Retranca eficiente em meio a falta de talento ofensivo
As duas seleções são conhecidas pela força de suas defesas. Talvez até por isso, os sul-americanos tenham tanto êxito nas Eliminatórias. Isso ficou ainda mais claro quando a trupe comandada por Gerardo Martino soube suportar a pressão da Itália no início da partida. No entanto, por também sofrerem igualmente da falta de talentos ofensivos, nada mais justo do que o empate desta noite por 1 x 1, na Cidade do Cabo, para figurar no placar de um duelo entre italianos e paraguaios.
Afinal, a Azzurra poderia ter saído com os três pontos pelo volume de jogo que imprimiu, principalmente na etapa complementar. No entanto, o pragmatismo do professor Marcelo Lippi, claro pela quantidade de bolas lançadas à área de Justo Villar, fez com que ele não convocasse talentos individuais que poderiam fazer a diferença. Cassano, o grande desafeto do comandante, é um exemplo de finalizador que fez falta no confronto. Totti também adicionaria qualidade ao ataque italiano, mas também não estava no Green Point. Deixá-los de fora, e até mesmo ter Di Natale, artilheiro do Calcio, como reserva de Iaquinta e Gilardino justifica a ansiedade para que Cláudio Prandelli assuma o quanto antes.
O Paraguai, por sua vez, não sofre por falta de homens de frente. Na verdade, os comandados de Tata Martino, embora não disponham de um meio que possa abastecer Barrios, Valdez, Santa Cruz e Cardozo, saíram felizes ao empatar com a seleção mais forte do grupo. A própria postura da equipe demonstrou isso. Fizeram um gol ao estilo característico paraguaio: na bola aerea, e depois aguentaram a pressão pouco frutífera dos italianos.
Com Petronilo Oliveira
