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Huracán e Godoy Cruz empatam e estacionam na tabela de classificação

No jogo que marcava a volta de Miguel Brindisi ao clube que o projetou como grande jogador na década de 70, Huracán e Godoy Cruz ficaram no 1 a 1 no estádio Thomás Ducó, e perderam boa chance de se recuperar das derrotas na última rodada. O Godoy Cruz havia sido derrotado em casa pelo Tigre por 2 a 1, enquanto o Globo havia permitido um surpreendente 3 a 0 para o Gimnasia Y Esgrima em La Plata.

O jogo não teve muitas oportunidades de gol, mas os times deram muito trabalho ao árbitro Diego Abal. Logo aos 2 minutos Machín tomou o primeiro cartão do jogo. Mas logo aos 15 minutos o mesmo jogador sofreu uma agressão de Ramirez, que recebeu o cartão vermelho, deixando o Huracán com um jogador a mais em grande parte da partida. Somente aos 37 do segundo tempo, com a expulsão do próprio Machín o time de Mendoza deixaria de ter um jogador a menos em campo.

Pôde-se notar que o Huracán teve nova proposta de jogo, buscando manter a posse da bola e trocar passes, um estilo mais próximo dos tempos de Angel Cappa que do contra-ataque do time que era treinado por Chulo Rivoira. No entanto, a estratégia não teve muito sucesso, já que o time errava passes e tinha grande dificuldades de criar jogadas de gol.

Já o Godoy Cruz apostou no contra-ataque, e pareceu mais perto da vitória durante toda a partida, a despeito de ter ficado com um jogador a menos por 67 minutos. Já aos 9 minutos mandou uma bola na trave do time da casa, com um bom arremate de Martinez. E aos 43 minutos saiu na frente, em um pênalti tolo cometido por Filippetto. Castillo perdeu a cobrança, muito bem defendida por Monzón, mas o rebote sobrou para o colombiano marcar.

Quando parecia que o primeiro tempo terminaria com o Tomba na frente, o Huracán empatou em uma falha incrível do goleiro Ibañez, que soltou um cruzamento despretensioso, tornando muito fácil a tarefa de Machín, que empurrou para o gol. No segundo tempo o Globo foi para cima, com Nieto no lugar de Filippetto. Com Nieto e Morales como jogadores de meio de campo bem avançados, o time da casa tentava pressionar, sem muito sucesso.

Já os mendocinos especulavam com contra-ataques, e pareceram mais perto do gol também na segunda etapa. Sua melhor chance foi aos 4 minutos, quando Salinas, frente ao gol vazio, chutou para fora. O Huracán poderia ter vencido em um lance aos 36 minutos, quando Martinez perdeu boa oportunidade ao chutar em cima do goleiro Ibañez, em um lance confuso no qual o Globo reclamou de pânalti no início da jogada.

Com o empate, o Huracán foi a 9 pontos e segue na luta contra o rebaixamento, com o próximo capítulo sendo jogado no sábado as 20:30 em Avellaneda, contra o Racing. Já o Godoy Cruz chegou aos 12 pontos, e enfrenta o Independiente em Mendoza, também no próximo sábado

HURACÁN: Monzón, Peña (Quintana), Quiroga, Cura e Fórmica; Montiglio (Villán), Fillipeto (Nieto), Machín e Morales; Martinez e Zarate. DT: Miguel Brindisi.

GODOY CRUZ: Ibañez, Russo, Sigali, Curbelo e Garcia (Carranza); Villar, Olmedo, Rojas e Ramirez; Castillo (Silva) e Salinas (Sanchez). DT: Omar Assad.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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