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Boca cai diante do Fluminense e perde invencibilidade em plena Bombonera

Dando fim a uma série histórica de 36 partidas oficiais sem conhecer uma derrota, o Fluminense foi á Argentina e não apenas derrubou a marca da equipe Xeneize na Bombonera pela Copa Libertadores 2012, como anulou toda e qualquer tentativa de reação, tendo na vitória de 2 a 1 as figuras de Deco e Diego Cavalieri, este fechou o gol carioca.

O Boca começou a partida com o freio de mão puxado, com pouca profundidade e lento sem se arriscar, enquanto o Fluminense buscava o ataque a cada oportunidade com a bola. O jogo era duro para a equipe Xeneize, que saiu perdendo antes dos dez minutos iniciais. Em cobrança de falta primorosa pela esquerda, o português Deco colocou na área e Fred subiu meio desajeitado, deixando Insaurralde pregado na pequena área. A bola ainda tocou nas pernas de Orión, que foi vencido para desespero da torcida Xeneize.

Com o gol, esperavas-se que a equipe do treinador Falcioni partisse para o ataque em busca do empate, mas o que se via era uma equipe apática que subia de maneira lenta e sem muita profundidade, impreciso nos passes e confusa na armação de jogo. O Fluminense marcava em cima e não dava espaços, ruim para o jogo de Román que prendia demasiadamente a bola e não encontrava oportunidades para organizar o Boca.

A primeira descida de Clemente Rodríguez que não se arriscava muito ao ataque quase rendeu a equipe de La Ribera o gol de empate. Clemente recebeu de Román e partiu para a linha de fundo onde buscou o centro para Mouche que fechava na pequena área. No entanto a bola foi forte demais, na melhor jogada criada pelo ataque da equipe Xeneize em meia hora de jogo.

Nos últimos minutosdo primeiro tempo, Insaurralde arriscou um tiro da intermediária e Diego Cavalieri deu rebote, mas El Tanque Silva chutou em cima do arqueiro carioca. Ainda na sequência do lance, Román acertou um bom chute e mais uma vez Cavalieri apareceu para mandar para escanteio. Na cobrança foi a vez de Caruzzo acertar a defesa fluminense e perder a oportunidade do empate. Não havia tempo para mais nada, e o árbitro paraguaio Carlos Amarilla encerrou a primeira etapa. O Fluminense levava vantagem para o vestiário.

Logo aos dois minutos da segunda etapa a pressão do fim da segunda etapa teve continuidade. Após cobrança de falta de Román da intermediária, a bola foi na trave direita do arqueiro carioca que deu rebote e dessa vez Somoza não deixou a oportunidade passar, batendo no centro do gol, e assim cravando o empate no placar, arrancando o grito de gol da garganta da torcida Xeneize.

Porém quando chegava mais e parecia sufocar, o Boca tomou um duro golpe cinco minutos depois. Após rápida jogada lateral nas costas de Roncaglia, Wellington centrou para Deco entrar sozinho e finalizar para as redes de Orión que nada pode fazer. A partida voltava a ficar complicada para a equipe argentina que precisava do resultado.

Sem muita criatividade e com pouco a oferecer, a equipe Xeneize voltou a errar passes. Mouche não atuou como de costume, Gaona Lugo que entrou na segunda etapa foi ainda mais lento e impreciso. Santiago Silva abusou da arte de errar gols. De cabeça, cara a cara com o goleiro, sem goleiro. Uma noite para lembrar e não fazer outra vez.

O Fluminense garantiu uma importante vitória dentro da Bombonera e lidera o grupo quatro com seis pontos. O Boca soma apenas um ponto e em situação complicada na Copa Libertadores, tendo pela frente o Arsenal de Sarandí na próxima rodada.

Boca: Agustín Orión; Facundo Roncaglia, Matías Caruzzo, Juan Manuel Insaurralde, Clemente Rodríguez; Diego Rivero(Christian Chávez), Leandro Somoza, Walter Erviti (Gaona Lugo); Juan Román Riquelme; Pablo Mouche (Sergio Araujo), Santiago Silva. DT: Julio César Falcioni.

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno (Jean), Digao, Anderson, Carlinhos; Diguinho, Edwin Valencia, Deco (Edinho), Thiago Neves (Rafael Sobis); Wellington Nem, Fred. DT: Abel Braga.

Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguay)

Cartão Amarelo: Insaurralde, Roncaglia, Román Riquelme (Boca), Diguinho (Flu)

Estádio: Alberto J. Armando (la “Bombonera”)

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

6 thoughts on “Boca cai diante do Fluminense e perde invencibilidade em plena Bombonera

  • Aron Ruales

    O Boca foi mais time durante 75% da partida, na minha opinião o resultado foi injusto. Mais uma vez o Fluminese ganha sem demonstrar um bom futebol, mas sabendo aproveitar as pouquissimas chances.
    O destaque negativo vai para Santiago Silva, que não lembou em nada os tempos de Velez.

  • Lucas Prates

    O Boca foi mais time durante 75% da partida???

    Acho, que assisti a outra partida então. O Boca jogou um futebol fraco, ta certo que o Diego Cavallieri operou alguns milagres mas mais por deméritos do sistema defensivo do Fluminense do que por mérito xeneize!
    Fala sériu ontem o Boca apresentou um futebolzinho de quem se bobear perde a segunda vaga do grupo pro Arse!

  • O Boca jogou muito sim o flu deu sorte pq as duas chances que teve fez só isso mais nada. Agora e levantar a cabeça tem jogo domingo importante e mais jogos da libertadores VAMOOOSSSS BOCA /

  • O Fluminense jogou melhor que o Boca, a equipe Xeneize deu apenas um sufoco no final do primeiro tempo, com belas defesas do Cavallieri, marcou um gol de bola parada no começo do segundo e quando achei que ia pra cima e destroçar o Flu eles tomaram um Gol em um belo contra-ataque, depois o Boca pouco fez, é um time bem postado mas não tem o ímpeto do ataque em seu DNA, culpa do JJ pra mim.
    Riquelme na minha opinião cada vez mais se parece com o Petkovic do meu mengão, muito mal fisicamente, mas nas bolas paradas e quando tem algum espaço atormenta as equipes adversárias, muito inteligente.
    Mas em todo o caso foi um grande jogo, com uma bela arbitragem do Amarilla, pra mim o melhor arbitro Sulamericano disparado, como é bom ver uma partida pegada e sem jogadores cai cai simulando faltas toda a hora, o Diguinho quis fazer uma graça e tomou um amarelo cala a boca na hora.

    SRN

  • Felipe

    Talvez com Cvitanich, a histório pudesse ter sido outra. Não gosto do Mouche: tem mais de 100 partidas pelo Boca e pouquíssimo fez nesses seis anos. Santiago Silva precisa que o meio campo que jogue por ele. Palermo está fazendo falta…

  • AUGUSTO

    O FLUMINENSE MOSTROU QUE TEM UM GRANDE TIME E UM OTIMO ELENCO. DESTA VEZ A DEFESA NÃO COMPROMETEU MUITO PELO CONTRARIO JOGOU MUITO BEM. VAMOS COM CALMA QUE A ESTRADA ESTA CHEIA DE PEDRAS, MAS COM SABEDORIA EU ACHO QUE PODEMOS CHEGAR LÁ.

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