Especiais

Flamengo, Palmeiras e o futebol argentino

Muita gente que trabalhou nos dois finalistas da Libertadores de 2021 também passou por clubes argentinos em algum ponto da carreira, seja a de jogador ou treinador. A lista abaixo obedece uma ordem cronológica pelo momento em que os homens em questão fecharam o ciclo. Antes, uma observação: cada um dos finalistas teve um argentino de nome Luis Villa, não se tratando da mesma pessoa: o zagueiro flamenguista que atuou em 1937-38 vinha do Lanús e depois regressou a seu país para reforçar o Racing, enquanto o volante palmeirense eternizado pela sequência de títulos palestrinos entre 1950-51 chegou após dez anos de serviços ao Estudiantes.

Confira enfim os nomes realmente pertinentes, sob consultoria do Flamengo Alternativo:

Jurandyr: o goleiro defendeu o então Palestra Itália entre 1935 e 1939, erguendo dois estaduais nesse período. Os argentinos o conheceram na Copa América de 1937, a primeira a reservar uma final entre os dois países. Mas só o contrataram já em 1940, quando deixou os alviverdes para virar verdolaga – como é apelidado o Ferro Carril Oeste – a partir de 21 de abril e somar trina jogos. Em 1941, seu clube argentino foi o Gimnasia, onde já não foi titular absoluto (foram quatorze partidas oficiais). Em seus dois clubes argentinos, Jurandyr conviveu com a luta contra a rabeira da tabela e mais perdeu do que ganhou. Mas, em tempos de “Platinismo”, atuar na liga argentina era sinônimo de qualidade aos olhos brasileiros. E dali a um ano aportou na Gávea para permanecer até 1946 e ser o seguro arqueiro do primeiro tricampeonato seguido do Flamengo no estadual.

Caxambu: chamava-se Valdomiro Jammal e recebeu como apelido o nome de sua cidade-natal, em Minas Gerais. Chegou do América Mineiro ao Flamengo em 1939 e foi bastante pé-quente; o time encerrou naquele ano seu pior jejum estadual (doze anos). Caxambu foi na campanha o reserva do astro Leônidas da Silva, mas deixou sua marca especialmente pela tripleta em um 7-1 no America, quando o duelo ainda tinha aura de clássico – foi precisamente naquele título que os rubro-negros ficaram para sempre à frente dos rubros em número de troféus no torneio. Foi recebido em 1941 por Jurandyr no Gimnasia, então o principal clube de La Plata.

O goleiro Jurandyr chegou a ser capa da revista argentina El Gráfico (segunda imagem) ao chegar ao Ferro Carril Oeste. O bigodudo Caxambu até foi colega dele no Gimnasia

Caxambu estreou com gol, mas em derrota para o Lanús por 2-1, e não se adaptou à Argentina: foram só outras cinco jogos, entre abril e junho, e outro gol – em um 3-2 na Bombonera sobre o Boca. Ele logo voltou à Gávea para seguir flamenguista até 1944, somando ótimos 36 gols em 45 jogos, para então reforçar o Palmeiras. No Verdão, foram 40 gols em 47 jogos até rumar em 1946 ao Santos. Foi decisivo em especial no título estadual de 1944 ao anotar duas vezes (incluindo de bicicleta) em um 3-1 que tirou na antepenúltima rodada o São Paulo da disputa, nos tempos mais bélicos do Choque-Rei.

Alfredo González: ainda adolescente, o meia-direita apareceu em 1932 na seleção de sua Bolívar natal, campeã do ainda prestigiado campeonato de seleções regionais. O título rendeu negócio com o Talleres de Escalada, embora tardasse até 1935 para se firmar. Assim que conseguiu, não tardou a saltar ao Boca, vendido com o torneio de 1936 (sendo colega de Domingos) em andamento. Vendido ao futebol francês, calhou de sua viagem naval à Europa se encerrar no Rio de Janeiro: o capitão do navio, cauteloso com a guerra que se avizinhava, preferiu estender a escala na então capital brasileira e ele foi autorizado a defender o Flamengo após um imbróglio inicial ser resolvido por telefone.

González prolongou sua estadia na Gávea, participando do desjejum estadual em 1939 em um elenco que tinha diversos argentinos e, por sinal, também Domingos da Guia (já um ídolo histórico do Boca e pai do futuro maior ídolo do Palmeiras…). Após um retorno ao Boca em 1940, figurando em um jogo da campanha campeã argentina, peregrinou pelo Rio: desempenhou bom papel por Vasco e Botafogo no início dos anos 40, antes de reforçar o Palmeiras; campeão estadual em 1944 (foi dele o gol do título, no duelo final contra o Santos), ficou até 1946, quando parou de jogar. Como treinador, fechou o ciclo no Rio: foi o técnico do Bangu campeão de 1966 (sobre o Flamengo), ainda a última edição estadual que escapou dos quatro grandes, o que o credenciou a chegar em 1967 ao Fluminense. Mesmo sem êxito nas Laranjeiras, voltou ao Palmeiras para treinar o filho de Domingos da Guia no elenco vice da Libertadores de 1968. Já dedicamos a González este Especial.

González foi campeão por Boca, Flamengo e Palmeiras. Waldemar não conseguiu taças nem no San Lorenzo e nem nos finalistas de 2021 – mas descobriu Pelé

Waldemar de Brito: artilheiro do Paulistão de 1933 pelo São Paulo, o descobridor de Pelé cavou já como breve botafoguense um lugar na Copa de 1934. Chegou ao San Lorenzo no ano seguinte. No clube do bairro de Boedo, já estava seu irmão Petronilho (que seria o real autor do chute de bicicleta), que brilhara no Ciclón campeão argentino de 1933. Waldemar teve uma estreia assombrosa ao marcar três gols em um 5-3 no Talleres de Escalada pela primeira rodada, mas já na partida seguinte lesionou-se gravemente ao enfrentar o Boca. A recuperação foi mais longa do que o pensado e ele voltou ao Brasil, para o Flamengo. Waldemar ficou três anos na Gávea, conseguindo 35 gols em 60 jogos, mas sem ganhar títulos.

Ele chegou a voltar ao San Lorenzo em 1939 e começou bem, como vice-artilheiro do elenco na temporada (atrás de Isidro Lángara, contra quem curiosamente havia jogado na única partida da seleção brasileira na Copa de 1934, perdida por 3-1 com dois gols de Lángara), com 16 gols. Mas decaiu de nível em 1940 e saiu pelos fundos. Voltou ao São Paulo, onde retomou o alto nível. Já veterano, passou pelo Palmeiras em 1945. Deixou oito gols em quinze jogos, mas a maioria em amistosos – foram apenas cinco partidas pelo estadual, onde os alviverdes fecharam o pódio, mas distantes do campeão Corinthians. Despediu-se na pré-temporada de 1946, deixando um último gol, em vitória de 2-1 sobre o Rosario Central. Seguiu o ano como reforço da (ironia histórica!) Portuguesa Santista, onde pendurou as chuteiras.

Paulinho de Almeida: não deve ser confundido com o xará consagrado no Internacional e no Vasco e participante da Copa do Mundo de 1954 – e branco e jogador da defesa, enquanto esse Paulinho, também com passagem pela seleção (com direito a gol em Wembley em derrota de 4-2 para a Inglaterra em 1956), era mulato e do ataque; autor do gol do título carioca de 1954 e artilheiro do de 1955 no tri rubro-negro de 1953-54-55, seguiu carreira no Palmeiras, para onde foi transferido em março de 1957. Teve bons números, com 42 gols em 109 jogos, especialmente ao considerar-se que já havia passado à reserva à altura de 1959, quando enfim pôde ser campeão paulista. Contudo, Paulinho àquela altura já estava insatisfeito com o banco e com o técnico Osvaldo Brandão e não ficou até o fim do estadual, só encerrado em janeiro de 1960.

Paulinho, o primeiro brasileiro importado pelo River. E o paraguaio Fleitas Solich: ídolo no Boca como jogador e lenda flamenguista como treinador

Ainda no fim de 1959, ele tornou-se o primeiro brasileiro importado pelo River (embora nascido paulista, Aarón Wergifker, dos anos 30, crescera já na Argentina e sequer tinha documentos brasileiros e sim russos, como seus pais, judeus em fuga dos pogrons). Paulinho enfrentou o próprio Flamengo em amistoso no Maracanã naquele ano (até iniciando a jogada do gol argentino na derrota por 2-1), que marcou a estreia de Gérson no futebol adulto. Em 1960 chegou a marcar, de pênalti, em empate em 1-1 no Superclásico. O River foi vice, mas de modo enganoso, só chegando à segunda colocação após uma arrancada na reta final, sem de fato brigar pelo título. O brasileiro marcou somente outras três vezes e foi repassado no ano seguinte ao Estudiantes. Onde também não deixou maiores marcas por um elenco lanterna da liga.

Manuel Fleitas Solich: volante que se notabilizou pelo seu Paraguai nos anos 20, apareceu na história do Palmeiras inicialmente como adversário, no primeiro jogo internacional palestrino, em 1922 (quando os alviverdes receberam o Nacional de Assunção). Reforçou o Boca em 1927 – quando o amadorismo no futebol argentino já era algo de fachada. Brilhava como líder em campo até sofrer uma inoportuna fratura em setembro de 1930, em meio à campanha do que foi seu primeiro título argentino. Em 1931, os xeneizes se juntaram aos clubes mais populares e escancaram o profissionalismo em uma liga rebelde, depois convalidada como oficial. Fleitas Solich pôde participar de dois jogos de um novo título para o Boca, mas já não era o mesmo e no decorrer do torneio passou ao Racing.

El Brujo viria ao Brasil como treinador, na esteira de seu sucesso à frente de seu Paraguai natal, ao qual conduzira ao primeiro título guarani na Copa América – sobre o Brasil, em 1953. Logo comandou o segundo tri estadual, auge de um trabalho que lhe credenciou a ser sondado para dirigir a própria seleção brasileira de 1958. Não chegou lá, mas fechou com o Real Madrid de Di Stéfano. No Palmeiras, trabalhou como o treinador no segundo semestre de 1966. Teve bons números (três vitórias para cada derrota), mas sem títulos.

Ex-jogador do Independiente, Renganeschi treinou o primeiro Palmeiras finalista de Libertadores. Revelado e escanteado no Flamengo, Mário Sérgio sofreu no Rosario Central e encarou a fila palmeirense

Armando Renganeschi: zagueiro do Independiente de 1933 a 1937, Renganeschi iniciou nos anos 40 uma larga trajetória por clubes brasileiros, conseguindo títulos estaduais por Fluminense (como tricolor, esteve no célebre Fla-Flu da Lagoa de 1941) e São Paulo (marcando o gol do título de 1946 no clássico com o Palmeiras, rivalidade que vivia seu auge político). Esteve em 1961 no Palmeiras, tendo o mérito de pedir a contratação de Ademir da Guia junto ao Bangu e ser o técnico vice na Libertadores 1961, a primeira final do futebol brasileiro no torneio. Renga voltou ao Independiente como treinador em 1963, comandando-o na maior parte da campanha campeã nacional, encerrada já sob Manuel Giúdice. No Flamengo, foi campeão carioca em 1965 e vice em 1966 para o Bangu de Alfredo González. Era daqueles treinadores de estilo “boleiro”, de bom papo com seus jogadores.

Mário Sérgio: foi revelado pelo Flamengo na boa campanha do Brasileirão de 1970, mas desavenças com o próprio treinador que o lançara, Yustrich (de nome real Dorival Knipel e curiosamente apelidado de Yustrich em referência ao goleiro argentino que tinha esse sobrenome e que brilhou no Boca dos anos 30), o limitaram a cinco partidas e um único gol, em 2-1 sobre o America. A última delas foi justamente um 0-0 com o Palmeiras. O sucesso rubro-negro seria a serviço do Vitória, seu clube seguinte: até foi eleito em 1999 o maior ídolo do time baiano, de onda voltara ao Rio em 1975 para servir a “Máquina Tricolor” do Fluminense. Na moda dos troca-trocas daquele período, aportou em 1976 no Botafogo. Teve seus momentos no jejum alvinegro e, quando já estava em baixa, foi negociado em 1979 com o Rosario Central.

Os rosarinos começavam a formar o timaço que, campeão nacional no ano seguinte, seria apelidado de La Sinfónica. Mas o brasileiro não pagou para ver: solitário da família e sem entrosar-se, fez força para voltar ao Brasil ainda em 1979 e se deu bem, chegando ao Internacional a tempo de brilhar no único título invicto já visto no Brasileirão (ainda o último dos colorados). Foi pelo São Paulo que, já veterano, chegou à seleção, no embalo do bi estadual de outra “Máquina Tricolor”, em 1980-81. No Palmeiras, ele teve uma passagem também marcante, por sentidos bons e ruins: conseguiu tanto jogar pela seleção brasileira aos 34 anos, em 1985, como sofrer com um antidoping positivo. Detalhamos aqui a trajetória rosarina da carreira do “Vesgo”.

Os brasileiros Dino Sani (técnico do Flamengo na parte “errada” de 1981), em dois registros; e Gaúcho, em três

Dino Sani: formou-se no Palmeiras, ingressando da base em 1953. Mas foi no São Paulo que projetou-se nacionalmente, integrando como tricolor a seleção campeã mundial de 1958. Embora reserva na Suécia, o volante foi importado com credencial pelo Boca em 1961. Teve sua elegância reconhecida, mas o tempo foi breve demais para eternizar-se: dali foi vendido ao Milan campeão da Liga dos Campeões de 1962-63. No Flamengo, Dino Sani esteve no ano de 1981, mas na parte ruim: era o técnico no primeiro semestre, onde os rubro-negros caíram para o Botafogo no Brasileirão, sendo então sucedido por Paulo César Carpegiani.

Sani reergueu-se no Internacional seguidamente campeão estadual até 1984 e assim recebeu nova aposta do Boca, que vivia o pior ano de sua história – o time beirou a extinção e o brasileiro não pôde dar certo, com estadia ainda menor: cinco meses que incluíram a pior goleada já sofrida pela azul y oro, os 9-1 para o Barcelona no Troféu Joan Gamper.

Gaúcho: formado na base rubro-negra, chegou a ser carrasco do próprio clube exatamente pelo Palmeiras, em 1988. Era uma edição do Brasileirão em que qualquer empate era decidido em pênaltis que rendiam um ponto extra ao vencedor (o mesmo regulamento curioso foi aplicado na edição de 1988-89 da liga argentina, aliás) e o atacante consagrou-se como goleiro improvisado após lesão de Zetti e esgotamento de substituições, pegando as cobranças de Zinho e Aldair. Voltou à Gávea para enfim virar ídolo, gabaritado pela Copa do Brasil de 1990 e a artilharia na Libertadores de 1991 – desempenho que rendeu um empréstimo-relâmpago ao Boca apenas para os dois jogos contra o Newell’s que decidiram a temporada argentina de 1990-91, suprindo o desfalque de um certo Gabriel Batistuta para a Copa América.

Criticado severamente pela falta de eficiência e empenho naqueles jogos encerrados com perda dramática do título em plena Bombonera (em contexto que significava a permanência de um jejum nacional de dez anos a afligir a apaixonada massa xeneize; seriam onze, ainda o maior do clube), voltou à Gávea para ser a referência ofensiva na conquista do Brasileirão de 1992, o primeiro pós-Zico. Dedicamos em 2016 este Especial póstumo a Gaúcho.

Os clubes argentinos de Mancuso: a dupla rival Ferro Carril Oeste e Vélez (no qual está atrás, por sinal, do ex-técnico palmeirense Ricardo Gareca) e a dupla de gigantes Boca e Independiente

Alejandro Mancuso: raçudo na visão da torcida própria e excessivamente violento para a adversária, despontou no Vélez pré-Carlos Bianchi, saindo ao Boca logo antes do vitorioso ciclo velezano iniciado em 1993. Como xeneize, não conseguiu títulos, mas teve bons momentos que o levaram naquele ano à seleção; venceu ali a Copa América e foi à Copa do Mundo no ano seguinte, ainda que sempre na reserva – seu grande momento foi ao marcar um gol sobre o Brasil, em 1-1 amistoso ainda em 1993. Em 1995, foi repassado ao Palmeiras. Também não foi campeão, mas dedicação não faltou: o brucutu volante não resistiu às lágrimas após a dramática eliminação na Libertadores daquele ano (5-1 no Grêmio após ter sofrido 5-0 no Rio Grande).

Mancu seguiu carreira em 1996 no Flamengo. Foi onde realmente virou ídolo no Brasil. Ganhou em 1996 o Estadual (invicto) e a obscura Copa Ouro, além de chegar às semifinais da Copa do Brasil, embora tenha caído de produção como o resto do time no segundo semestre – voltando em 1997 à Argentina para defender o Independiente. Já dedicamos este Especial a Mancuso quando o volante fez 50 anos.

Carlos Gamarra: um dos maiores zagueiros do futebol não vingou na Argentina, no início de carreira, onde El Colorado (apelido oriundo dos cabelos ruivos e não pela estadia no Rojo nem na que teria pelo Internacional) pouco jogou emprestado ao Independiente em 1992, sendo logo devolvido ao Cerro Porteño. Já consagrado pelo Inter, pelo Corinthians e pela Copa do Mundo de 1998, veio do Atlético de Madrid rebaixado da temporada 1999-2000 (e vice da Copa do Rei) ao Flamengo, onde estreou em setembro de 2000. Fez boa dupla de zaga com um jovem Juan e participou no ano seguinte do título estadual e da Copa dos Campeões, título que devolveu o time à Libertadores após nove anos de ausência.

Mesmo deixando boa recordação, já não estava no auge e sofria com lesões, sobretudo em 2001, quando foi emprestado ao AEK Atenas em julho. Gamarra sairia da Gávea vendido aos 31 anos à Internazionale. Coincidência ou não, o time sofreu seríssimas ameaças de rebaixamento ainda em 2001 e em 2002. Veio de Milão ao Palmeiras em 2005 e, embora não virasse ídolo a longo prazo tamanha a identificação passada com o arquirrival, fez individualmente um grande Brasileirão – a ponto de ser premiado pela Placar com uma Bola de Prata, a quarta em sua galeria. Permaneceu mais um ano no Palestra antes de virar a casaca na terra natal, reforçando em 2007 o Olimpia para pendurar as chuteiras.

O zagueirão Gamarra não vingou no Independiente. No Brasil, foi mais protagonista por outras camisas, mas soube exibir-se nos finalistas de 2021

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dez + vinte =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.