Copa do Mundo

Argentina rindo à toa: 53.809 entradas da 2ª fase vieram do país

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Primeiro choraram, choraram e choraram. Agora sorriem. Os lábios se abrem até as orelhas de tanta felicidade. É que no fim das contas a Argentina acabou sendo a quinta nação que mais recebeu ingressos para a Copa do Mundo da FIFA, no Brasil. No Brasil que em tempos de Copa é tão da FIFA quanto o próprio Mundial. Ao menos para a Argentina isso é bom. Assim não tem chauvinista por aqui que sacanearia no número de ingressos só para prejudicar ao rival que a Canarinho mais teme. E tem mais um motivo para riso; vão todos para Porto Alegre, longe dos “90” graus da Amazônia, do deserto árido de Brasilia, do Pantanal cheio de paraguaios, brasiguaios, bolivianos e alguns brasileiros que odeiam gaúcho.

Felicidade total na Argentina. Apenas Brasil, EUA, Colômbia e Alemanha ganharam mais ingressos que a nação que veste de albiceleste a Messi, Dí María Agüero e companhia. Tá certo que ninguém entende o que a Colômbia está fazendo entre os três. Mas para quem desconfiava que estava sendo maltratada, a Argentina se contenta em ficar entre os cinco. São 53.809 entradas.

O Brasil recebeu 906.433, seguido de EUA, com 125.465, Colômbia, com 60.231. Depois da Argentina vem Inglaterra com 51.222, o que significa mais uma acachapante derrota aos ladrões das Ilhas Malvinas; Austrália, com 40.446, França, com 34.971 etc.

Faltam 160.000 ingressos para serem sorteados. O próximo sorteio vai ocorrer no “Dia da Mentira”, primeiro de Abril. Tanto a partida inaugural quanto a final não serão contemplada na ocasião. Também não estarão a venda ingressos para Inglaterra versus Itália, EUA versus Portugal, além dos jogos das Oitavas e das Semifinais. Desta forma, tendo um grande número de ingressos à disposição, os torcedores argentinos podem fazer de Porto Alegre o mesmo que fazem de Floripa. Vão lá e colonizam na boa, já que são turistas endinheirados para os quais todos estão dispostos a mostrar a verdadeira face acolhedora dos brasileiros.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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