Independiente

Independiente perde novamente e se afunda na zona de descenso

Carbonero foi um pesadelo constante para Morel

Desde Buenos Aires – A crise está oficialmente instaurada no Independiente. Na noite deste sábado o Rojo não conseguiu fazer frente ao último campeão argentino e sucumbiu num trágico 2 a 0 para o Arsenal mesmo jogando em Avellaneda. Tuzzio contra e Benedetto marcaram para o time de Sarandí. Situação complicadíssima para o Rojo que já pensa na possibilidade de uma mudança no corpo técnico, algo que foi pedido aos gritos e cantos pelos torcedores presentes no Libertadores de América.

Foi um primeiro tempo muito fraco tecnicamente. Nem Independiente e nem Arsenal fizeram por merecer ir para os vestiários com a vantagem. Na base de chutões e faltas, ambas equipes demonstravam ter mais medo da derrota do que audácia para buscar a vitória. Na melhor chance da etapa inicial, Rosales fez grande jogada e tocou para Farías definir, de maneira horrível, para longe do gol de Campestrini.

A resposta do Arsenal foi quase que imediata e num belo cruzamento que veio do lado esquerdo do ataque, bola desviada dentro da pequena área, mas sem direção alguma se perdeu por cima do travessão. Depois disso o jogo voltou a entrar em um ritmo monótono e sem nenhuma opção.

Quando a bola rola para os últimos quarenta e cinco minutos, a postura do Arsenal prometia que a partida ganharia em emoção. Ainda sem conseguir criar uma chance clara de gol, se lançava mais ao ataque. De certa forma, essa mudança de postura do rival obrigou o Independiente a apostar nos contra-ataques, algo que até vinha conseguindo realizar de uma maneira aceitável. Porém isso durou até Rosales cansar-se e precisar ser substituído. Além disso, era muito difícil para Carbonero. O colombiano que caiu pelo lado de Morel, infernizou o lateral esquerdo com dribles curtos e escapadas em velocidade.

E foi por este caminho, mas não com este ator, que o Arsenal encontrou o seu primeiro gol. Lisandro López cruzou para o meio da área e Tuzzio se atirou na direção da bola numa tentativa de impedir que ela chegasse para o atacante que fechava pelo meio da área. Numa jogada de total infelicidade acabou desviando para dentro do próprio gol aos 38 minutos do segundo tempo, Arsenal 1 a 0. Imediatamente a torcida começou a gritar o nome do defensor, um dos poucos atletas deste time que ainda possui créditos com seus “hinchas”.

Como desgraça pouca é bobagem, Vargas fez falta boba, recebeu o segundo amarelo e foi merecidamente expulso. Faltavam cinco minutos e o Independiente com dez homens se lançava ao ataque para tentar amenizar o que já seria um caos. Depois de uma jogada na área de Campestrini, o Rojo não conseguiu concluir a gol e viu Zelaya levar a bola com velocidade até o borde da área. No cruzamento rasteiro perfeito, Benedetto entrou de chapa e estufou a rede para marcar o 2 a 0 já nos ascréscimos, aos 48 minutos.

Os torcedores se faziam escutar e entre vários gritos de protesto, o que se sobressaiu foi o nome de Tolo Gallego, gritado por boa parte dos presentes. Situação das mais complicadas para o lado vermelho de Avellaneda. O Rojo ocupa a última posição na tabela do descenso. Lembrando que nesta nova fórmula de campeonato, os três últimos caem direto e não existe mais a “promoción”.

 

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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