Quem com ferro fere…
De um lado, o River Plate de Angel Cappa, crítico do futebol moderno, defensor do jogo cadenciado e do toque de bola. Do outro o Banfield, eficientíssimo no contra-ataque e nas bolas aéreas. E quis o destino que ao fim do jogo o time de Cappa, já à beira do desespero, empatasse a partida em uma jogada aérea, numa potente cabeçada do zagueiro Román.
A curiosa situação não passou desapercebida de nenhum jornalista, e todos correram a tocar no assunto na entrevista pós-jogo. Cappa contemporizou. Preferiu valorizar o fato de seu time ter encurralado o adversário em seu campo de defesa em toda a segunda etapa. E reconheceu, um tanto contrariado, que de fato o gol salvador havia nascido em um tipo de jogada que não é típica do estilo de jogo que defende: “empatamos com a arma deles”.
Também causou polêmica na imprensa a expulsão do treinador do River, inconformado com um pênalti marcado para o adversário (ao fim defendido por Carrizo). Vários jornalistas consideraram sua reação desproporcional, e a opinião geral é a de que a penalidade foi bem marcada.
Cappa viu a questão de forma diferente. Garantiu que seu protesto foi educado e discreto (embora assim não tenha parecido à imprensa), e reafirmou sua convicção de que antes da penalidade teria havido falta em Arano, defensor do River. Para ele, o árbitro Sergio Pezzotta errou tanto em assinalar o penalti como ao expulsá-lo.
Ao final, essas polêmicas são reflexo do momento difícil vivido pelos milionários. E equipe chegou a sonhar com o título do Apertura após as primeiras rodadas, se encontra agora na sétima posição (a sete pontos de distãncia do líder Estudiantes) e não vence a três partidas. No complicado sistema promedios empregado na Argentina, o clube corre riscos reais de rebaixamento.
A chance de recuperação é a próxima partida, segunda-feira, em casa, contra um combalido Gimnasia y Esgrima, uma das piores campanhas do torneio.
