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Na cancha do Rojo, River Plate tem adversário perigoso pela sexta rodada da B Nacional

Na noite de hoje, na cancha do Independiente de Avellaneda, o Deportivo Merlo recebe o River Plate para um confronto histórico: será a primeira vez que los Charros duelam contra o maior ganhador de títulos do futebol argentino. A promessa é a de incomodar o Gigante. A partida terá início às 19h15 e será arbitrada por Mauro Vigliano. Para este encontro, o Merlo vai estrear sua nova camiseta. Jogo para acompanhar.

Duelo de David contra Golias. Assim podemos chamar o confronto de hoje à noite na cancha do Rojo, em Avellaneda. Pela primeira vez na história o Merlo enfrenta o River Plate; algo bem diferente de poucos anos atrás, quando o Charro se deparava com o Armenio e corria riscos de cair para a terceira divisão. Mas não convém aos hinchas milionários que esperem por uma vitória fácil do River, embora esteja atuando praticamente como local. Pelo contrário, este é um duelo em que a priori o Millionario corre mais riscos do que em qualquer outro confronto até aqui.

O Merlo simboliza tudo o que há de melhor hoje no futebol de ascenso. A equipe é modernamente gerenciada e com um plano detalhado para cada uma das ações na temporada. Este jogo contra o River Plate já foi planejado desde quando a equipe de Núñez caiu à segunda divisão. E no comando da equipe, o treinador De La Riva é a própria imagem dos jovens dirigentes que comandam e reestruturam um clube relativamente novo para padrões argentinos, já que existe desde 1954. De La Riva é um treinador inteligente. Além de estudar o adversário, e criar um plano de jogo detalhado para o confronto, é ainda capaz de mudar a história de um cotejo com uma ou outra alteração; com uma ou outra remodelagem na forma de atuar de seus atletas em campo. Poucos estudaram o River como o comandante do pequeno Merlo. Por isso, o jogo é de alto grau de riso para os comandados de Matías Almeyda.

Enquanto o Merlo fará apenas uma alteração (a entrada de Barreiro no lugar de Conti), o River apresentará Cristian Ledesma no lugar de Vella. Uma modificação que mexe em toda a equipe. Ledesma entra no meio-de-campo e Sánchez será recuado para a lateral-direita. Na posição do uruguayo, Almeyda desloca Martín Aguirre. Desta forma Ledesma vai atuar junto com Domingo na contenção. Apenas nos últimos treinamentos que el Pelado optou por esta formação; o que chama a atenção para o risco de desentrosamento do elenco dentro de campo.

Duas novas camisetas estarão em campo. No River o modelo comemora e homenageia aos 110 anos da gloriosa história millionaria. No Merlo um modelo especialmente desenhado para o confronto e que deverá virar peça para colecionadores, já que apenas 250 unidades foram colocadas à venda.

Se não bastasse o ânimo do Merlo para o encontro, vale lembrar que a equipe não deverá atuar para empatar. A proposta deverá ser a de buscar a histórica vitória. O time joga no ataque, apresenta um extraordinário preparo físico e seus jogadores sabem recuar para a marcação quando exigidos; tanto é assim que é a segunda melhor defesa da competição, atrás apenas do líder Gimnasia. Nos últimos quatorze jogos los Charros perderam apenas um, justamente o duelo para o bom elenco do Almirante Brown, no Fragata Sarmiento. Dos ingressos colocados à venda, 22 mil são para os hinchas de Núñes e cerca de seis mil para os hinchas da equipe de Merlo.

Prováveis formações:

River: Leandro Chichizola; Carlos Sánchez, Agustín Alayes, Jonatan Maidana e Juan Manuel Díaz; Martín Aguirre, Cristian Ledesma, Nicolás Domingo e Lucas Ocampos; Domínguez e Cavenaghi. Técnico: Matías Almeyda.

Deportivo Merlo: Darío Capogrosso; Emanuel Martínez, Alejandro Manchot, Daniel Delgado e Mauricio Almada; Diego Sequeira, Leonardo Melián, Leonel García e Jorge Ribolzi; Ramiro López e Maximiliano Barreiro. Técnico: Felipe De La Riva.

Local: Estádio Libertadores de américa, Avellaneda.
Ábitro: Mauro Vigliano
Horário e transmissão: TV Pública/Canal 7, 19h15

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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