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Confusão com Milito recoloca a questão: “Teo Gutiérrez é um brincalhão ou um patife?”

A recente confusão entre Teo Gutiérrez e Gabi Millito, no clássico entre o Independiente e o Racind de Avellanda, volta a colocar em cena a seguinte pergunta: “Téo Gutiérrez é um pícaro ou um imbecil?”. Milito prefere chamá-lo de imaturo. E, ao fazê-lo, mostra a diferença comportamental entre ele e o atacante colombiano. Entenda a polêmica entre os dois jogadores.

Por vezes, fica clara a intenção do atacante colombiano em provocar situações desagradáveis e que sugerem um procedimento moral condenável. Outras vezes, o que parece é que, querendo ou não, o que Teo faz é desestabilizar o adversário a ponto de tirar vantagens sobre ele. A fronteira entre ser desleal ou apenas um jogador brincalhão e inteligente nem sempre fica muito clara. Algumas de suas afirmações pré-jogo sobre as fragilidades dos rivais dão razão a quem o considera um circense inteligente. Outras atitudes, como ser expulso das partidas, e prejudicar o próprio time, dão razão a quem o considera um imbecil e, muitas vezes, um patife. Um novo imbróglio envolvendo o atacante colombiano pede a atenção das pessoas para enquadrá-lo em uma dessas duas definições.

Na partida entre Racing e Independiente, Teo atirou de propósito a bola sobre Milito, quando a foi buscar nas redes, depois do gol de Hauche. Milito não deixou por menos e não primeira oportunidade deu uma entrada forte no atacante da Academia. Contudo, o que chamou a atenção não foi bem a entrada de Gabi Milito, pois sequer o atacante foi atingido pelo zagueiro com gravidade. Chamou mais a atenção a valorização do goleador, que convenceu o árbitro a expulsar Milito ainda no início da partida. “Na vida, há um mínimo de respeito que uma pessoa não pode perder; apenas poucas delas é que não têm esse respeito. Só que acabam desmascaradas e o tempo trata de pôr as coisas no seu devido lugar”, disse Milito, aludindo ao assunto.

A declaração do zagueiro dá conta de seu inconformismo diante da atitude de Teo. “ A expulsão não teve nada a ver com o lance do gol; fui disputar a jogada como qualquer outro zagueiro faria e o Pezzotta me expulsou”. Completou o ex-zagueiro do Barcelona, referindo-se ao lance. Quanto ao atacante colombiano, Miltio disse que “ele é um bom jogador, mas está apenas começando e ainda fez pouco no futebol. Na vida, há uma coisa que não se pode perder, que é o respeito mínimo pelos seus companheiros e pelos rivais. Uma minoria não tem esse respeito e pouco a pouco fica identificada em seu comportamento. Só que essas pessoas acabam desmascaradas e o tempo se encarrega de colocar as coisas no seu devido lugar. Nossas atitudes acabam deixando sensações nas pessoas e na mídia em geral, o que favorece que todos nos conheçam pouco a pouco”, finalizou o zagueiro do Rojo, ainda magoado com o atacante colombiano.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

2 thoughts on “Confusão com Milito recoloca a questão: “Teo Gutiérrez é um brincalhão ou um patife?”

  • carlos eduardo

    Pra mim é um patife, e da pior qualidade. Fim de papo.

  • Igor Sosa

    o milito deu uma verdadeira aula. teo é um patife, e certamente ficará marcado pelos adversários e até mesmo arbitros

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