Primeira Divisão

O absurdo no futebol argentino, segundo Tata Martino

martino

O técnico do Newell´s, Tata Martino, segue enfurecido com a politicagem no futebol argentino. Por esses dias, tem reclamado insistentemente sobre o duelo em Mendoza, pelo Supercampeonato do futebol local. “Não m parece lógico a realização desta partida e nem que três títulos sejam decididos em um simples jogo”, disse o comandante do banco leporoso.

Após reerguer o Newell´s a outro patamar do futebol argentino, Tata Martino se vê obrigado a deslocar seu elenco à distante região do Cuyo, onde sua equipe encara o Vélez, na Super Final. O jogo parece ter esgotado de vez a paciência de Martino com o futebol do país. Afinal, no momento em que há de preparar sua equipe para a disputa de uma das semifinais da Libertadores, contra o Galo, o treinador se vê obrigado a dividir suas preocupações com uma outra competição. Indignado, Martino soltou o verbo.

“Não sou dono do clube. Vamos com o melhor que temos para o jogo, mas apenas por uma questão financeira (o campeão leva por volta de 2 milhões de pesos)”, disse o técnico, deixando claro que se dependesse somente dele viraria suas costas ao confronto com o Fortín. Não é sem razão que o treinador reclama, pois, o passe à Libertadores de 2014, que o supercampeão assegura, já foi garantido pelo Newell´s ao vencer o Torneio Final.

Enquanto não exista benefício algum para a Lepra, o Vélez pode ir à Libertdores 2014 simplesmente por vencer um único jogo. “É a primeira vez que a premiação é diferente, a depender do vencedor”, disse “el Tata” inconformado com o disparate.

E continuou: “se é assim, que nos permitisse o ingresso na Libertadores de 2015, ao menos isso. Os organizadores do futebol argentino têm de colocar um basta nesse absurdo”. A pesar da revolta, e em respeito ao clube do Parque Independência, Martino resolveu levar o que possui de melhor à Mendoza e não abre mão de levar mais um caneco para o Parque Independência.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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