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Olimpo perde em Sarandí e toma a vaga do River na promoción

Em jogo com baixo nível técnico, o Arsenal de Sarandí levou os três pontos frente ao Olimpo de Bahía Blanca. Com o resultado, o local se aliviou um pouco do fantasma da promoción, enquanto o Olimpo passa temporariamente a ocupar o lugar do River nesta parte da tabela. O jogo foi decidido ainda no primeiro tempo, mas não tanto por méritos do Viaducto, mas também pela péssima apresentação da defesa aurinegra.

A partida apresentou um baixo nível técnico no primeiro tempo e embora o Viaducto tenha feito dois gols, pode-se afirmar seguramente que o placar se deveu mais à péssima apresentação da defesa do Olimpo do que a méritos do ataque do local. Até que o time de Bahía Blanca demonstrou, no início, uma atitude ofensiva rara, já que sempre prefere atrair o adversário para seu campo e sair nos contra-ataques. Mas logo o jogo se equilibrou em nível muito baixo, já que ambas as equipes vieram a campo sonolentas e aparentemente pouco preocupadas com o caráter decisivo que o confronto apresentava.

O time de Bahía Blanca tentava fazer a ligação com o ataque através de lançamentos longos, sobretudo pelos lados do campo; parecia estar melhor e tentava, vez ou outra, colocar a bola no chão. Já o local, buscava as jogadas de bola parada ou os cruzamentos para a área de Tombolini. De qualquer lugar do campo os jogadores do local buscavam o cruzamento. Assim, aos 27 minutos quase fez o gol com Aguilar que de cabeça fez a bola passar rente ao arco de Tombolini. O mesmo jogador apareceria aos 40 minutos, em outra cabeceada perigosa ao arco do goleiro visitante.

Estava claro que a defesa de Bahía Blanca não se encontrava numa boa jornada. Os jogadores do Arsenal perceberam isso e insistiram ainda mais com os cruzamentos para a área. Aos 37 minutos conseguiram o primeiro gol, com Mauro Obolo, que aproveitando um longo cruzamento empurrou para o gol de Tombolini, 1×0. Cinco minutos depois, o Viaducto ampliou o placar, através de cobrança de escanteio pela esquerda. Lisandro Lopez pegou um bom chute à meia altura e fez 2×0. As imagens da TV demonstraram que a jogada foi irregular, já que na cobrança de escanteio a bola estava fora da área determinada.

A segunda etapa começou melhor e, com menos de cinco minutos, aconteceram duas chances claras de gol. A primeira para o local. Blanco recebeu a bola na frente de Tombolini e só não fez o terceiro gol porque o arqueiro visitante fez uma excelente defesa. A segunda chance para o time de Bahía Blanca. Dominguez realizou um chute de longa distância e a bola bateu no travessão de Campestrini.

Ambas as equipes voltaram com propostas diferentes e a partida ganhou em qualidade. E o Arsenal, que já estava com boa vantagem retornou ainda melhor que o ser adversário. O time procurou colocar a bola no chão, e explorar os espaços do campo que não havia sido percorridos na primeira etapa. Esteve mais perto de fazer o terceiro gol do que levar o primeiro do visitante. Já o Olimpo demonstrou não ter a força necessária para tirar a enorme diferença no placar. Além disso, os comandados de Omar De Felippe não pareciam à vontade em ter de praticar um estilo de jogo, voltado ao ataque, que não é bem a sua proposta ao longo do campeonato atual.

Com o resultado, o Viaducto se afastou um pouco mais da promoción, enquanto o Olimpo passa a ocupar temporariamente essa posição, ao menos até o domingo, quando o River Plate recebe o Colón de Santa Fe. Na próxima rodada, o Arsenal vai a Santa Fe enfrentar o Colón, enquanto o Aurinegro será local frente ao Newell´s Old Boys. Porém, o Aurinegro não terá vida fácil, pois precisará de duas vitórias nos dois jogos que ainda restam do Clausura; o último deles vai ser contra o Quilmes e na cancha do Cervecero.

Arsenal: Cristian Campestrini; Pablo Aguiar, Damián Pérez, Lisandro Lópes e Hugo Nervo; Adrián González Sergio Sena), Juan Pablo Caffa (Gastón Esmerado), Jorge Alberto Ortiz e Iván Marcone; MauroIván Obolo e Gustavo Blanco Leschuk (Gonzalo Gabriel Choy González)
Técnico: Gustavo Alfaro.
Olimpo: Laureano Tombolini; Federico Domínguez, Nicolas Bianche Arce, Juan Tejera e Eduardo Casais; Juan Manuel Cobo, Diego Galván, Sebastián Longo (Martin Rolle) e Martín Aguirre; Ezequiel Maggiolo e Néstor Bareiro (Julio Furch) . Técnico: Omar De Felippe.
Árbitro: Pablo Lunati.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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