Libertadores

Vélez consegue vitória decisiva e segue vivo em busca da copa

allione

A partida estava à feição do Newell’s. Os comandados de Tata Martino jogavam em casa, com equipe praticamente completa, contra um desfalcado Vélez. A torcida era exclusivamente local, e a Lepra ainda vive um grande momento no semestre. Tudo apontava para o favoritismo da equipe local. Mas contra tudo e contra todos, o Fortín conseguiu uma vitória expressiva em um Colosso lotado.

Os primeiros 60 minutos da partida foram como se imaginava. Jogando em casa, o Newell’s pressionava e tomava a iniciativa do jogo. No primeiro tempo acertou por duas vezes o travessão defendido por Sebastian Sosa, uma vez com Pablo Pérez e outra com o artilheiro Ignacio Scocco. O goleiro uruguaio do Vélez fazia defesas importantes e se destacava em campo. Logo no início do segundo tempo Papa salvou em cima da linha uma cabeçada de Cáceres.

Mas o Vélez não fazia má partida. Povoava o meio campo de jogadores, e marcava forte. Não por acaso as bolas na trave do primeiro tempo vieram em chutes de fora da área, e o melhor lance do Newell’s no segundo tempo veio numa cobrança de escanteio. Quando retomava a bola, o Fortín buscava o gol.

E aos 18 minutos do segundo tempo finalmente a estratégia de Ricardo Gareca deu o resultado esperado. Um rápido contra ataque fortinero culminou com uma boa jogada de Pocho Insúa, que serviu Allione, que bateu Peratta para abrir o placar. O Vélez marcava o primeiro gol numa partida muito disputada, o que acabaria se revelando muito importante.

Na última meia hora de jogo o Newell’s se perdeu. O gol deu toda a vantagem psicológica para o Vélez, que soube administrar o momento favorável. O time da casa criou pouco, e só conseguiu pressionar de verdade nos últimos minutos, ainda que sem criar boas chances de gol. Nem a expulsão do capitão Cubero abalou o Fortín, que saiu de campo com uma vitória decisiva para seguir vivo na Libertadores.

NEWELL’S: Peratta, Cáceres, Vergini, Heinze e Casco; Villalba, Pérez e Cruzado (Bernardi); Rodriguez (Urruti), Scocco e Figueroa (Tonso).

VÉLEZ: Sosa, Cubero, Sabia, Dominguez e Papa; Allione (Sills), Cerro, Razotti e Insúa (Díaz); Copete e Pratto (Rescaldani)

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × 4 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.