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Argentina falha nas conclusões e vê Alemanha conquistar o tetra

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Rio de Janeiro – A Seleção Argentina tentou. Teve oportunidades claras de matar o jogo. Muitas, inclusive. Mas o pé não estava calibrado. Para piorar, Messi não estava em seu melhor momento. Não apareceu, como já havia acontecido na partida contra a Holanda. E os alemães aproveitaram. Ou melhor, Gotze aproveitou.

O jogador de 22 anos, que pouco havia feito na Copa, entrou ao decorrer do jogo, aproveitou um toque de Schurrle e mandou para as redes no segundo tempo da prorrogação. Romero, que pouco tempo antes havia se tornado o terceiro goleiro com a maior invencibilidade, foi vazado. E a Argentina caiu de novo para os alemães, como nos dois últimos mundiais.

Mas a Argentina não pode reclamar. Teve oportunidades de matar o jogo desde o primeiro tempo, apesar do domínio dos alemães. Soube jogar nos contragolpes. Só não soube aproveitar. Higuaín e Palacio que o digam. Por pouco não viraram heróis, mas caíram em desgraça ao desperdiçar chances tão claras de gol.

No primeiro tempo, os argentinos souberam encontrar espaços no primeiro tempo principalmente pelo lado de Howedes. Foi por ali, no lado esquerdo, que os argentinos criavam após contragolpes e interceptações da muralha defensiva. A primeira oportunidade foi aos oito minutos. Messi arriscou pra cima de Hummels, mas não conseguiu ser efetivo no cruzamento.

E foi aos 20 minutos que o primeiro gol esteve mais próximo de sair. Pipita Higuaín recebeu um presente de Kroos e entrou cara a cara com o goleiro Neuer, mas finalizou muito mal, perdendo uma chance de ouro. Oito minutos depois, o próprio atacante balançou as redes, mas a arbitragem marcou impedimento. Messi ainda teve outra chance de gol, mas Boateng acabou evitando.

Os alemães conseguiram furar a defesa argentina somente nos dez minutos finais do primeiro tempo. Schurrle bateu de fora da área e Romero salvou. Já nos acréscimos, Kross bateu o escanteio e Howedes mandou a bola no poste direito, deixando a partida equilibrada ao fim da primeira etapa.

O mais impressionante, no entanto, foi a substituição de Alejandro Sabella no decorrer do intervalo. Pocho Lavezzi, que vinha sendo consistente no ataque, acabou sendo substituído por Sergio Aguero, que, como no restante do Mundial, pouco fez.

Batalha
O lance mais polêmico do jogo aconteceu aos 13 minutos. Gonzalo Higuaín recebeu lançamento e Neuer saiu no alto, socando. Contudo, o joelho acertou o rosto do atacante argentino. A arbitragem, no entanto, marcou falta de Higuaín.

Depois desse lance, a partida ficou mais pegada. Ambos os times não conseguiram chegar ao ataque e paravam as jogadas em faltas mais duras. A Argentina, que poucos cartões amarelos recebeu durante o Mundial, ganhou dois em três minutos. Um com Mascherano e outro de Sergio Aguero.

Para deixar a partida ainda mais dramática, Lionel Messi estava longe de seu melhor momento. Além de estar lento, o argentino estava impreciso no jogo. Diferente do jogo contra a Bélgica, não deu combate mesmo com a possibilidade. Nos minutos finais, até teve duas boas chances: uma finalizou mal e a outra parou na marcação. Também no fim do jogo, a Alemanha teve boas oportunidades, mas as finalizações não saíram com tanta força e pararam facilmente nas mãos de Romero.

Na prorrogação, Mario Gotze apareceu. Ele que pouco havia jogado durante esse mundial, quase ajudou Schurrle abrir o marcador no primeiro lance, mas Romero acabou salvando. Mas o arqueiro não pode salvar aos 113 minutos de jogo. Schurrle retribuiu o passe recebido no primeiro tempo e tocou para Gotze, que marcou um golaço. O gol que deu o tetracampeonato aos alemães, que mereceram o título.

Sintomática foi a última oportunidade do jogo. Falta para a Argentina na entrada da área, pessimamente cobrada por Messi. O grande craque não fez um mundial ruim, e decidiu os primeiros jogos, mas esteve longe do que se esperava na reta final da copa. Aguero foi muito mal, Higuaín esteve abaixo das expectativas e Di Maria se lesionou. Muito do insucesso da albiceleste nesta grande final passa pelo que deixou de fazer o “quarteto fantástico”.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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