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Argentina volta a receber potências europeias depois de 23 anos

No dia 16 de dezembro de 1987, a Argentina de Carlos Bilardo enfrentou a Alemanha Ocidental pela primeira vez desde a final da Copa de 86. Venceram outra vez numa vitória simples, por 1 x 0. 23 anos depois, este jogo se tornaria o último de um gigante europeu no Monumental de Nuñez.

Se este dado incomodar pelo juizo de valor, ainda existe outro igualmente notável. O último europeu, seja de tradição ou não, jogou em Buenos Aires pela última vez em 1999. Na ocasião, Marcelo Bielsa comandou a Albiceleste num empate sem graça com a Lituânia, por 0 x 0.

O fato relevante aqui é que ambos os tabus serão quebrados na próxima terça-feira, quando a Argentina receber a Espanha, num amistoso que vence barreiras do passado e pode mudar o futuro da Seleção. Tanto pelo resultado ser importante para a permanência (ou não) do Checho Batista como treinador, mas também pelo precedente aberto a outros países europeus para visitarem o humilde rival sul-americano.

A primeira possibilidade real para isso já viria no ano que vem. Argentinos e italianos já planejavam um confronto para servir de preparação antes da Copa América, em julho. Toronto figurava como provável sede, mas já existem conversas entre a AFA e a FIGC para que a Albiceleste e a Azzurra meçam forças em Buenos Aires.

Outra campeã mundial vinda do velho continente poderia ser a Alemanha. No calendário da Nationalelf (praticamente fechado até 2013!), um amistoso entre as duas seleções acontecerá no dia 15 de agosto de 2012. Não há definições sobre o local, de maneira que a capital portenha se apresenta como candidata.

Além, claro, do fato de que como a América do Sul sediará o próximo Mundial, talvez a Argentina deixe de ser um destino incômodo para franceses, portugueses, holandeses e até ingleses. Para isso, basta que o jogo desta terça seja um sucesso para que os espanhois levem boas referências aos vizinhos.

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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