Primeira Divisão

Estudiantes vence e obriga o Rafaela se preocupar com os promédios

No estádio Ciudade La Plata, o Estudiantes levou o primeiro gol do Rafaela e poderia até levar o segundo. Chegou ao empata antes do término da primeira etapa. Na segunda, teve alguns poucos minutos de instabilidade, mas logo dominou o rival e chegou ao segundo e terceiro gols sem muitas dificuldades. O que chamou a atenção é que justamente no terceiro tento, o ótimo arqueiro Sara fez uma bobagem monstuosa praticamente ofereceu a pelota de presente para Zapata. Resultado justo.

Assim que o jogo se iniciou, a impressão era a de que o Pincha não sabia muito o que fazer em campo. Sendo assim, quem resolveu mandar no cotejo foi o visitante. Aos quatro minutos, um centro encontrou a cabeça de Carniello, que contou com a péssima saída de Villar para guardar a pelota no arco. 1×0 para La Crema.

Foi então que o Estudiantes se deu conta de que não poderia deixar o visitante jogar. E a tática dizia que o time iria para o ataque e deixaria La Crema em apuros. Alguém se esqueceu de combinar essas ideias com os jogadores. Dos dois times. Assim foi que o Pincha marcou uma constante presença no ataque. Só que o resultado não era dos melhores, já que essa presença ofensiva apresentava problemas. Quais?

Cagna dispôs uma linha atrás de quatro defensores imóveis e inúteis. À frente, criou duas linhas de três, que pelejava sem nenhum ideia criativa. Além disso, a falta de compactação entre elas facilitava a vida da defensiva visitante. Mesmo assim, um ou outro atacante se apresentava à área de Sara. Isto ocorria quando algum atacante pincharrata fugia pelo flanco e centrava na área. Só que não havia ninguém para colocar a pelota no arco.

Somente a partir dos 25 minutos foi que o Pincha começou a pressionar com mais eficiência. Foi o suficiente. Aos 39, Zapata fez uma ótima jogada e foi derrubado por Carniello dentro da área. Na cobrança do penal, o próprio Zapata igualou o placar no Ciudad La Plata.

No segundo tempo, as duas equipes modificaram as suas posturas do primeiro tempo. O Estudiantes procurou justamente a compactação que faltou nos primeiros 45 minutos. Já o Rafaela, parecia acreditar na vitória e resolveu encarar o Pincha de frente. O efeito disso foi que o conjunto visitante esteve bem perto de fazer o segundo. Se não o fez foi porque teve em Villar uma rocha intransponível.

Com o decorrer do embate, as duas equipes se abriram ainda mais e buscaram a vitória. Neste caso, é comum que o conjunto com as melhores individualidades prevaleça. E não deu outra. Enquanto o visitante utilizava-se da velocidade na armação e execução das jogadas, o Pincha juntava isso tudo com a habilidade, a criação no meio e com uma melhor exploração dos flancos a partir dos arranques do colombiano Duván Zapata. As chances não pararam de ocorrer.

Aos 25 minutos, Román Martínez arricou de longa distância e fez um golaço. Antes de encontrar as redes, a pelota bateu no travessão e tirou de Sara qualquer chance de intervenção: 2×1 para Estudiantes.

Dois minutos depois, Carrera teve a chance do empate, mas não soube concluir e desperdiçou uma rara e ótima chance de gol. Do Rafaela foi só. Aos 37, Zapata recebeu um presente de Sara e não decepcionou. Fez 3×1 e saiu para o abraço. Ficou nisso. Um resultado que finalmente pareceu justo para a melhor condição do conjunto pincharrata. Já o Rafaela, precisará se preocupar um pouco mais com outra tabela: a dos promédios. La Crema já está bem pertinho da zona da degola.

Formações

Estudiantes: Justo Villar; Germán Ré, Jonathan Schunke, Leandro Desábato, Raúl Iberbia; Rodrigo Braña; Carlos Auzqui, Marcos Gelabert, Román Martínez, Maximiliano Núñez (González); e Duvan Zapata (Carrillo). Técnico: Diego Cagna.

Atlético de Rafaela: Guillermo Sara; Joel Sacks, Oscar Carniello, Lucas Bovaglio, Juan Eluchans; Sebastián Carrera (Depetris), Iván Juárez, Raúl Ferro (Serrano); Sebastián Grazzini; Federico González (López) e César Carignano. Técnico: Rubén Darío Forestello.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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