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Em noite de “azar”, Rosário Central perde para o Decano em Tucumán

Em noite de “azar” o Central perdeu para o Tucuman fora de casa e se distanciou de Instituto e River Plate. Tudo deu errado para o Canalla numa noite em que tanto seu treinador, Juan Antonio Pizzi, quanto seu elenco fizeram tudo certo para levar os três pontos a Rosário. Depois de início equilibrado, o Central passou a dominar o cotejo a partir dos 30 minutos da primeira etapa. Esse domínio continuou até o fim da partida. Ainda assim o Tucumán marcou aos 4 minutos do segundo tempo e aos 41. Três minutos depois, um dos bons valores canallas, Paulo Ferrari, desperdiçou uma cobrança de pênalti e deu números finais ao encontro. Resultado injusto para o Central e importante para o Tucumán, que venceu em duas rodadas os dois maiores favoritos ao acesso.

Partida animada desde o início na cancha lotada do Tucumán. As duas equipes tentaram o ataque e o cotejo ganhou em disposição. Mas faltava futebol. Faltava criatividade principalmente do meio-de-campo canalla, talvez em função da falta de Rick Gómez, que se lesionou nos ligamentos do joelho e deverá ficar vários meses fora dos campos. Dessa forma, as equipes desfilavam bastante diante da área adversária, mas não alcançava o gol porque lhes faltavam para ambas a devida penetração.

O desequilíbrio na partida começou a partir dos 30 minutos, e pendendo para os comandados de Antonio Pizzi. Assim, aos 32, Rivero quase abriu o placar para o Canalla de Rosário. Poucos minutos depois, nova chance para o visitante, mas a conclusão da jogada não foi das melhores. À medida que o tempo passava o Central apertava o conjunto tucumano e ficava próximo de chegar ao gol de abertura. Porém o primeiro tempo se foi com o placar igualado em zero.

No início da etapa complementar o Tucumán já dava mostras de que tentaria reverter o domínio canalla. Logo aos quatro minutos saiu o gol do Tucumán. Sebastián Longo, que não vinha tendo boa atuação no cotejo foi o autor do gol de abertura: 1×0 para o Tucumán. Mas a impressão de domínio era falsa.

A partir do gol só deu Central. A pressão era enorme e dava sinais de que rapidamente faria o gol de empate. E o gol saiu de maneira inusitada. Castillejos deixou a grande área e se deslocou para o flanco direito do campo. Fez excelente jogada e cruzou na cabeça de Medina que, aos 18 minutos, empatou o cotejo: 1×1.

O Tucumán tentou sair para o jogo, mas era visível que a condição física do Canalla era bem superior a do Decano. Além disso, o Canalla ganhava na movimentação de seus homens na frente da grande área local. Medina, Castillejos, Rivero e Carrizo não achavam marcação na frente da área do arqueiro Lucas Ischuk. Para complementar, por vezes também os homens da primeira linha chegavam ao ataque para complicar a vida do Decano. Foi assim aos 29 minutos, quando os visitantes acertavam pela segunda vez a trava do arqueiro tucumano. Também Castillejos teve a oportunidade de fazer o gol da vitória aos 38 minutos, mas desperdiçou diante do arqueiro local e mandou a pelota para fora.

O Rosário Central fazia de tudo, menos o gol. Então veio o castigo aos 41 minutos. Galindez levantou a bola do meio-de-campo e o arqueiro García saiu mal. Sem tocar em ninguém a pelota foi parar dentro do arco: 2×1 Tucumán.

Três minutos depois teve pênalti para o Canalla. Ferrari foi para a bola e chutou por cima das traves de Ischuk. Depois disso nada mais aconteceu e o Tucumán alcançou mais uma grande vitória sobre outro dos favoritos para o acesso. Primeiro venceu o River, agora bateu também no Central. Só que neste encontro, ao contrário da partida em que venceu o Millio, o Decano foi completamente dominado pelo rival. O resultado ficou amargo para um Central que teve atitude e volume de jogo na cancha do Decano. Na próxima rodada o Tucumán será visitante, em Paraná, diante do Patronato; enquanto o Rosário Central vai a Buenos Aires se deparar com o River Plate, no que será o grande clássicos do futebol argentino na próxima semana.

Formações:

Atlético Tucumán: Lucas Ischuk; Carlos Fondacaro, Deivis Barone (Éver Marmol), Marcelo Mosset, Edgardo Galíndez; César Montiglio (Juan Martínez), Silvio Iuvalé, Diego Barrado, Sebastián Longo; Luis Rodríguez (Gastón Pizicanella) e Mariano Martínez. Técnico: Juan Manuel Llop.

Rosario Central: Manuel García; Paulo Ferrari, Nahuel Valentini, Matías Lequi, Germán Rivarola (Santiago Biglieri); Omar Zarif, Julio Mozzo, Federico Carrizo (Javier Toledo); Martín Rivero; Antonio Medina (Reinaldo Alderete) e Gonzalo Castillejos. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

Dois outros confrontos pela B Nacional

Ainda pela décima-quinta rodada da B Nacional, em Parque Patrícios o Huracán fez 1×0 no Chacarita Juniors com um gol de Mauro Villegas, logo no primeiro minuto do segundo tempo. O jogo foi sofrível tecnicamente, refletindo bem a situação de ambas as equipes na competição. Como resultado, o Huracán saiu temporariamente da promoción. Já o Chaca ficou em situação complicada, ocupando uma “vaga” na zona do rebaixamento direto. Além de se aliviar em seus promédios, o Globo comemora o resultado, pois a equipe vinha de três derrotas consecutivas e o elenco atuava com notória falta de confiança dentro da cancha.

Em Mendoza, Independiente Rivadávia e Atlanta não saíram do zero em mais uma partida de desesperados. O embate foi ruim tecnicamente e o resultado pior ainda para as duas equipes. O Atlanta continua na zona da promoción; enquanto o Rivadávia, que vem de quatro partidas sem vitórias, também permanece na mesma zona da promoción, mas com sinais ainda mais claros de que está longe de uma possível recuperação. Na próxima rodada o Atlanta vai receber o Quilmes, enquanto o Independiente Rivadávia vai a Córdoba se deparar com o Instituto Central cordobês.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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