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Com autoridade, Boca Juniors goleia o Cerro Porteño

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A atmosfera no Estádio Defensores del Chaco era enorme, a torcida do Cerro Porteño proporcionou uma linda festa, mas o gol de Calleri aos nove minutos, calou a cancha em Assunção. O espanhol Dani Guiza empatou ainda na primeira etapa, mas não foi o suficiente para segurar Andrés Chávez, que fez dois gols na segunda etapa e ainda deu outra assistência para La Puma Gigliotti, que fechou o caixão do Cerro e garantiu uma goleada histórica por 4 a 1, que dá moral para o Boca enfrentar o River Plate, ou o Estudiantes, na semifinal da Copa Sul-Americana.

Era uma das últimas chances do Boca Juniors, diante do Cerro Porteño, salvar a temporada e passar para às semifinais da Copa Sul-Americana. Mas todos sabiam que o confronto no Estádio Defensores del Chaco seria de extrema dificuldade, principalmente pelo forte calor que estava em Assunção e contra uma torcida fanática, que desde a madrugada de quarta-feira, incomodou muito os jogadores xeneizes com muitos rojões na frente do hotel.

Já com a bola rolando, os paraguaios foram com tudo para cima e Ortigoza perdeu grande oportunidade de abrir o placar. Oscar Romero, que teve uma primeira etapa muito fraca, também perdeu chance clara. O Boca era inteligente, jogava com experiência, apesar de ter uma equipe muito jovem. Andrés Chávez perdeu uma grande chance, aumentando ainda mais a expectativa da torcida visitante, que invadiu Assunção.

Todavia, aos 9 minutos, a bola rebatida sobrou para Chávez, o comandante teve tranquilidade e realizou ótimo passe para o meio da área, Calleri estava lá, sozinho, para empurrar a bola para o gol e abrir o placar, fazendo um gol importante fora de casa, que obrigava o Cerro a ter que fazer três tentos para se classificar.

O Boca melhorou, teve outras duas chances de aumentar o placar e ainda contava com brilhante atuação de Fernando Gago. Mas o forte calor começou a cansar a equipe, que foi recuando, recuando, até sofrer o gol de empate aos 27 minutos, quando Sperdutti cruzou e o espanhol Dani Guiza, de carrinho, fez o gol de empate para o Ciclón de Barrio Obrero. Com o gol, os xeneizes sentiram e foram todo para a marcação, que garantiu o empate parcial até o final da primeira etapa.

Já os 45 minutos finais começou com o Cerro indo pra cima, buscando diminuir a vantagem do Boca, mas os paraguaios não conseguiam passar da forte marcação dos argentinos. Aos 22 minutos, Fernando Gago puxou contra ataque, com muita disposição física e com um lindo toque, deixou Chávez na cara do gol, o atacante deu um lindo toque por baixo das pernas de Barreto para fazer o segundo gol do Boca e silenciar o Estádio Defensores del Chaco.

Precisando fazer mais três gols, o Cerro se lançou com tudo para ao ataque e aos 28 minutos, em mais um contra-ataque, dessa vez puxado por Chávez, o atacante Gigliotti, que tinha acabado de entrar, conseguiu fazer uma linda jogada, driblar o goleiro e só rolar para dentro do gol, marcando o terceiro do Boca na partida. Depois do tento, a torcida do Ciclón se revoltou e começou a jogar diversas garrafas e pedras no Orión, paralisando o jogo e deixando o clima ainda mais quente em Assunção.

A classificação já estava garantida, mas aos 40 minutos, ainda teve tempo para Chávez, em mais um contra-ataque, fazer o quarto gol do Boca e seu segundo na partida, além de outras duas assistências na partida. Chávez, ao lado de Gago, conseguiu levar ao Boca em mais uma semifinal de Sul-Americana, com muita autoridade após essa goleada, e com uma moral elevadíssima para talvez, enfrentar o River Plate em dois duelos que prometem parar o mundo futebolístico.

Victor Limeira

Jornalista formado pela faculdade paulista FIAM/FAAM. Acompanha não só o futebol argentino como as ligas menores da Europa. Começou a escrever para o Futebol Portenho em agosto de 2010 principalmente por ter uma paixão do futebol que reúne alma, raça e um belo toque de maestria

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