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No Rosário Central, Pizzi espera por jogo decisivo contra o Chacarita

O treinador do Central, Juan Antonio Pizzi, deposita uma expectativa muito favorável para o duelo diante do Chacarita pela 18ª rodada da B Nacional. Acredita que a equipe poderá finalizar o ano com a liderança da competição. Por isso, o confronto de sexta-feira contra o Tricolor de Villa Maipú não pode ser mais um simples duelo, mas aquele depois do qual a equipe de Rosário será vista em um patamar acima do que está. Porém, para o seu desagrado, o Chacarita deverá atuar em seu estádio e sem a presença de torcedores canallas.

Para Pizzi, terminar o ano na liderança será o coroamento de um notável planejamento da direção e da comissão técnica do clube. Vale dizer que esse planejamento foi afetado com graves contusões no elenco canalla, como a de Gómez, que diminuiu consideravelmente a criatividade no meio-de-campo do Central. Ainda assim, a equipe chega ao fim do ano na zona de ascenso direto à primeira divisão. Chega também com enormes chances de obter a liderança da competição. “Seria um golpe anímico muito grande para nós e principalmente para os rivais”, disse Pizzi.

“Trata-se da partida mais importante na competição, já que define se podemos ficar na liderança. Vamos fazer todo o possível para que isso ocorra”. O treinador ainda se mostrou conformado com a fraca atuação de alguns atletas e da equipe diante do Patronato, na última rodada. Alegou a importância da vitória e sustentou que nem sempre ela ocorrerá com um futebol bonito, como todos esperam do Central. Para a partida diante do Funebrero, Pizzi não vai contar com o zagueiro Leonardo Talamonti, que sofreu uma contratura no adutor esquerdo. Em seu lugar vai entrar Nahuel Valentini. Porém esse não parece ser a principal preocupação do treinador e da direção do clube para o duelo diante do Chaca.

Ocorre que o Chacarita se recusou a jogar fora de seu estádio, mesmo que a resolução 45/52 da AFA o obrigasse. Segundo a resolução, a equipe que não dispor de tribunas para os torcedores visitantes teria de atuar em outro estádio, designado pela AFA, e com essas características. Não que a direção do clube de Villa Maipú tenha virado às costas para a resolução. Contudo, as obras ainda não foram concluídas no seu estádio. Para a surpresa geral, os dirigentes funebreros bateram o pé e disseram que o clube não jogaria em outro local.

Dessa forma, sobrou para o Central, que não terá seus apaixonados hinchas acompanhando o time justamente em uma partida que seu treinador julga como decisiva. Apesar das boas relações com a instituição de Villa Maipú, a bronca é geral no clube de Rosário, já que a expectativa era a de que a massa torcedora fizesse o mesmo que fez diante do River Plate e do Atlético Tucumán, quando foram em grande número apoiar o Canalla na cancha dos rivais. Desta vez, terão de se contentar com a transmissão por TV. “E pior é que a AFA aceita tudo isso e fica quieta”, disse um dirigente do clube de Rosário.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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