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Imprensa argentina critica Pacaembu: “assim que querem realizar um Mundial?”

Imprensa argentina critica tratamento recebido no Pacaembu: “isso não pode ser um local para imprensa, isso é uma brincadeira”. E questionam: “assim que querem fazer um Mundial?”

A imprensa argentina, que esteve no Pacaembu, tem soltado o verbo contra a organização e recepção à imprensa do país, durante a final. Espaço reduzido e fechado por vidros, como se fosse uma prisão. Wi-fi que não funcionava e sequer orelhões apareciam à disposição.

Grande parte da crítica ocorre, pois os locais reservados à imprensa, inclusive às rádios argentinas, não ofereciam a devida visibilidade, o que obrigou a vários jornalistas a saírem desses locais e procurarem as arquibancadas. Por sorte não se registrou agressões por parte dos torcedores.

Mas esse locais, nas arquibancadas foram muito selecionados pelos jornalistas, pois mesmo quando estavam protegidos pelos vidros, sofriam agressões, com golpes insistentes sobre os vidros, ameaças e xingos.

E para piorar o quadro de barbárie, nenhum policial apareceu para combater as agressões. Ou seja, os profissionais argentinos tiveram que contar com a própria sorte.

Após a partida, os jornalista dizem que ficaram por 45 minutos impedidos de saírem do local, mesmo que tivessem de cobrir o pós-jogo. Antes, durante e depois da partida, o pessoal de apoio, com o uniforme “orientação”, precisava até ser orientado pelos próprios jornalistas estrangeiros. Alguns dos orientadores falavam para irem rumo ao portão 23, outros, que fossem diretamente para o ginásio. E a impressão para todos era a de que os orientadores perguntavam, uns para os outros, se suas próprias informações eram mesmo as corretas.

A reclamação também gira em torno da decadência das instalações do estádio Paulo Machado de Carvalho. Recursos humanos aquém da necessidade; instalações inadequadas, internet deficiente e espaços que mais pareciam minis solitárias de prisões. Diante disso, muitos meios argentinos estão se questionando como a Conmebol autorizou a final no Pacaembu.

Além disso, os argentinos se perguntam se os brasileiros estão mesmo preparados para a realização de um evento como a Copa do Mundo em apenas dois anos. “Assim que querem realizar um Mundial? Socorro!!!”

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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