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Racing vence Colón e Simeone respira no cargo

Desde Buenos Aires – Neste início de noite em Santa Fé, o Racing jogava todo seu futuro mesmo sem poder conseguir mais nada no campeonato. Os problemas de relacionamento de Teo Gutiérrez, a pressão sofrida por Simeone, a queda vertiginosa de rendimento de uma equipe que chegou a ser considerada candidata ao título do Apertura, colocavam em dúvida o que seria desse Racing no próximo ano. E dessa forma, longe de casa, a Academia conseguiu encontrar um bom futebol e venceu o Colón por 2 a 0.

O Racing precisava de respostas para suas próprias perguntas. E num primeiro tempo de grande superioridade, a Academia parecia ter encontrado sua maneira de jogar. Mesmo sem poder contar com Téo e Hauche suspensos, Simeone lançou o time ao ataque formando a dupla de frente com Viola e Luguercio. Gio Moreno um pouco mais recuado também se apresentava como opção nas jogadas ofensivas.

Foi o bom lateral Pillud, que aos 14 minutos quase marcou um golaço ao arriscar de fora da área. Uma bomba que explodiu no travessão. O Colón chegou a assustar aos 22 minutos com uma perigosa cabeçada que Saja espalmou para escanteio.

O jogo esfria um pouco, mas as iniciativas de ataque continuavam partindo da equipe de Avellaneda. E foi dessa forma que aos 30 minutos, Yacob emendou de primeira um belo chute rasteiro que encontrou as redes do gol do Colón, Racing na frente 1 a 0.

Logo depois Luguercio quase marcou de peixinho, mas chegou um pouco atrasado para aproveitar o cruzamento da direita.

Na volta para a etapa complementar, aos 11 minutos Viola recebeu belo passe pela direita, avançou sem nenhuma resistência e chutou cruzado rasteiro, ampliando a vantagem da Academia: 2 a 0.

Com a derrota aparente o Colón passa a abusar das jogadas violentas e aos 20 minutos do segundo tempo, Chevanton recebeu o cartão vermelho direto depois de uma dura entrada em Gio Moreno.

Aproveitando a superioridade numérica e o melhor nível de jogo, o Racing passou a tocar a bola de um lado para outro esperando as melhores oportunidades para atacar. O Colón ameaçava mais na correria e no desespero, porém não conseguia sequer chutar contra o gol defendido por Saja.

Depois de uma entrada um pouco mais ríspida no meio de campo, Yacob que já havia levado um cartão amarelo no primeiro tempo, foi expulso e injetou um pouco de ânimo na equipe local. Imediatamente Simeone saca Luguercio e promove a entrada de Gonzalo Espinoza para recompor seu meio de campo.

E como foi a tônica do Racing durante todo o campeonato, começava bem e no segundo tempo complicava seu jogo, nesta partida não poderia ser diferente. Aos 38 minutos, Matías Martinez cometeu pênalti, recebeu o segundo amarelo e foi expulso deixando a Academia com apenas nove jogadores em campo.Para a sorte de Simeone e seus comandados, Bruno Urribarri pegou muito embaixo e isolou a bola por cima do gol de Saja.

E não deu tempo para mais nada em Santa Fé. Final de jogo e uma vitória convincente da Academia que na próxima rodada recebe o Atlético Rafaela e termina sua participação neste Apertura contra o Vélez em Liniers.

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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