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Argentina no olho do furacão

messi

Jogar uma Copa no Brasil. Depois de um massacre da Seleção Alemã contra a Brasileira. Agora contra adversários de ataques impiedosos.

Este, meus amigos, é um dos momentos de maior tensão para uma Seleção Argentina em Copas do Mundo. O maior que eu já vi, pelo menos. Estamos no olho do furacão.

Vi no Mané Garrincha o que só imaginava por histórias dos outros. Brasileiros e argentinos efervescem a rivalidade histórica na torcida: “Brasil, decime que se siente” x “Mil goooools, mil gooooools”. Torcem contra cada passo da Argentina. Embora tenham falhado por 5 vezes, não vão desistir. Mesmo que, para isso, tenham que torcer contra carrascos recentes (Holanda em 2010, em caso de final, Alemanha nesta terça-feira).

E a Holanda? Uma seleção com Robben, Sneijder e Van Persie (talvez De Jong) para comandar um bom time de jovens. Sem falar na experiência de Louis Van Gaal. 12 gols em 5 jogos. A maior prova de fogo ao sistema cauteloso de Alejandro Sabella, que visa proteger a própria defesa frágil.

Se ganhar, e a Alemanha? Os caras que eliminaram a Albiceleste duas vezes seguidas. Fora o baile de ontem no Mineirão. Mineirazo. Ainda que a Alemanha não seja tão forte quanto o 7 x 1 faz parecer, é um sinal de que eles precisam de muito pouco para destruir adversários, tecnicamente e psicologicamente.

Contra tudo isso, não temos uma seleção perfeita. Nem mesmo em boa fase. Nunca se espera um jogo bonito da Argentina de Sabella, mas assustam as vitórias apertadas contra seleções de pouca tradição. Para piorar, sem Angel Di Maria.

Que toda a cautela sirva para frear ataques holandeses, depois alemães. Que Messi seja Messi mais duas vezes. O mesmo pelo qual cantam os “locales” argentinos nas arquibancadas. E não custa um bom apoio de Francisco também.

 

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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