Seleção

Prédio da AFA é evacuado com ameaça de bomba; Segura apresenta renúncia

Não bastassem as possíveis renúncias de Lionel Messi e Javier Mascherano, além de outros nomes, a situação no futebol argentino só tenda a piorar. Nesta segunda-feira, por volta de meio-dia, o edifício da AFA, no centro de Buenos Aires, foi evacuado devido a uma ameaça de bomba as vésperas das eleições da entidade. E com direito a carta de renúncia entregue pelo presidente da entidade.

Tal fato aconteceu as vésperas da chegada de Luis Segura, atual presidente da entidade, que entrou no prédio as escondidas. Curiosamente, sua saída foi tumultuada, com vários jornalistas querendo um pronunciamento do dirigente, algo que não aconteceu. “Não falo, me respeitem. Eu sempre converso com vocês, mas hoje não quero falar”, disse ao deixar a entidade.

Até o fechamento dessa reportagem, a polícia argentina travou o trânsito na região e há um esquadrão antibombas no prédio da AFA inspecionando o edifício.

Carta de Renúncia?

Por volta das 15h, o portal InfoBae garante que o presidente da AFA entregaria sua carta de renúncia, mas não havia ninguém para receber o documento assinado por Segura. Seu mandato termina no dia 30 de junho. A eleição da entidade está suspensa após intervenção do governo do presidente Maurício Macri, alegando graves irregularidades administrativas.

A crise é tão grande que os grandes clubes da Argentina se unem para a criação de uma Liga similar com o que ocorre na Espanha, principalmente no que tange a distribuição de dinheiro. Vale ressaltar que o modelo espanhol é o mais bem visto pelos argentinos. Tanto é que a Copa Argentina é uma cópia barata da Copa do Rey.

O Conselho da Fifa nomeou uma comissão reguladora na última sexta-feira para administrar a AFA até as eleições de julho.

Boicote de atletas
A imprensa internacional avalia a saída de Messi e alguns outros jogadores da Seleção como ato de boicote à AFA. Na quinta-feira, vésperas do confronto contra o Chile, o jogador não quis comentar a postagem em sua conta no Instagram criticando um atraso no voo argentino, culpando à AFA, mas alfinetou a entidade.

“Faz muito tempo que acontecem coisas e nós não dizemos nada. Pedimos o mínimo: viajar bem, comer bem, descansar bem para a partida, que é uma final. Gostaria que a AFA seja o que necessita à Seleção”, disse em coletiva de imprensa na quinta-feira.

Além de Messi, deixariam a Seleção Argentina: Javier Mascherano, hoje com 32 anos, Sérgio Agüero, Gonzalo Higuaín. “Há vários jogadores que avaliam se ficam ou não”, disse Kun ao deixar o estádio

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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