Boca

Tentando juntar os pedaços

charla

Não é todo dia que um gigante do futebol mundial leva uma goleada de 6 a 1. Muito menos perante uma equipe pequena que está praticamente rebaixada para a B Nacional. Como a equipe já não vinha bem, a crise se tornou virtualmente inevitável. A reapresentação da equipe foi marcada por muitas conversas, visando melhorar o ambiente.

Um dos temas centrais foi a briga em plena partida, entre Caruzzo e Sanchez Miño. Os dois se desentenderam quando Santiago Silva se preparava para cobrar o pênalti que deu ao Boca seu único gol da partida. Os dois jogadores conversaram e até trotaram em dupla no treinamento de recuperação física, para mostrar a todos que o problema está superado.

Houve ainda uma conversa privada entre Riquelme e Somoza, jogadores que lideram grupos diferentes no elenco. Há controvérsias sobre a existência de rivalidade entre os dois grupos, mas a divisão é clara. De um lado, Riquelme lidera um grupo composto por jogadores formados no clube, ou ao menos que lá chegaram cedo. O volante tem ascendência sobre os chamados “falcionistas”, como Erviti, Silva e Orión.

Outro problema que tem aparecido na imprensa argentina é a sensação do elenco de que a presença de Bianchi os deixa expostos. Com Falcioni no comando, o treinador era sempre o mais responsabilizado por qualquer eventual mau resultado. Com o maior treinador da história do clube sentado no banco, alguém que muito dificilmente seria vaiado pelos torcedores, a culpa tende a cair sobre os atletas.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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