contra a Alemanha na Copa e no amistoso contra o Japão, o Orion do Estudiantes merece uma chance pq ele está pegando muito no Torneio Apertura desse ano e é jovem e muito mais goleiro que esse Romero.

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