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Jovem promessa do futebol argentino é assassinada, no Sul do País

Andrés Epul, jovem de 17 anos e tido como uma promessa do futebol do Sul da Argentina, foi assassinado em Comodoro Rivadávia, em mais uma cena de violência, infelizmente comum na Argentina, como em todos os cantos da América Latina.

Ele tinha apenas 17 anos e projetava um futuro de glórias no futebol. Assim era o jovem Andrés Epul, volante central do Comision de Actividades Infantiles, o CAI, como é conhecido o clube de Comodoro Rivadávia. Ao que parece, o crime não tem nada a ver com o futebol e tampouco com uma possível vingança. Pelas investigações iniciais, tudo não passou de um crime gratuito, motivado somente pela violência banalizada que está presente no país.

Após uma temporada muito desgastante do clube, todos receberam alguns dias para as férias. Epul foi um deles. Resolveu curtir um pouco a vida longe do futebol. Foi com um grupo de amigos para uma boate, depois para um boliche e assim por diante. Quando precisou retornar à sua casa, tomou a precaução de se acompanhar com mais um amigo, já que os perigos urbanos já chegaram também ao Chubut.

Às 7h00 da manhã, quando estava próximo de sua casa, no bairro de Máximo Abásolo, foi abordado por alguns jovens em um carro gol. De início, questionaram a Epul sobre o paradeiro de uma rua. Depois, perguntaram se Epul e seu amigo tinham dinheiro e, se tivessem, que o repassasse imediatamente. Ao que parece, Epul não teve tempo nem mesmo de terminar a frase que indicava a falta de dinheiro. Recebeu dois tiros à queima-roupa. Um tiro acertou o tórax do jogador. O outro, a sua cabeça. Embora o atendimento tenha sido bem rápido, não foi possível salvá-lo. Quando a ambulância foi socorrê-lo, a jovem promessa do CAI já estava morta.

Epul já treinava com o plantel profissional do CAI, que disputa o Torneio Argentino A, a terceira divisão para o interior da argentina. Teve uma breve passagem pela base do River e tinha a expectativa de viver profissionalmente do futebol. Segundo pessoas ligadas ao CAI, essa expectativa era muito real já que o volante central dominava quase todos os fundamentos de um bom jogador de meia-cancha.

A família de Andrés Epul está chocada com o crime e cobra providências da polícia local. As buscas pelos culpados já interceptaram e aprenderam um veículo, porém, ao que tudo indica, o seu proprietário nada teve a ver com o assassinato de Andrés Epul.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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