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Em partida equilibrada, Boca leva a melhor sobre Newell´s, em Rosário

Em partida com a alternância de domínio de uma ou outra equipe, ao longo dos 90 minutos, Newell´s e Boca Juniors empatavam em 0x0 até os 84 minutos de partida. Então apareceu Pablo Mouche, que entrou no jogo para dar a vitória aos xeneizes. Em resumo, o visitante pecou na pouca penetração à área local, enquanto o NOB não conseguiu articular bem as jogadas no meio-campo. O resultado foi uma partida com baixo nível técnico e um placar de 1×0 que não refletiu a igualdade das equipes.

A proposta das duas equipes, no início, foi a de buscar o gol. Porém, a falta de articulação, no Newell´s, e de penetração, no Boca, impediam as equipes de abrirem o placar. O Boca tocava melhor na frente da área e contava com a boa aproximação de Clemente Rodríguez, que atuava como volante de contenção, quando o meio-campo xeneize avançava para articular as jogadas à frente da área de Sebastián Peratta. Além disso, o lateral visitante se apresentava bem para o ataque, embora não tenha sido muito acionado na primeira etapa do encontro.

O NOB não apresentava a mesma articulação e procurava se fechar em seu campo e explorar os espaços deixados pelos volantes xeneizes para tentar encaixar os contra-ataques. Embora tivesse muito espaço para isso, la Lepra não conseguia chegar, exceto nas jogadas de bola parada. Dessa forma, o Boca, mais efetivo, chegou pela primeira vez aos 19 minutos, quando Lucas Viatri arriscou o chute de fora da área e viu a bola passar rente à trave direita de Peratta.

Então o NOB bloqueou os avanços do Boca pela esquerda, exercendo forte marcação pelo setor. Dessa forma, Chaves e Ervit desapareceram da partida, no meio de campo, e Viatri da mesma forma, na frente, já que este não mais era acionado por Riquelme, sobrecarregado na articulação das jogadas. O Newell´s melhorou, pois ao mesmo tempo em que marcava bem o visitante no setor esquerdo de seu ataque, passou a explorar o setor direito da defesa xeneize. Dessa forma, quase chegou à abertura do placar aos 38 minutos, quando Figueroa contou com a falha da defesa visitante para ficar cara a cara com Orión. Com Sperduti, o NOB chegou novamente à frente de Orión e obrigou o arqueiro visitante a fazer outra grande intervenção. Final do primeiro tempo, 0x0.

O Boca voltou melhor para a segunda etapa. Colocou pressão sobre o Newell´s, porque aproximou novamente seus jogadores de meio-de-campo, e passou a atuar tanto pelo setor direito quanto pelo esquerdo, onde explorava as chegadas de Cvitanich. Contudo, os visitantes continuavam permitindo as subidas do conjunto local pelo setor direito de sua defesa. Em uma delas, aos oito, Ricardo Noir fez ótima jogada e, pressionado pela boa saída de Orión, jogou a bola por cima do gol.

Pouco a pouco, o conjunto local foi ganhando campo. Isto ocorreu graças à marcação no campo de ataque visitante e pela boa movimentação no ataque. O NOB passou a explorar os dois setores do campo e também chegava bem pelo centro, com Noir.

O domínio da partida era do conjunto local, mas não era um domínio muito efetivo, pois não resultava em boas chances de gol. Depois de insistir à frente da área de Orión sem sucesso, o NOB viu o Boca Juniors equilibrar as ações e ameaçar novamente o gol de Peratta. Restavam apenas quatro minutos para o fim e o destino destino do jogo parecia ter reservado um 0x0 para o encontro. Então, a defesa local deu bobeira e a bola sobrou para Mouche fazer o gol e dar uma importante vitória para o conjunto visitante. Na próxima rodada, o Newell´s vai tentar se recuperar na competição ao visitar o Belgrano, em Córdoba. Já o Boca Juniors fará o clássico da rodada contra o San Lorenzo, na Bombonera.

Boca Juniors: Agustín Orión; Facundo Roncaglia, Rolando Schiavi, Juan Manuel Insaurralde, Clemente Rodríguez; Cristian Chávez, Leandro Somoza, Walter Erviti (S. Miño); Juan Román Riquelme; Darío Cvitanich (Mouche) e Lucas Viatri. Técnico: Julio César Falcioni.

Newell´s: Sebastián Peratta; Alexis Machuca, Hernán Pellerano, Ignacio Fideleff; Cristian Díaz, Diego Mateo, Lucas Bernardi (Perez), Leonel Vangioni; Víctor Figueroa (Aquino); Mauricio Sperduti e Ricardo Noir. Técnico Javier Torrente.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

3 thoughts on “Em partida equilibrada, Boca leva a melhor sobre Newell´s, em Rosário

  • Diogo Terra

    A gente tá tão desacostumado a ver o time jogar minimamente bem que até desconfia. O baricentro do time continua baixo, sem sofrer lá atrás, mas sem gerar muito perigo. Partidaça do Roncaglia, cujo empresário deve ter posto chifre no Borghi e no Basile para não ser escalado antes. Espero que esse time entre nos eixos para voltar à Copa. Aí, a pachecada vai se benzer.

    P. S. Ridículo papel do candidato a presidente, Daniel Angelici, presenteando o Guardiola com a camisa do Riquelme. Justo ele que, como tesoureiro, fez tudo o que pôde para Román não renovar com o Boca (enquanto aprovava sem questionar tranqueiras como Luiz Alberto, Prediger, Bonilla…).

  • Willian Alves de Almeida

    A gente tá tão desacostumado a ver o time jogar minimamente bem que até desconfia. O baricentro do time continua baixo, sem sofrer lá atrás, mas sem gerar muito perigo. Partidaça do Roncaglia, cujo empresário deve ter posto chifre no Borghi e no Basile para não ser escalado antes. Espero que esse time entre nos eixos para voltar à Copa. Aí, a pachecada vai se benzer. (2)

    Diogo, tem o link da notícia do seu P.S?

  • Diogo Terra

    Willian, lá vai:

    http://imborrableboca.blogspot.com/2011/08/la-mitad-mas-dos-52.html

    Esse é com o presidente do Real Madrid, com quem ele também posou.

    Com o Guardiola, aqui:

    http://playfutbol.infobae.com/notas/600274-Angelici-visito-a-Guardiola-y-prometio-un-equipo-de-Primera-repleto-de-juveniles

    Da incomodação com o Riquelme, saiu coisa na mídia argentina há algum tempo, sempre tratando o camisa 10 como o vilão da história, como o elemento desagregador de vestiários. Seguido ouço histórias assim, que Román tem fama de ranheta porque não paga pau pra jornalista…

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