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Argentina enfrenta a Bélgica e o pesadelo das quartas de final

Seleção Argentina treinou no estádio Mané Garrincha na véspera da partida.
Seleção Argentina treinou no estádio Mané Garrincha na véspera da partida.

Brasília – Os dois últimos Mundiais para a Seleção Argentina tem sido deprimentes, sempre parando nas quartas de final. Eliminado pela Alemanha em 2006 e 2010, o adversário deste ano será diferente e ‘acessível’ em relação ao peso dos rivais passados. Mas dizer que a Bélgica é um rival fácil é dar sorte para o azar, principalmente por esta ser uma das melhores gerações daquele país desde o século passado.

Soma-se também a má atuação argentina nos últimos jogos, o que deixa aquele pulga atrás da orelha irritando a cada dia que passa. E o time de Alejandro Sabella, sob os cuidados de Lionel Messi e seus amigos, terá a oportunidade de quebrar essa má fase na Capital da República, às 13h, num estádio imponente, do tamanho que foi o jogador que leva o seu nome: Mané Garrincha.

Colabora com a preocupação o fato de uma de suas principais figuras, o então questionado Marcos Rojo, não estar presente (suspenso pelo segundo amarelo). Isso faz com que o treinador argentino opte por improvisar José Maria Basanta no posto. O jogador, apesar de fazer essa função, é central de ofício. E as lembranças de um zagueiro pelas pontas não trás boas recordações em quartas de final do Mundial. Foi nas costas de Nicolas Otamendi tomou o primeiro gol dos alemães na África do Sul, que culminou num 4×0 vexatório.

Demichelis, possível titular contra a Bélgica, participou do vexame nas quartas em 2010 e falhou em duas oportunidades.
Demichelis, possível titular contra a Bélgica, participou do vexame nas quartas em 2010 e falhou em duas oportunidades.

Naquela situação também esteve Martin Demichelis, que deve entrar na vaga de Federico Fernandez. Curiosamente, fará sua primeira partida em Copa do Mundo desde aquele fático dia 3 de julho de 2010, quando falhou no segundo gol e não conseguiu acompanhar Podolski e Ozil no último. Demichelis deve ser utilizado neste jogo para dar uma maior segurança a Pablo Zabeleta, que não vem bem. Como ambos atuam em um mesmo clube, isso pode ajudar.

Junto com o defensor, outros sete jogadores que atuaram naquele jogo estão no atual plantel, sendo que cinco são titulares (Romero, Mascherano, Dí Maria, Messi e Higuaín). Maxi Rodriguez e Sergio Agüero ficarão no banco de reservas. Esse último, por sinal, é uma grata surpresa no elenco, já que sua lesão teve uma recuperação de lesão na coxa rápida e poderá ser utilizado no decorrer da partida, caso Sabella ache necessário.

O mais preocupante é a manutenção de Fernando Gago entre os titulares. O jogador não faz um bom Mundial – a Argentina está mal, mas ele consegue ser o destaque negativo – e poderia muito bem ser suprido por Lucas Biglia. O que salva são os lampejos de Lionel Messi e Angel Dí Maria, que vêm se destacando neste Mundial – muito graças a Javier Mascherano, diga-se. Já Ezequiel Lavezzi e Gonzalo Higuaín têm mais uma possibilidade de ajudar a Argentina neste Mundial.

Ainda que com problemas e pesadelos, a Argentina é a favorita para o embate, assim como aconteceu nos últimos quatro jogos desta Copa do Mundo. Mas pode voltar a ter dificuldade para quebrar um jejum de 24 anos (cinco Mundiais) sem estar entre os quatro melhores países do planeta. Vale lembrar que as três melhores participações foi nas quartas (Holanda, 98; Alemanha 2006 e 2010). Em 1994 caiu para a Romênia, nas oitavas e em 2002 caiu na primeira fase.

ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández e Basanta; Mascherano, Gago (Biglia) e Di María; Messi, Higuaín e Lavezzi
Técnico: Alejandro Sabella

BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel, Fellaini, Mertens, Hazard e De Bruyne; Origi
Técnico: Marc Wilmots

Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Horário: 13h (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Acompanhe a transmissão em tempo real pelo twitter @futebolportenho a partir das 11h direto do palco da partida.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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