Especiais

Estudiantes – Boca Juniors: Cicatrizes de um 7 a 1 xeneize

No Metropolitano 1972, o Boca Juniors aplicou a maior goleada de seu confronto com o Estudiantes de La Plata. A partida de 19 de março de 1972 foi um doloroso 7 a 1 dentro da Doble Visera.

O pior que essa partida foi uma goleada de virada. Pagnanini fez o gol para o Pincha, logo aos 15 minutos do primeiro tempo. No entanto, o Boca Juniors, até o final do primeiro tempo, fez quatro: dois de Curioni (aos 22 e aos 36), um de Potente (aos 27) e um de Nicolau, no último minuto, de penal.

O segundo tempo começou com mais um gol de Nicolau de penal. Curioni e Potente também fizeram mais um, aos 34 e 39 minutos, respectivamente. Dessa forma, 7 a 1, placar final.

O Boca Juniors do técnico Fernando Bauza – escalado com Sánchez; Nicolau, Marzolini, Suñé e Medina; Rogel (entrou Ovide) e Ponce; Peracca, Curioni, Potente e Ferrero (entrou Peña) – aplicou a segunda maior goleada sofrida pelo Estudiantes. Ela só é superada pelos 8 a 1 aplicados por River Plate (1938), Independiente (1940) e San Lorenzo (1960).

Essa partida foi válida pela 5ª rodada do campeonato. Os demais jogos foram: River Plate 0 x 1 Gimnasia La Plata (em 17/03), Atlanta 1 x 2 Vélez, Colón 2 x 1 Huracán, Ferro Carril Oeste 2 x 2 Banfield, Lanús 1 x 3 Rosario Central, Newell’s Old Boys 2 x 4 Argentinos Juniors, Racing 1 x 1 Independiente e San Lorenzo 2 x 0 Chacarita Juniors (todos em 19/03).

Em 1972, o Metropolitano não foi bom para as duas equipes. O Boca Juniors ficou na 9ª colocação e o Estudiantes, na 13ª posição, teve que disputar os playoffs do acesso para não ser rebaixado. Aliás, a equipe só não foi rebaixada porque havia uma estranha regra de somar os pontos do Metropolitano aos do playoffs, onde o Pincha ficou na vice-lanterna. Assim, em seu lugar, o Banfield acabou sendo rebaixado junto com o Lanús. Assim, o 1972 do Estudiantes teve apenas a cicatriz do 7 a 1, o que foi menos catastrófico.

Rafael Duarte Oliveira Venancio

Em 2010, na primeira versão desse texto, Rafael Duarte Oliveira Venancio escrevia para o Futebol Portenho, era professor do Senac e doutorando na USP. Em 2014, era professor doutor da Universidade Federal de Uberlândia e mantinha o blog Lupa Esportiva no Correio de Uberlândia. Agora, em 2020, é pós-doutor pela ECA-USP, além de escritor e dramaturgo com peças encenadas em 3 países e em 3 línguas. Nestes 10 anos, sempre tem alguém comentando este texto com ele, seja rindo, seja injuriado...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2 + vinte =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.