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Newell’s empata e salva emprego de Sensini

Durante a semana, o técnico Roberto Sensini deixou bem claro que sua continuidade a frente do Newell’s dependeria da atuação de seus jogadores na partida de hoje, contra o Arsenal. E pelo que apresentou o meio campo e o sistema ofensivo, não pelo futebol em si, mas pela vontade demonstrada dentro das quatro linhas, o comandante tem tudo para acatar a renuncia. Depois de estar perdendo por 2×0, o Newell’s buscou o resultado logo nos primeiros minutos da etapa complementar e segurou um empate que pode manter o treinador na equipe.

Mas, a carta de demissão estava prestes a ser entregue ainda no intervalo, graças ao erro do sistema defensivo nos primeiros 45 minutos de jogo. Foram três erros cruciais. O primeiro de Machuca, que fez uma falta displicente na entrada da área. Segundo de Peratta, que sequer tentou evitar o gol de Leguizamon, na cobrança de falta. Terceiro de Cichero, que dormiu na jogada que originou o gol de Mauro Obolo. E isso num hiato de cinco minutos.

Antes disso, o Newell’s mandava na partida. Criava inúmeras situações, mas não as aproveitava, fazendo com que Roberto Sensini fosse o alvo das câmeras televisivas em boa parte da partida. O termômetro do bom momento da equipe na primeira etapa foi justamente a torcida. A partir do momento em que o time abaixou a guarda, a hinchada demonstrou apoio. Ao fim da primeira etapa, a imagem dos torcedores aplaudindo o time, numa forma de incentivo e não de ironia, foram cruciais para uma virada na segunda etapa.

E Roberto Sensini mostrou o porquê do respeito do torcedor consigo. Acertou na substituição do intervalo, colocando Nestór Camacho no meio ao sacar Hernán Villalba. Logo na primeira oportunidade do meia, o gol. Camacho arriscou um lançamento de fora da área, Campestrini deu rebote e Juan Manuel Cobelli mandou para as redes. Aos 8 minutos veio o empate. Camacho cruzou pela direita, Sperdutti não conseguiu concluir e a bola sobrou para Sergio Almiron, livre, mandar para as redes. 2×2.

Mas, depois do gol o ritmo caiu. O Newell’s não conseguiu fazer o terceiro gol, que quebraria uma série de cinco jogos sem vencer no Clausura. Para piorar, Sperdutti, um dos homens de frente do time de Rosário, foi expulso de maneira infantil ao receber o segundo amarelo e acabou prejudicando a equipe de Sensini. Com isso, o Arsenal voltou a gostar do jogo, e por pouco não chegou a mais um gol de falta, que acabou parando na barreira, já aos 49 minutos do segundo tempo. Mas ficou mesmo no 2×2. Na próxima rodada, o Newell’s visita o Vélez enquanto o Arsenal recebe o Quilmes.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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