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Palermo: “Custei a dormir à noite”

“Custei a dormir à noite”; “Tirei um peso das costas”. Nas entrevista de hoje, Palermo deixou claro o quanto o jejum de gols o deixava incomodado. Afinal, nada deve ser pior para o “otimista do gol” do que ficar tanto tempo ser balançar as redes, em especial na reta final de sua carreira de ídolo hitórico do Boca Juniors.

E não foi fácil. Antes de marcar, Palermo mandou uma bola no travessão, viu Monzón fazer grande defesa e o zagueiro Ospina salvar uma bola que já estava quase dentro do gol. E já no fim da partida conseguiu marcar. Definiu suas emoções dizendo “a carga da partida foi muito pesada, a carreguei por mais de oitenta minutos. Foram muitas esperanças e emoções… não sei como minha cabeça aguentou tanto. Foi preciso muita cabeça fria para não ir embora da partida”.

“Contava as partidas que iam passando, mais do que os minutos. Passavam as rodadas, e chegaram a ser 10. O maximo que tinha passado aqui eram 8 ou 9, ainda que na Espanha tenham sido 12”, acrescentou o Titán, que lembrou o que sentiu no momento do gol:

“No momento do gol, do desafogo, queria abraçar todos os meus companheiros. Pochi (Chávez) veio me buscar, me desviei um pouco dele porque queria abraçar Pablo. Não tinha braços para abraçar todos. Mas tenho de agradecer a Mouche… Meus companheiros estavam mais ansiosos que eu… O apoio da comissão técnica foi vital. Julio (Falcioni) está me bancando. Além disso, os torcedores, que me estimularam sempre que eu falhava”.

Ao final, não deixou que o momento de alegria mudasse seus planos de aposentadoria: “Meu futuro está mais que decidido, analisado e pensado. Não há nada que me faça mudar experiência de ser técnico”

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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