Foi o terceiro clássico platense no mês, e o ocorreu somente três dias após outro, válido pelo jogo de volta pela Sul-Americana. Naquele, o Estudiantes venceu por 1-0 e eliminou o rival na primeira vez em que a rivalidade ganhou âmbito internacional. Novamente, os alvirrubros jogaram como mandantes, no Estádio Único de La Plata. Mas não se impuseram como da outra vez. Ao fim, o Gimnasia merecia mais.
Favorito pela freguesia quase absoluta sobre o rival na última década e por jogar em casa, onde havia vencido todos os jogos que fez pelo Torneo Inicial da temporada 2014-15, o Estudiantes dominou as ações ofensivas na maior parte do primeiro tempo e até metade do segundo. Mas os cruzamentos não chegavam na medida ou a bola escapava para fora.
O goleiro gimnasista Monetti não teve maiores trabalhos a partida inteira e isso resume bem como o clássico foi se desenhando: o Estudiantes dominava, mas o Gimnasia, quando conseguia chegar ao ataque, tinha as melhores chances, especialmente com o endiabrado Álvaro Fernández. Mas o Gimnasia, que por enquanto só venceu uma vez no campeonato, se agigantou nos últimos 15 minutos. Em ritmo frenético, chegou bastante ao ataque e desferiu conclusões com Fernández, Vegetti e Nicolaevsky, mas o goleiro alvirrubro Agustín Silva estava em bom dia e quando as bolas não iam para fora ele conseguia segurar o ímpeto rival.
Os 15 minutos foram tão intensos em favor do Gimnasia que ele, que em certa altura mal respondia às ações do Estudiantes, acabou com mais posse de bola: 56%. Mas aos dois lados faltou uma melhor tarde de pontaria. Por esse ponto de vista, o 0-0 acabou justo. Na próxima rodada, os alvirrubros recebem o Vélez, e os alviazuis vão a Buenos Aires encarar o San Lorenzo.
Estudiantes chega à metade de sua campanha com 10 pontos e se complica na luta pelo título: está em 7º e a seis dos líderes River, que tem dois jogos a menos. O Gimnasia está em 17º e um empate contra o grande rival fora de casa seria um bom consolo. Mas é de se lamentar que não tenha se inspirado da mesma forma no mesmo cenário três dias atrás. Nos últimos dez anos, só o venceu duas vezes, em 2005 e 2010. Na melhor da hipóteses, o desafogo terá mesmo que esperar novo ciclo de cinco anos, pois após um mês cheio de clássicos platenses, só teremos outros em 2015.
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