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Ciclón reage a tempo e derrota o aguerrido All Boys

No estádio Nuevo Gasômetro o San Lorenzo se impôs por 3-1 sobre o All Boys e conseguiu sua segunda vitória consecutiva no Torneio Apertura, onde ainda segue invicto e soma oito pontos. Após um início fraco, o ciclón trocou o chip no intervalo e construiu um triunfo a base da entrega e da contundência. Por sua vez, seu rival batalhou e deixou uma imagem digna, mas pagou muito caro pelas duas expulsões sofridas.

O técnico do San Lorenzo, Ramón Diaz, sequer havia terminado de se acomodar no banco de reservas quando chegou o primeiro problema da noite: devido a uma entrada muito dura, Diego Placente precisou ser substituído por Leandro Romangnoli logo após o apito inicial. Desta maneira, o 3-5-2 trabalhado durante a semana foi jogado no lixo, porém, a mudança de planos a princípio se mostrava positiva, uma vez que era necessário alguém que diminuísse o abismo que havia entre os volantes e os atacantes.

A aposta principal do San Lorenzo consistiu em alçar bolas na área para aproveitar os 1,97cm do atacante Sebastán Balsas. Os volantes de saída, Diego Rivero e Aureliano Torres dominaram as laterais para cumprir essa tarefa, mas nenhum dos cruzamentos chegaram a cabeça do uruguaio. Por sua parte, All Boys aplicou a mesma receita que utilizou para vencer o Boca Jrs: marcação em conjunto e contra-ataques perigosos. Com essas simples ferramentas o visitante produziu as melhores jogadas do primeiro tempo. Sebastián Ereros cobrou uma falta no travessão e um cabeceio de Emanuel Perea exigiu boa intervenção do goleiro Pablo Migliore.

Na etapa complementar o ciclón se apoiou em seu amor próprio e começou a crescer. Rivero e Juan Manuel Torres levaram a equipe para o campo ofensivo e Juan Carlos Menseguez conseguiu utilizar melhor a sua velocidade. E aos nove minutos esse esforço foi premiado: Chaco Torres deu uma passe preciso para Menseguéz, que apareceu sozinho pela esquerda e definiu com classe na saída de Nicolas Cambiasso. Cinco minutos depois, Fernando Sánchez recebeu o cartão vermelho por interceptar um ataque perigoso.
Voluntarioso e oportunista, o San Lorenzo ampliou a vantagem aos 22 minutos com um soberbo cabeceio do cordobês Guillermo Pereyra, após cruzamento de Romangnoli. Porém, o festejo do segundo gol durou pouco, visto que na sequência Ereros foi derrubado por Fernando Meza e o juiz Baliño marcou a penalidade máxima. Mauro Matos foi o encarregado de descontar e avisar que o Albo não estava disposto a se render. Mas a ilusão visitante morreu aos 35 minutos, após a expulsão de Carlos Soto. Um minuto depois a torcida de Boedo pôde festejar o terceiro gol graças a outro cabeceio, agora de Cristian Tula, em novo cruzamento de Pipi Romangnoli, o maestro da noite.

É certo que ainda ninguém se convenceu por seu futebol apresentado, mas o San Lorenzo deu outro passo à frente e cresce em silêncio. É evidente que falta o brilho de equipe candidata ao título, mas as carências são compensadas com raça e efetividade. Com isso conseguirá disputar o título? Todavia é prematuro para responder com certeza essa pergunta, mas ninguém pode tirar a ilusão do torcedor cuervo, tão realista quanto entusiasta.

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