Primeira Divisão

Tigre e San Lorenzo empatam em jogo fraco

De Victoria – Numa tarde de sol e calor, Tigre e San Lorenzo fizeram uma partida fraca tecnicamente e ficaram no empate por 1 a 1. Dos 90 minutos que compõem um jogo de futebol (fora os acréscimos), as duas equipes jogaram de fato apenas cinco. Com o resultado ambas torcidas deixaram o estádio satisfeitas de certo modo, o Ciclón deixa a zona de descenso direto enquanto o Matador não corre risco graças a excelente campanha realizada no torneio passado. Mas é bom abrir o olho, dos 15 pontos disputados até aqui, o Tigre só conseguiu somar duas unidades.

Tudo parecia muito igual dentro de campo. A parte criativa das duas equipes sentia falta de um organizador. Pelos donos da casa, Ftacla tentava suprir essa função e até que em determinados lances isolados, conseguiu trazer um pouco de brilho a uma partida que não deixará algo para ser recordada.

O jogo tão equilibrado só poderia encontrar o seu primeiro gol através de uma jogada de bola parada e de desatenção de alguma das duas defesas. E foi a do Ciclón quem colaborou para o primeiro gol. Numa cobrança de escanteio pelo lado esquerdo do ataque, a bola viaja bem fechada dentro da área de Migliore. O goleiro resolve não sair para cortar o cruzamento e ela encontra a cabeça de Diego Castaño. Sem precisar saltar e totalmente livre de marcação, apenas direcionou a bola para o ângulo superior direito de um Migliore que nem se moveu, 1 a 0 Tigre na frente.

O San Lorenzo pareceu não sentir o golpe e no ataque seguinte ao gol do adversário, conseguiu encontrar o empate. Numa jogada que começa com Jara, a bola passa por toda a área até cair nos pés de Buffarini, sem ângulo, rolar para trás, para a chegada do uruguaio Luis Aguiar. O chute sai fraco e rasteiro, mas é o suficiente para encontrar o caminho certeiro do gol, partida empatada em 1 a 1.

Depois dos dois gols, novamente as equipes resolveram se esconder no campo defensivo e esperar que o adversário tentasse algo para explorar um possível contra-ataque. E como tudo ficou nesse “deixa que eu deixo” nada mais de proveitoso aconteceu até o final da primeira parte.

O segundo tempo seguiu o prognóstico de que os dois times tinham muito mais medo de perder do que vontade de ganhar. O San Lorenzo teve a chance de aproveitar a vantagem de contar com um homem a mais quando Castaño foi expulso logo no começo da etapa final, deixando o Tigre com dez homens em campo.

Mas parece que para esse time de Caruso Lombardi, custa muito assumir o papel de protagonista. Durante os 15 minutos aproximadamente que ficou com um jogador a mais, o Ciclón nada fez que merecesse a vitória. Ainda foi castigado na expulsão de Jara, deixando as duas equipes novamente com o mesmo número de atletas.

A melhor chance para definir a partida foi do Tigre.Echeverría teve um instante de inspiração e arrancou do meio da campo com a bola dominada, fintou um adversário e conseguiu jogar a bola entre as pernas de outro, mas não pôde prosseguir no lance. A bola viva na área do San Lorenzo quase terminou em gol contra quando um defensor tenta afastá-la com um chutão, ela bate em outro companheiro de equipe e vai com velocidade em diração ao gol. Migliore atento, precisou se esticar todo para dar um toque com a ponta dos dedos e salvar o time da derrota.

Final de jogo e um empate desalentador para os dois times, mas que nas atuais circunstâncias pode ser comemorado.

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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