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Independiente vence Tigre em Avellaneda, mas ficou de fora da Libertadores

Em mais um duelo de pretendentes à última vaga da Argentina na Libertadores de América, o Indepediente recebeu o Tigre em Avellaneda e venceu por 2×1 e de virada. Foi uma partida de dois tempos. No primeiro, só deu Tigre; que poderia ter saído do primeiro tempo com pelo menos dois gols na frente do Rojo. Não conseguiu e viu o rival virar a partida na etapa complementar. Logo no início, Parra converteu de pênalti e empatou. Aos 21 minutos, Fredes virou o cotejo com um arremate bem distante da área de García. Com o resultado, além de não ter ido à Libertadores, o Tigre ainda se manteve na zona do rebaixamento direto do futebol local. Já o Rojo, venceu mas tampouco foi à Libertadores porque o Godoy Cruz bateu no Rafaela fora de casa e ficou com a última vaga ao principal torneio sul-americano de futebol.

Desde os primeiros minutos ficou claro que o Tigre foi a Avellaneda para conseguir os três pontos. Encostou o Rojo do meio-de-campo para trás ao explorar as jogadas bem abertas pelas pontas do campo. Para isso, contava com uma péssima cobertura da defesa vermelha, que embora chegasse sempre com dois ou três homes na marcação, poucas vezes conseguia bloquear. Isso porque a movimentação do ataque visitante e a chegada de seus alas-laterais também confundiam os lentos zagueiros locais.

Aos quatro minutos, Luna quase marca o primeiro para o Tigre, porém, mano a mano com Navarro se assustou com a presença do porteiro do Rojo e desperdiçou. O Independiente saía mal e pouco articulado do meio para frente. Isto obrigava seus jogadores à retenção da pelota e a busca do drible. Mas essa jogada não funcionava. Em vez disso, ela propiciava ao “Matador” que recuperasse a pelota e articulasse os seus contragolpes com uma rapidez desproporcional à condição física e técnica da defensiva vermelha. Com “Cachete” Morales o Tigre chegou de novo aos sete minutos e aos 12. Nesta segunda oportunidade, o atacante entrou na área e foi derrubado por Galeano. Na cobrança do pênalti, o próprio Morales guardou para o visitante de Victoria: 1×0 Tigre.

A partida seguiu nesta tomada até o final do primeiro tempo. Isso para o bem do Rojo, que esperava pelo intervalo para se reorganizar dentro de campo.

Na volta, tampouco o Rojo tomou jeito. Tentou reagir, mas se via refém de uma expressiva desorganização de seu meio-de-campo. O Tigre manifestava o mesmo ímpeto e chegou com perigo logo aos quatro minutos. Gaston Diáz acertou o travessão e, no rebote, Luna fez o gol que foi anulado pois “el Chino” estava em impedimento. Seis minutos depois, veio o empate do Rojo. Benítez entrou na área e na disputa com o porteiro García sofreu pênalti. Na cobrança Parra empatou o cotejo para os locais: 1×1.

Com o empate, o Rojo melhorou e foi para cima do Tigre, que sentiu o gol e recuou. Foi a vez de Defederico aparecer para o jogo. Fazia o que Patito Rodríguez não conseguia, já que ainda não se reencontrou com seu futebol, após retornar de contusão. Aos 17 minutos, o próprio Defederico entrou na área com chances de concluir. Tremenda confusão foi formada e por pouco não saiu a virada.

Aos 21 minutos, o Rojo virou. Depois de bate e rebate na área do porteiro visitante, a bola retornou ao meio-de-campo do Rojo. Então Fredes a conduziu e arrematou de longe para surpreender o arqueiro García: 2×1 Independiente. A partir daí, o cotejo não apresentou grandes coisas. Isso porque o Rojo recuou de forma excessiva e também porque o Tigre já não conseguiu apresentar a mesma articulação no meio-de-campo que o tinha feito dominar o rival nos primeiros 45 minutos. Dessa forma, o Tigre continuou na zona do rebaixamento direto, enquanto o Independiente frustrou seus torcedores, que ainda nutriam a expectativa de ver o Rey de Copas novamente no principal torneio de futebol da América do Sul.

Formações:

Independiente: Hilario Navarro; Eduardo Tuzzio, Leonel Galeano, Gabriel Milito, Maximiliano Velázquez (Cristian Pellerano); Matías Defederico (Walter Busse), Fernando Godoy, Hernán Fredes, Osmar Ferreyra (Patricio Rodríguez); Martín Benítez e Facundo Parra. Técnco: Ramón Díaz.

Tigre: Javier García; Cristian Lema, Mariano Echeverría, Lucas Orban; Martín Galmarini (Rubén Botta), Román Martínez, Diego Castaño, Gastón Díaz (Ramiro Leone); Diego Morales; Carlos Luna e Emanuel Pío (Jorge Carrasco). Técnico: Rodolfo Arruabarrena.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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