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River Plate bate Independiente Rivadávia em Mendoza

Aproveitando-se da instabilidade em campo do Independiente, o River Plate teve calma e futebol para reverter um placar, que logo aos oito minutos já era favorável para o conjunto local, e vencer o encontro por 3×1. Para isso, o Millionario contou com grandes atuações de Luciano Abecasis, “Chori” Domínguez, Ocampos e, sobretudo, Carlos Sánchez, o senhor do meio-de-campo na partida em Mendoza. Além de contar com boas atuações em seu elenco, e com a instabilidade do adversário, o River Plate teve a presença de milhares de torcedores que foram à Mendoza, contrariando o regulamento da B Nacional, que não prever a presença de torcedores na cancha adversária.

Começo incrível do Independiente, que foi para cima da equipe portenha. Aos 3 minutos, Ezequiel Lázaro deu grande chute do balão do meio-campo e a bola bateu no travessão. No rebote, Gómez concluiu mal de cabeça e a pelota saiu à direita de Chichizola: era a segunda vez que chegava o time local, como exemplo da asfixia a que tentou submeter o visitante de Núñez. Aos seis minutos, Gómez novamente perdeu oportunidade clara de abrir o placar. A pressão continuava forte e dava sinais de que o Millionario não aguentaria. Para isso, o Rivadávia precisava apenas ter a sorte de mudar o definidor na frente de Chichizola. Isto ocorreu logo aos oito minutos, quando Ferradas recebeu ótimo lançamento de Solís e não teve dificuldades de abrir o placar para la Lepra, 1×0.

Bastou isso para o Rivadávia recuar e apenas tentar as jogadas de contra-ataques. Cedeu campo para o River, que soube se aproveitar o erro de postura da equipe local para pressioná-la. As jogadas do River começaram a sair. Em uma delas, pela direita, Abecasis, como um típico ponta cruzou para Ocampos, que de cabeça, igualou o placar em um gol. Foi o primeiro gol de Ocampos como titular do Millionario. O River ganhou campo, posse de bola e domínio de um adversário que pouco a pouco passou a ser o mesmo Independiente que havia penado para manter a Categoria, ao fim do Clausura. Somente aos 37 minutos que o conjunto local chegaria novamente com perigo ao gol de Chichizola.

O jogo para a equipe de Núñez estava no lado esquerdo, com os avanços de Luciano Abecasis, explorando bem o fraco setor defensivo de la Lepra. Para isso, o lateral millionario contava com Carlos Sanches, que não somente dava consistência para o meio-de-campo, como alimentava bem as subidas da equipe com passes precisos. Foi assim que ocorreu a virada do River. Depois de um ótimo passe de Sanches, Aguirre contou com incrível bate-cabeça da defesa de Mendoza para virar a partida, 2×1.

Na segunda etapa, notou-se uma mudança na postura do Rivadávia em campo. Mais corajoso, e precisando correr atrás do placar, la Lepra tentou exercer sobre seu visitante o mesmo sufoco do início do encontro. Foi a vez do River ceder campo para o independiente. Aos 17 minutos, a equipe de Núñez já se defendia com 10 homens atrás da linha da bola. A pouca objetividade e profundidade para chegar ao gol de Chichizola era compensada pelo recuo excessivo do River, que encorajava uma pouco consistente equipe local. Aos 19 minutos, por muito pouco Ferradas não empatou a partida, cabeceando sem marcação, após cobrança de escanteio.

Somente aos 21 minutos é que o visitante voltou a chegar com perigo ao gol de Josué Ayala. À essa altura, o que favorecia o millionario era o desempenho de “Chori” Domínguez e do ótimo Carlos Sánchez. Aos 24, o ex-jogador do Godoy Cruz robou uma bola ainda no meio-campo e levou até a área de Ayala para arrematar com precisão no canto direito do arqueiro mendocino e fazer 3×1 para o River.

O terceiro gol do visitante ocorreu no momento em que o conjunto local estava melhor a partida. Depois disso, novamente o que se viu no Malvinas Argentinas foi um Independiente assustado e desorientado em campo, assim como a equipe que foi à promocion frente ao Defensores de Belgranao. Com uma grande vantagem no placar, os comandados de Matías Almeyda encontraram a tranquilidade para tocar a bola e explorar o desespero do Independiente. Aos 43, o River só não ampliou em razão da ótima intervenção de Ayala, cara a cara com Mauro Díaz. Com o apito final de Diego Abal, o River somou mais três pontos fundamentais para sua volta ao futebol de elite, além de afundar ainda mais um Independiente instável e já complicado em seus promédios. Na próxima rodada, o River será local diante do Desamparados de San Juan, no Tomás Adolfo Ducó, enquanto o Rivadávia encara o Quilmes na cancha cervecera.

Independiente Rivadavia: Josué Ayala; Judelín Aveska, Jossimar Mosquera, Leonardo Sánchez (Leonel Altobelli) e Juan Alvacete; Diego Caballero, Gabriel Solís (Jerónimo Neumann), Marcos Britez Ojeda e Ezequiel Lázaro; Mauricio Ferradas (Cristián Fabbiani) e Martín Gómez. Técnico: Enrique Hrabina.

River Plate: Leandro Chichizola; Luciano Abecasis, Agustín Alayes, Jonathan Maidana (Alexis Ferrero), Juan Manuel Díaz; Carlos Sánchez, Nicolás Domingo, Martín Aguirre (Mauro Díaz), Lucas Ocampos; Alejandro Domínguez (A. Funes Mori) e Fernando Cavenaghi. Técnico: Matías Almeyda.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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  • sou xeneize, mas gostei bastante das contratações do river. esse sanches jogava muito já no godoy cruz, o dominguez foi uma boa contratação, estava enconstado no valencia, mas é ótimo jogador. o river vai subir.
    quero ver e ganhar superclássicos !!!

  • Tiago, confesso: eu sou fã de Charly García. A obra dele diz muito sobre o jeito de ser platino, sobre o lado brilhante e o trágico do país. E detesto Beatles por que ACHO que não vão muito além do ié-ié-ié e das festinhas de pré-adolescentes. Questão de opinião.

    P. S. Sobre o River: volta com um pé nas costas, mas o Olé já está tratando o início de campanha millonario como se fosse mata-mata de Libertadores.

  • Diogo, o chefe de redação do Olé, Leo "Gordo" Farinella, é RiBer doente, daí já viu, né?

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